segunda-feira, 4 de setembro de 2023

À TERCEIRA FOI DE VEZ!

 

Vamos lá conhecer a história de um rafeiro que não esperou ser adoptado e que tratou ele mesmo da sua adopção. Tudo se passou na vila de Bellaire, condado de Antrim, no estado norte-americano do Michigan, onde um cão rafeiro a quem foi posto o nome de “Scout”, escapou três vezes com sucesso de um abrigo para animais na procura de um lar permanente. Um dia, em meados de julho, o Controlo de Animais do Condado de Antrim foi chamado ao Centro Médico Meadow Brook, onde encontrou um cão do seu abrigo, Scout, enrolado no sofá da sala de espera. O animal havia-se escapado na noite anterior do abrigo que ficava na mesma rua e de alguma forma conseguiu escalar uma cerca de arame de 3 metros, outra cerca de privacidade sólida de 1,80 m, atravessar uma estrada movimentada sem ser atropelado, encontrar a casa de repouso, entrar pela sua porta da frente sem se intimidar e se enrolar-se ali num sofá para dormir.

O Controlo de Animais capturou o cão fugitivo e levou-o de novo para o abrigo, donde escapou alguns dias depois e reaparecer no sofá da sala de espera do Meadow Brook. Novamente capturado e enviado para o canil, o Scout voltou a fugir para o mesmo local pela terceira vez, o que obrigou a equipa daquele centro médico a sentir a necessidade de tomar uma decisão. “Sou uma pessoa que olha para os sinais exteriores e, se é para ser, é para ser”, disse Marna Robertson, administradora daquele lar de idosos ao Free Press. “Ele fez isso uma vez, duas vezes, três vezes e obviamente isso é algo a que você deve prestar atenção. E perguntei à equipa: Bem, ele quer estar aqui, alguém gostaria de ter um cão?” Adoptado formalmente pela casa de repouso, Scout, no dizer do seu pessoal, deveria ter sofrido abusos na sua vida passada, o que não impediu que rapidamente começasse a fazer amizade com os residentes. O Centro Médico Meadow Brook é uma instituição de cuidados permanentes ou de longa duração, que acolhe pacientes com demência, idosos sem qualquer apoio familiar e aqueles que se encontram na fase terminal das suas vidas. Diante deste panorama, a presença do cão por perto revelou-se numa adição de valor inestimável.

Aconteceu no Michigan e acontece vezes sem conta por esse mundo afora, como se os anjos adoptassem figuras caninas para melhor valerem aos homens. As fugas encetadas por este cão mostram que muros com 2 metros de altura são facilmente ultrapassados pelos cães, que bastam saltar 70 cm na vertical para os vencerem sem grande dificuldade, pelo que ninguém se julgue seguro atrás de um muro ou cerca com essas dimensões, mesmo que o animal em questão nunca tenha entrado numa pista de obstáculos.

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