domingo, 30 de abril de 2017

ASSIM NÃO!

NOTA INTRODUTÓRIA: O bom cão de guarda nunca se perde e só ele precisa de ajuda.
A esmagadora maioria dos indivíduos que reclama por cães de guarda não tem necessidade nem condições para os ter, querendo-os para se afirmarem nem seja pelo medo, sendo amplamente procurados por jovens sem nada de seu, por gente madura a quem foi roubada a juventude e por muitos a quem não foi consentido sonhar. A realidade portuguesa, exceptuando alguns casos pontuais, não justifica nem de perto nem de longe a exagerada oferta de cursos para cães de guarda e se mesmo assim é elevado o número de portugueses que os procura, o fenómeno não poderá ser desligado doutro facto: os portugueses são dos povos europeus que mais consomem medicamentos ansiolíticos, sedativos e hipnóticos.
Como se depreende, jamais se deverá pôr um cão de guarda na mão de um colérico, de um cobarde e de todo e qualquer psicopata, mantendo-se também algumas reservas em relação aos jovens, que persistem em comportar-se como crianças e que esperam depois ser tratados como adultos. Por norma e em abono destes binómios, também os cães dos adolescentes que são filhos de pais separados não deverão concorrer a esta disciplina cinotécnica. Houve casos no passado em que também exigimos a certos condutores uma certidão do seu registo criminal, medida que não impediu que alguns maridos ciumentos usassem os cães para dar caça aos seus fantasmas.
Depois de manifestarmos a seriedade e os cuidados que sempre mantivemos em relação ao ensino dos cães para guarda, vamos abraçar o conteúdo da nota introdutória atrás adiantada pelo relato dum episódio verídico, ocorrido recentemente com um dono pouco pensado e proprietário de um cão que se deseja para guarda. Vindo do trabalho, o nosso homem chega a casa e encontra o chão de algumas divisões coberto de papéis rasgados, sobrando ainda alguns na boca dos seus cães, um macho jovem e uma cachorra.
Alterado com o sucedido e sabendo quem era o responsável, que se encontrava deitado, dirigiu-se ao cão e tentou tirar-lhe o papel que tinha na boca, obtendo como resposta uma rosnadela e uma tímida e inconsequente dentada de aviso quando avançou a mão. Irado e apostado em não deixar passar em branco aquela resposta do animal, temendo em simultâneo a sua repetição e aumento de intensidade, decidiu mostrar-lhe quem ali mandava, suspendendo-o no ar pelo dorso enquanto o repreendia e sacudia, procedimento hoje muito recomendado mesmo para cães que de agressivos nada têm e que mal podem com os ossos. Resta dizer que o cão acusou de sobremaneira a violência daquele castigo, para nós gratuito e por isso mesmo dispensável, para além de atentatório à cumplicidade entre ambos e ao serviço esperado do animal.
Como deveria ter procedido o nosso homem? Simplesmente pelo uso dos códigos e nunca pela violência, porque ao usá-la poderá estar a criar condições para que o cão se possa render diante dela, independentemente de quem a vier a usar. Deveria o exaltado dono, sem perder as estribeiras, mandar levantar o cão e chamá-lo para si, obrigando-o a imobilizar-se a seu lado e depois a ficar ali quieto enquanto apanhava o papel, associando-o em seguida a um comando inibitório para que o animal não voltasse a repetir a proeza e melhor compreendesse que aquele comportamento jamais lhe seria permitido.
Caso houvesse procedido assim, teria reforçado a liderança sem a pôr em cheque e evitado a confrontação, poupado o animal à humilhação, respeitado o seu instinto de presa e território. Mas não, o nosso homem desceu ao nível do cão e agiu instintivamente, automatismo que não lhe permitiu ver de imediato o mal que estava a cometer. Os cães tanto aprendem pelas experiências positivas como pelas negativas, tornando-se ambas em lições de vida. A experiência do fracasso leva os cães ao aguçar do engenho ou à teimosia nas acções, os primeiros sobrevivem e os últimos desaparecerão por ausência de adaptação, destino geralmente tomado pelos cães muito-dominantes que não evoluem por serem pouco ou nada versáteis (mais ricos em instintos que em personalidade).
Quando atrás dissemos que um bom cão de guarda nunca se perde, dissemo-lo por se encontrar em constante evolução, que o seu desempenho irá melhorar consideravelmente com o tempo e o treino, porque se assim não fosse bem depressa se tornaria obsoleto diante das novidades dos seus opositores, o que equivale a dizer que os melhores cães de guarda são os dominantes e nunca os muito-dominantes, pertencendo ao primeiro grupo o cão que foi alvo da reprimenda até aqui descrita (fosse ele do último grupo e o final seria outro!). Assim também se compreende porque razões precisa um bom cão de guarda de ser ajudado: porque não tem o destemor dos muito-dominantes e consegue evoluir para além deles, necessitando para isso de ser constantemente animado e aprimorado nas suas funções. Devido ao particular do seu perfil psicológico, quando um cão assim é alvo dum castigo destes, a mágoa que lhe advém irá impedi-lo de confiar no seu dono a 100% (totalmente). Só o tempo e uma radical mudança de comportamento do dono poderão fazê-lo esquecer o sucedido, recuperação que não acontecerá “do pé para a mão” por via da “traição/violação” operada.
Isto transporta-nos automaticamente para o comportamento exigível aos proprietários de cães de guarda, que sempre deverá considerar tanto os cuidados a haver quanto a formação desses animais, observância que não deverá ser encarada de ânimo leve mercê da sapiência, temperança e paciência que exige, particularmente diante dos transtornos que os cães possam causar. A este respeito lembro-me do que diz Kristin Hannah no seu romance de ficção histórica “Nightingale” (O Rouxinol), best-seller publicado em 2015, no seu primeiro parágrafo: “No amor descobrimos quem queremos ser; na guerra, descobrimos quem somos”. Também nestas “guerras” da guarda canina é de todo conveniente que donos e cães estejam no mesmo lado da barricada e sejam um só! 

