domingo, 24 de setembro de 2023

ENQUANTO UNS COMBATEM, OS OUTROS CONFIAM NA VIRGEM

 

No município de Trappenkamp, pertencente ao distrito de Segeberg e ao estado de Schleswig-Holstein, como noutros pontos da Alemanha onde o risco é iminente, equipas cinotécnicas de cães detectores de carcaças buscam cadáveres de javalis para ajudar a evitar a transmissão da peste suína africana para os porcos domésticos, nomeadamente animais jovens já afectados pela epidemia. Hoje, domingo 24 de setembro, 31 donos de cães da floresta de aventura de Trappenkamp aprenderam sobre o trabalho e o treino dos cães de busca de cadáveres de javali. Após uma introdução teórica, os seus cães tiveram que rastrear e denunciar 4 javalis escondidos num recinto de caça com 7 hectares, provando assim a sua adequação como cães de busca de caraças.

Os cães não estão autorizados a recuperar o animal morto ou a retirá-lo da vegetação rasteira”, explicou Stefanie Hausser, da associação de caçadores do distrito de Segeberg. “Não é uma questão de raça, mas sim de disposição.” As pessoas também precisam atender a certos requisitos para o revezamento. “Elas precisam de estar fisicamente aptas para poder seguir os cães no matagal”, disse Hausser. Além disso, se necessário, o dono do cão também deverá estar disponível durante a semana, se lhe for possível. Existem duas equipas de cães desse tipo em Schleswig-Holstein. A unidade de caça distrital de Segeberg foi fundada em 2018. Destina-se a prevenir a transmissão de doenças animais de javalis para os porcos domésticos e outros animais.

Provavelmente graças à Padroeira de Portugal, a imensidão de javalis que está a invadir os nossos campos e cidades diariamente, causando avultados prejuízos à agricultura, não tem até ao momento indícios de peste suína africana, porque caso tivesse, os prejuízos seriam substancialmente maiores por afectarem directamente as suiniculturas e outras explorações pecuárias, contribuindo dessa forma para o agravamento da inflação que já nos sufoca e que tende a manter-se até que a Guerra da Ucrânia acabe. Não sei se temos em Portugal cães detectores de carcaças, mas se não temos deveríamos ter, porque a isso obriga a prevenção. Por outro lado, continuo sem perceber porque é que os javalis continuam a foçar livremente dentro dos parques e jardins dos aglomerados humanos (aldeias, vilas e cidades). Não haverá por cá cercas de arame electrificadas que impeçam a passagem dos javalis e que resguardem as explorações de suínos em caso de necessidade? Sem cães detectores de carcaças e sem cercas eléctricas amovíveis, não vejo como poderemos combater uma epidemia destas nem garantir a saúde pública e a segurança das pessoas! Provavelmente só a Virgem saberá, mas ela não tem estado a pagar os prejuízos que os javalis estão a causar aos agricultores!

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