terça-feira, 26 de setembro de 2023

ATENÇÃO ÀS ESCOLAS

 

As escolas não são para os cães locais muito aprazíveis, a menos que as associem a locais onde costumam ser recompensados, porque a algazarra é mais do que muita, há sempre crianças a correr, miúdos irreverentes e outros que desregradamente não hesitarão em cair em cima dos animais, causando-lhes desconfiança, temor ou irritabilidade. Hoje, terça-feira 26 de setembro, pelas 11h40 locais, hora de almoço, no município austríaco de Lenzing, localizado no distrito de Vöcklabruck, na Alta Áustria, um Pastor Australiano, inesperadamente, atacou uma turma de crianças da Neue Mittelschule Lenzing que voltava de uma caminhada na área da rotatória de Agerbrücke, no distrito de Unterachmann. O cão, que era conduzido solto por uma senhora de 61 anos de idade e propriedade de um sobrinho desta, tirou previamente o açaime ao rebolar-se no chão. Ao avistar aquela turma escolar, a sua condutora eventual segurou-o com as duas mãos para que as crianças pudessem passar em segurança. O cão conseguiu soltar-se, atacou e feriu com várias dentadas duas crianças, que foram inicialmente atendidas pela Cruz Vermelha e depois levadas para o Hospital Estadual de Salzkammergut onde receberam tratamento ambulatório.

É evidente que a sexagenária não ia adivinhar que se ia cruzar com as crianças, mas deveria ter pelo menos o bom senso de não conduzir à solta o cão de outrem, sobre o qual não deveria ter grande autoridade, animal que por alguma razão saiu à rua açaimado. Manda a experiência e a prudência que junto de escolas, ruas muito movimentadas, estações ferroviárias e aeroportos, os cães sejam invariavelmente conduzidos à trela e com ela ajustada, para que não suceda nenhum imprevisto e algum incidente aconteça, independentemente do grau de obediência que os cães possam ter. Se eventualmente formos obrigados a parar num destes locais e a espera for prolongada, devemos procurar um local que proteja os animais pela sua retaguarda (parede, muro, cerca, etc.) e mandá-los depois deitar, reforçando a ordem com o comando de “quieto” que é o seu trinco ordinário, tendo o cuidado de manter a trela levemente tensa, para podermos reagir atempadamente perante alguma situação adversa. A habituação às escolas e aos seus alunos deverá ser gradual para evitarmos o trauma dos animais, evoluindo-se da simples passagem até à permanência julgada conveniente (antes da saturação dos cães), devendo os animais ser recompensados nestas ocasiões. Numa fase ulterior da obediência canina, todos os cães deverão passar e permanecer junto às escolas sem manifestarem nenhuma animosidade ou incómodo – por alguma razão levamos também os nossos cães à escola!

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