sábado, 29 de abril de 2017

RANKING SEMANAL DOS TEXTOS MAIS LIDOS

O Ranking semanal dos textos mais lidos obedeceu à seguinte ordem de preferência:
1º _ OS FALSOS PASTORES ALEMÃES, editado em 24/02/2015
2º _ O AZEITE PRÀS CARRAÇAS, editado em 24/06/2010
3º _ JA, SIE WERDEN VERSCHWINDEN, editado em 21/04/2017
4º _ PASTOR ALEMÃO X MALINOIS: VANTAGENS E DESVANTAGENS, editado em 15/06/2011
5º _ NÓS POR CÁ: ABATER O ROTTWEILER PORQUÊ?, editado em 26/04/2017
6º _ THEY HAD NO CHOICE: OS ANIMAIS NA I GUERRA MUNDIAL, editado em 02/08/2014
7º _ EU QUERIA UM PASTOR ALEMÃO, DE PREFERÊNCIA TODO PRETO!, editado em 05/06/2010
8º _ O INTERCONTINENTAL PASTOR DA ANATÓLIA: DA TURQUIA PARA A NAMÍBIA, editado em 23/04/2017
9º _ O PESO DOS 4 MESES NO CÃO DO AMANHÃ, editado em 28/10/2010
10º _ A BEM DOS CÃES, A M&S TEM QUE INOVAR-SE, editado em 26/04/2017

TOP 10 SEMANAL DE LEITORES POR PAÍS

O TOP 10 semanal de leitores por país ficou assim ordenado:
1º Portugal, 2º Brasil, 3º Estados Unidos, 4º Índia, 5º Alemanha, 6º França, 7º Espanha, 8º Reino Unido, 9º Quénia e 10º Austrália.

quinta-feira, 27 de abril de 2017

PIADA DA SEMANA: HAJA PACIÊNCIA!

Estávamos os dois sentados no mesmo sofá, eu a ver a televisão e ele a mexer no seu telemóvel. Quando menos esperava, o meu telemóvel que se encontrava na cozinha tocou, corri para ele e fui ver quem me estava a ligar. Ao pegá-lo, dou com a seguinte mensagem do meu marido: “Já que estás na cozinha, podes fazer-me uma sandes?”

