A
indispensável cumplicidade binomial é tanto maior quanto maior for o quadro de
experiências que os seus membros vencerem lado-a-lado. Sim, muitas das nossas
vitórias foram forjadas em momentos e condições menos cómodas para os
condutores (debaixo de frio, quando chovia, à noite, etc.), mas revelaram-se do
agrado dos cães enquanto situações de vida e experiências divididas,
aproximando-os cada vez mais dos seus donos e tornando-se gradualmente mais
seguros e audaciosos, benefícios que não alcançariam a observar quem passa por
detrás de uma vidraça, ávidos de viver a vida e inalar as suas sensações, pois
para isso nasceram. Neste sentido é o CPA Dobby um cão feliz, podia até sê-lo
mais se lhe dedicassem mais tempo (“tá bem abelha”, dirá a Maria), porque
abraçou mais uma vez a noite e as suas experiências ombro a ombro com a sua parceira.
Na foto acima vemos o Dobby a saltar em liberdade a base de um artístico
candeeiro de iluminação pública, salto difícil atendendo a que o cão é obrigado
a saltar e a esgueirar-se pelo exíguo espaço possível. Na foto abaixo vemos o
binómio como parte integrante de uma pintura mural.
Como
é nossa tradição e obrigação, visando a ajuda canina e a consequente segurança
dos donos, ensinamos todos os cães a comportar-se educadamente quando os seus mestres
se dirigem a um multibanco, não consentindo, quando têm ordens para isso, que
ninguém se aproxime ou abalroe os seus donos (o Dobby está a abraçar a tarefa e
a primeira experiência foi encorajadora).
Nas
cidades e nos locais de maior afluência de pessoas, para que os cães não entrem
em stresse, é fundamental que se acostumem a toda a sorte de movimentos e sons
na sua retaguarda, porque doutro modo poderão tornar-se assustados ou
irritadiços, o que obviamente ninguém deseja. Na foto seguinte, a Maria não
está a tirar uma selfie paisagística para mandar a uns parentes no Canadá (o
Marcelo beijoqueiro anda por lá), mas a acostumar o Dobby ao som do repuxo nas
suas costas, som de que a princípio o cão não se agradou.
Escolhi o título acima para os trabalhos de ontem, tirado dos primeiros dois versos da canção de Frank Sinatra “Strangers in the Night”, porque só o amor pelo seu cão, depois de um esgotante dia de trabalho, faz com que o dono venha treiná-lo à noite, quando o sofá é tão convidativo, o corpo pede descanso e a televisão embala!
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