SERÁ QUE A MUDA DO PÊLO AFIA OS DENTES AOS CÃES?

Estamos no final da Primavera, será que a muda do pêlo afia os dentes aos cães? Parece que sim, porque de um momento para o outro três crianças são agredidas à dentada: uma em Leça do Balio, outra em Ílhavo e outra ainda em Arouca. Nas agressões caninas a crianças, tanto aqui como lá fora, sempre se tenta culpabilizar os cães como se fossem nossos pares e isentar de culpas os responsáveis pelas crianças pela sua ingenuidade. Também o tratamento dado às notícias não é o melhor, porque mais importa o sensacionalismo que a verdade, cujo apuramento cabe aos tribunais e não a quem deita as notícias cá para fora. 
Pelos anos que levo atrás dos cães, não penso que os actuais sejam mais agressivos que os do passado, penso até que os do presente são mais mansos e causam menos acidentes. Mas se os cães estão melhores, por que razão há tantas crianças que são rasgadas à dentada? E o mais curioso, se assim se puder dizer, é que na maioria dos casos elas são mordidas por cães pertencentes à sua própria família e não pelos alheios. O que estará em falta, andarão as crianças menos vigiadas? Nós pensamos que sim!
E se assim é, o que tem feito “baixar a guarda” dos seus responsáveis? Para além de um maior descuido, muitas vezes justificado pela idade e menor destreza física de quem toma conta delas, sobressai em simultâneo um estatuto impróprio atribuído aos cães por ser-lhes inalcançável e um grande desrespeito pela sua espécie, ambos provenientes da ignorância e suportados por desejos idílicos, que tidos como artigos de fé, são diariamente alimentados pelos media na já célebre e não menos triste exploração das emoções. Também contribuem e nalguns casos de sobremaneira, as dificuldades que alguns pais têm em educar os filhos, que ensurdecendo-se para o que lhes é dito, acabam por correr riscos desnecessários. Não está fácil educar crianças, será que alguma vez foi? E depois, para agravar ainda mais a situação, nunca houve tanto cão a coabitar debaixo do mesmo tecto com os donos como agora.
Esta coabitação exponencial não foi acompanhada pelos cuidados necessários e os resultados estão à vista. Se queremos evitar os ataques caninos capazes de causar grande dolo e até a morte, tanto de crianças como de adultos, não nos sobra outra solução que educar os donos, tarefa que o governo e as autarquias deveriam tornar obrigatória a pensar no bem-estar geral, exigindo dos proprietários caninos uma formação específica que melhor os habilitasse a compreender e a controlar os seus cães, porque doutro modo o problema continuará por resolver e de nada valerá o abate sistemático e inglório dos animais. Não são os cães que são perigosos, são os donos!
Entendemos que essa formação, condição essencial para o licenciamento dos donos (que é isso que está em falta), deveria ser solicitada junto das companhias cinotécnicas militares e das diversas polícias, porque se a endereçarmos a entidades privadas, bem depressa se venderão licenciamentos ao domicílio sem a devida formação.
Retornando aos ataques caninos por detrás deste artigo, não temos dúvidas em afirmar que todos aconteceram por negligência dos donos, devendo ser estes penalizados e não os animais. Todos os cães carecem de ser ensinados independentemente da sua raça, sexo ou tamanho, de adquirir comportamentos que possibilitem a sua coabitação harmoniosa na sociedade, alteração que cabe aos seus proprietários encetar e que raramente observam. Até quando nos morderão os cães por negligência dos donos? Mais cedo ou mais tarde, ontem já era tarde, a formação dos donos terá que acontecer!    

quarta-feira, 26 de abril de 2017

NÓS POR CÁ: ABATER O ROTTWEILER PORQUÊ?

Qual será o melhor destino a dar ao Rottweiler que ontem mordeu uma criança de 4 anos em Leça do Balio? Será o seu abate? Nós dizemos que não! E dizemos que não porque apesar do ocorrido, o animal não nos parece tão perigoso ao ponto de merecer tal sorte, já que doutro modo o franganote de 24 anos que o trazia solto e sem açaime jamais conseguiria mantê-lo a seu lado e fazer-se obedecer, pormenores que tornam viável a reeducação do animal. Por outro e lado e segundo o que adiantaram duas testemunhas entrevistadas para um canal privado da televisão, o cão não andava por ali a morder a torto e a direito, mas sentiu o medo da criança e atacou-a, tomando depois parte numa briga encetada pelo dono (aquilo que este cão fez, qualquer o outro o faria desde que minimamente apegado ao dono e sem controlo). Também o seu rápido abandono do local da agressão prova que não estamos na presença de um animal muito-dominante e de difícil controlo. O cão tem recuperação e merece ser recuperado! A quem deverá ser entregue?
Ao dono nunca, pois merece melhor sorte! Para além das penas a que incorre, caso seja declarado culpado dos crimes de que é acusado, o jovem deveria ser ainda proibido de voltar a ter, directa ou indirectamente, outro cão. Parece-nos que o melhor destino a dar ao Rottweiler (se for novo, saudável e robusto) é pô-lo para adopção, entregá-lo a quem o respeite, tenha mão nele e lhe estabeleça as mais elementares regras de convivência social. E se ele é uma arma que se disparou acidentalmente, então nada melhor que entregá-lo às forças de segurança, gente autorizada e hábil a mexer em armas, por norma carenciada de bons cães para dar combate aos terroristas e outros criminosos. Se o cão for abatido, mais uma vez, vai pagar o inocente pelo culpado! O cão saiu em socorro do dono, quem o socorrerá? Entretanto, desejamos as rápidas melhoras das vítimas, que tudo não passe de um susto e que o futuro lhes traga muitas felicidades.

A BEM DOS CÃES, A M&S TEM QUE INOVAR-SE

A Marks and Spencer plc, mundialmente conhecida por “M&S”, são uns grandes armazéns retalhistas britânicos e multinacionais com lojas por todo o mundo, especializados na venda de vestuário, de produtos para o lar e também em produtos alimentares de luxo. Devido a fama que tem granjeado e à marca diferenciada que tem, é de bom-tom comprar e exibir algo proveniente do M&S, como pensou a parteira desta notícia, que ali comprou lingerie idêntica à da foto abaixo e que é produto da M&S.
A jovem parteira, agora com 27 anos e a residir nos arredores de Manchester, que invariavelmente é obrigada a trabalhar a noite, decidiu ir descansar durante o dia para casa da mãe. Provavelmente exausta e porventura pouco arrumada, despiu-se e jogou a roupa para o chão na casa de banho, facto que não passou despercebido ao cão da casa, um King Charles Spaniel chamado Oscar, que tende a comer de tudo e que tem uma especial predilecção por roupa humana. O inevitável aconteceu, o cão adoeceu por ter comido as cuecas da jovem desleixada, vindo a ser operado de urgência e com uma costura de 8 cm.
Devido ao susto apanhado, doravante a jovem sempre colocará a sua roupa íntima suja no cesto apropriado. Estamos certos que a M&S, se teve conhecimento da notícia como nós tivemos pelo “Mirror”, irá fazer um esforço para inovar-se e valer aos cães nestas situações, produzindo lingerie comestível e altamente digerível que não lhes cause qualquer transtorno! E já agora, se tem cachorros em casa ou um cão com idêntica mania, não deixe roupa pelo chão, seja asseado e livre-se de sustos e trabalhos desnecessários.

segunda-feira, 24 de abril de 2017

QUE DIA SE COMEMORA AMANHÃ?

Que dia se comemora amanhã? O de uma revolução feita com cravos que os políticos e banqueiros transformaram em dívidas, um sonho juvenil tão antigo que dificilmente se cumprirá, mas também um grito de revolta que nos devolveu a liberdade!

UM NEGÓCIO COM PERNAS PARA ANDAR: PRÓTESES PARA PETS E OUTROS ANIMAIS

Um cavalheiro chamado Derrick Campana, que começou por fazer próteses para veteranos feridos do exército, é agora fundador e dono da empresa “Animal Ortho Care” no Norte de Virginia/US, especializada em dispositivos de mobilidade para animais de estimação, valendo mensalmente a cerca de 200. Nos 12 anos a que se dedica a este trabalho, o Sr. Campana já socorreu 25.000 animais, entre eles: cães, gatos, cabras, tartarugas, pandas, póneis e até elefantes. E como clientes não lhe faltam, todos os dias recebe inúmeras mensagens e emails a solicitarem os seus serviços, que muitas vezes o obrigam a deslocações ao estrangeiro (tratou de elefantes na Tailândia e de uma cabra em Espanha). Um dos animais ajudados recentemente pela “Animal Ortho Care” foi uma fêmea pónei chamada “Angel Marie”, necessitada de duas patas dianteiras. Tudo correu bem e o pequeno animal já se consegue locomover sozinho.
Uma empresa destas estaria aqui votada ao sucesso, considerando o número crescente de cães e gatos nos lares portugueses, maioritariamente adoptados e muitos deles com algum tipo de incapacidade ou mutilação, para já não falarmos daqueles que são amputados por razões de saúde, dos doentes congénitos, dos que são atropelados e daqueles que incorrem nos mais variados acidentes por descuido ou despreparo dos donos. Quem primeiro se chegará à frente e aproveitará a oportunidade? 

ATÉ JUNTO AO TIBETE!

Depois da Guerra Fronteiriça Sino-Indiana, que ocorreu em 1962 no Sul de Xinjiang (Aksai Chin) e em Arunachal Pradesh (Tibete do Sul), quando O Dalai Lama já se tinha exilado e governavam Nehru na Índia e Mao Tsé-Tung na China, conflito que teve como desfecho uma vergonhosa derrota para a União Indiana ou uma estrondosa vitória chinesa, a Índia decidiu reforçar os seus postos fronteiriços e instalações militares naqueles territórios (quartéis e aeródromos), observando a China o mesmo cuidado, vivendo-se ali ainda hoje um clima de forte tensão e de constante desafio (um rastilho pronto a acender-se).
No meio do contingente indiano destacado para aquelas terras áridas e longínquas (80.000 homens), várias companhias cinotécnicas fazem-se presentes e o trabalho dos cães tem sido objecto de reconhecimento e louvor por parte das autoridades militares que decidiram, à imitação do que sucede em Inglaterra e nos Estados Unidos, atribuir condecorações aos mais valorosos no final do ano passado.
Não deixa de ser estranho ver naquelas remotas paragens Labradores, Malinois e Pastores Alemães, mas eles estão lá e cumprem zelosamente o seu serviço, auxiliando os seus tratadores nas buscas, acompanhando-os nas patrulhas, detectando explosivos, avisando-os da presença dos inimigos e perseguindo-os quando necessário, numa fronteira que tem de comprimento 3.488 km. Como o papel dos cães nas operações militares é longo e obscuro, fazem bem os indianos ao mencionar e condecorar os mais bravos.
Para além das missões de âmbito militar e das relativas à segurança interna do País (policiais), os cães são ainda obrigados a adaptar-se aos pisos irregulares, à rarefacção do oxigénio e um clima deveras hostil, enquanto braço silencioso do exército a que pertencem. Quem melhor do que eles poderia acompanhar os soldados indianos de infantaria até às portas do Tibete? Só os cavalos, mulas e póneis, muito embora não farejem explosivos, sejam de difícil ocultação e só usem os dentes para comer! No entanto, sem a colaboração deste gado equino há muito que os esforços militares indianos teriam caído por terra naquelas inóspitas terras altas (já foram condecorados dois cavalos). Considerando a ocorrência de vítimas, seria bom para ambos os lados que o conflito fronteiriço sino-indiano nunca se reacendesse, o que parece pouco provável, a menos que a Coreia do Norte seja dor de cabeça quanto baste para a China. 

domingo, 23 de abril de 2017

O INTERCONTINENTAL PASTOR DA ANATÓLIA: DA TURQUIA PARA A NAMÍBIA

O Pastor da Anatólia, por vezes conhecido com Kangal (há quem lhes reconheça pequenas diferenças), proveniente do Planalto turco da Anatólia, é um cão milenarmente vocacionado para a guarda de rebanhos (ovinos e suínos), um molosso capaz de enfrentar lobos, ursos, leões, tigres, leopardos, chacais e chitas. Apesar do seu tamanho e pesos consideráveis, de 71 a 86 cm e de 41 a 66 kg (a raça apresenta dimorfismo sexual e os valores mais baixos reportam-se às fêmeas), que lhe transmitem uma robustez pouco vista no mundo canino, este cão pastor é excepcionalmente ágil e rápido, apresentando em simultâneo uma excelente visão e audição. 
Ainda no seu estado virginal, seleccionado por meios tangentes aos da selecção natural e para o que melhor sabe fazer, este molosso gigante ainda não foi objecto de beneficiamentos que lhe permitam transformar-se num cão de companhia, pormenores que lhe dificultam o aproveitamento no adestramento clássico e que o tornam agressivo para os outros cães. Todavia, a sua rusticidade e carácter independente não lhe impedem que seja inteligente, corajoso e leal ao dono. Importa ainda dizer que é extraordinariamente saudável e quem tem uma esperança de vida acima da média.
Depois da década de 80, altura em que as chitas (guepardos) dizimaram em grande escala rebanhos de ovinos e caprinos na Namíbia, país situado ao sul da Africa ocidental, e que teve como consequência o seu abate em massa, vendo reduzido o seu número para cerca de ¼ (chegaram a ser abatidas 1.000 anualmente), o “Cheetah Conservation Fund/CCF” optou por um método não letal e ecológico para o controle daqueles predadores, importando, criando e distribuindo Pastores da Anatólia como guardas de rebanhos, a partir dos arredores da Cidade de Otjiwarongo, no norte da Namíbia, num total de 450 cães em duas décadas.
No mesmo período capacitou cerca de 3.000 criadores de ovinos e caprinos, conseguiu reduzir a perda de gado de 20 para 0%, independentemente do tipo de predadores. O sucesso destes cães tem sido tão grande que existe ali uma lista de espera para se adquirir um Pastor da Anatólia, cão que também já chegou para o mesmo efeito à África do Sul e à Tanzânia.
A presença destes cães nos rebanhos, que acontece logo após o desmame, comendo, bebendo e coabitando com o gado, tem sido suficiente para afastar as chitas dos rebanhos e induzi-las à procura das suas presas tradicionais. Quem cria e se serve destes cães nega-se a tratá-los como animais de estimação (pets), porque entende-os como parte integrante do rebanho das ovelhas ou das cabras que acompanham e guardam.
A presença dos cães e os seus latidos entre o gado costumam funcionar como dissuasão suficiente para as chitas e outros predadores, que preferem assim atacar rebanhos sem guarda-costas. No entanto, perante a persistência dos animais selvagens, alguns cães já se viram obrigados a matar chitas e chacais (convém não esquecer que as chitas podem atingir 110km/h em apenas 3 segundos, não sendo por isso mesmo fácil capturá-las). Os maiores inimigos destes cães turcos gigantes, agora tornados africanos, são as serpentes e os escorpiões.
Na necessária reviravolta que a canicultura ocidental terá que dar, porque se encontra moribunda por via dos múltiplos achaques que afectam os seus cães, fruto do experimentalismo e dos exageros cometidos, terá que voltar-se para os cães de Leste e refrescar com o seu sangue os endémicos que temos por cá e que o têm saturado (isto se o quiser fazer por meios naturais). E para que ninguém entenda o que dissemos como um “crime lesa-majestade”, adiantamos que a caminhada dos cães aconteceu do Oriente para o Ocidente e que tal estratégia outra coisa não é que um regresso ao passado, às origens de uma espécie que sabotámos e adulterámos a nosso bel-prazer.

sábado, 22 de abril de 2017

RANKING SEMANAL DOS TEXTOS MAIS LIDOS

O Ranking semanal dos textos mais lidos obedeceu à seguinte ordem de preferência:
1º _ PASTOR ALEMÃO X MALINOIS: VANTAGENS E DESVANTAGENS, editado em 15/06/2011
2º _ OS FALSOS PASTORES ALEMÃES, editado em 24/02/2015
3º _ O AZEITE PRÀS CARRAÇAS, editado em 24/06/2010
4º _ PASTOR DA BIELORRÚSSIA: O FAVORITO DA KGB, editado em 15/04/2017
5º _ O CÃO LOBEIRO: UM SILVESTRE ENTRE NÓS, editado em 26/10/2009
6º _ CÃES DE GUERRA: QUANTOS REGRESSAM DELA E PARA ONDE VÃO, editado em 18/04/2017
7º _ LAMENTAMOS DECEPCIONAR ALGUÉM…, editado em 17/04/2017
8º _ CÃO DE ESTIMAÇÃO TRAMA BOKO HARAM E SALVA DEZENAS DE VIDAS, editado em 19/04/2017
9º _ OS CÃES DE GUERRA DO LESTE EUROPEU E ASIÁTICO, editado em 18/02/2015
10º _ TODOS OS CÃES SABEM NADAR?, editado em 17/04/2017

TOP 10 SEMANAL DE LEITORES POR PAÍS

O TOP 10 semanal de leitores por país ficou assim ordenado:
1º Portugal, 2º Brasil, 3º Estados Unidos, 4º Espanha, 5º Holanda, 6º Irlanda, 7º França, 8º Alemanha, 9º Reino Unido e 10º Sérvia.

sexta-feira, 21 de abril de 2017

JA, SIE WERDEN VERSCHWINDEN

Intencionalmente pusemos o título deste artigo em alemão, que diz: “Sim, elas vão desaparecer”, referindo-nos às actuais raças caninas dominadas pela endogamia e pela consanguinidade que continuam, à revelia da ciência e contra o bem-estar animal, a ter adeptos cardíacos. Para que melhor se entenda o que acabámos de dizer, vamos narrar para os nossos leitores o que se passa com os lobos residentes no Parque Nacional de Isle Royale no Michigan/US, segundo nos fez saber o “ScienceDaily” on-line na sua edição do dia 18 deste mês.
Há dois anos consecutivos que a população de lobos ali não aumenta, restando somente um casal, que para além de ser pai e filha, são irmãos por via materna. Há dois anos atrás acasalaram e nasceu um filhote macho com um ar pouco saudável, de pequena estatura, de postura possivelmente anormal e com a cauda deformada, Condenado à partida, no ano seguinte deixou de ser visto. A somar a isto, o casal de lobos restante está a andar para a velhice (o macho tem 7 anos e a fêmea 9) e é muito pouco provável que voltem a acasalar, não só por causa da idade mas porque a loba já foi vista a rejeitar agressivamente o seu companheiro. Com o desaparecimento destes predadores de topo, o número de alces e castores não irá parar de aumentar naquele Parque Nacional norte-americano.
Idêntico flagelo está a acontecer com o Cão de Pastor e Alemão e com outras raças padronizadas, onde a consanguinidade e a endogamia (tanto a manifesta como a oculta) continuam a ser responsáveis pelo aparecimento de exemplares de carácter e comportamento reprováveis, fracos de morfologia, anómalos de biomecânica, doentes, de difícil reprodução e de pouco ou nenhum préstimo (quantos nascem mortos ou morrem à nascença?). Enoja-nos ver e cada vez vemos mais, ninhadas de Pastores Alemães que nascem abaixo dos 380 gramas, animais que em tudo lembram fuinhas e que mais depressa que o esperado levantam as orelhas, pastores que chegarão aos dois meses de idade abaixo dos 5 kg e que na idade adulta pesarão entre 24 e 30 kg consoante sejam fêmeas ou machos. E se o problema genético já é mal bastante, há ainda quem se aproveite do facto para lhes dar dietas impróprias segundo a sacra relação preço-qualidade.
Segundo a experiência que temos e que já vai para meio século, quando os beneficiamentos são os correctos e as ninhadas acontecem sem problemas, os cachorros nascem entre os 450 e os 550 gramas, havendo alguns que poderão pesar um pouco mais, dependendo isso do seu número. Gradualmente e sem que muitos se apercebam, uns porque não eram nascidos e outros porque estão cada vez mais esquecidos (de propósito ou porque a idade não lhes perdoa), os Pastores Alemães têm vindo a perder peso, tamanho, envergadura, saúde, qualidade e longevidade. E tudo isto porquê? Exactamente pela mesma razão que os lobos estão a desaparecer do Parque Nacional de Isle Royale no Michigan! Só que neste caso, não são os alces e os castores que vão proliferar mas os outros cães que lhes vão ocupar o lugar! Como poderemos amar a raça e contribuir para o seu extermínio?

quarta-feira, 19 de abril de 2017

CÃO DE ESTIMAÇÃO TRAMA BOKO HARAM E SALVA DEZENAS DE VIDAS

O Boko Haram é um grupo de terroristas e fundamentalistas islâmicos que domina a Região Norte da Nigéria e que também mantém debaixo de terror os vizinhos Camarões, Chade e Níger. Afilhado do Isis e subsidiado pela Al Qaeda, quiçá também assalariado de uma superpotência por conta de alguns recursos naturais, o Boko Haram é perito em raptar meninas das escolas e condená-las à pior das escravaturas (prostituição), para além de matar quem lhe apraz por onde passa, a pretexto de querer instalar ali a lei islâmica (Sharia).
Contrariamente aos seus mentores, que ainda não usam mulheres como bombistas suicidas (sabe-se lá até quando), este grupo nigeriano de terroristas usa-as amiúde, como o fez recentemente nos arredores da cidade de Maiduguri, mandando uma jovem para um casamento com um cinto de explosivos. Por sorte, o cão de um particular desconfiou das intenções daquela jovem, jogou-se a ela e impediu que se infiltrasse no meio dos convidados. Graças à acção do cão, que explodiu junto com a bombista, muita gente se salvou, conforme deu notícia o “Independent” on-line.
Ignora-se por que razão o Ocidente e em particular o Presidente Francês, ainda não tomaram medidas eficazes para a eliminação deste grupo de terroristas, que segundo dizem alguns analistas, alcançou o seu arsenal pelo saque ao deposto regime líbio de Kadhafi. Para além de usar mulheres com bombistas suicidas, o Boko Haram usa agora bebés para o mesmo fim, colocando-os ao colo das bombistas para que estas atinjam os seus alvos sem levantar suspeitas.  

BUY MEXICAN, HIRE MEXICAN

Quiçá como contraponto à ordem executiva presidencial para “comprar americano e contratar americano”, assinada ontem no Wisconsin por Donald Trump, Mauricio Montoya, um mexicano com olho para o negócio e dono de uma gelataria na Cidade do México (Don Palleto: il capo di gelato), depois de ver que muitos dos seus clientes se faziam acompanhar por cães e querendo ver aumentada a sua clientela, decidiu fabricar também gelados para os mascotes daquela gente, feitos com iogurte natural e bactérias lacto bacilares que são igualmente indicados para os seus donos, já que os gelados comuns podem causar mal-estar e diarreia nos cães. Os sabores mais aconselhados na loja são “Gentleman” e “Lucky Lucky”, que têm três apresentações: em palito, cone e tigela. 
E para não fugir ao mote “Buy American, Hire American”, vamos adiantar, para os que adoram dar miminhos aos seus cães, a receita de um gelado próprio para eles retirado de um site norte-americano (mother nature network).  Junte e misture uma xícara de iogurte natural com a quarta parte de uma xícara de água e um ou mais dos seguintes ingredientes: 1 xícara de manteiga de amendoim; 1 banana; 1 xícara de mirtilos; 1 colher de chá de mel e ¼ de xícara de alfarroba. Depois dos ingredientes bem misturados, estes deverão ser deitados num tabuleiro de cubos de gelo e colocados no congelador até se solidificarem. Depois, donos e cães podem servir-se quando o calor apertar!
Para não fugirmos à verdade, confessamos que nunca fizemos ou demos gelados aos nossos cães, pelo que não podemos recomendar nenhum e muito menos aquele que acabámos de mencionar. Sobre esta matéria vale a pena consultar o seu veterinário-assistente, porque ele melhor do que ninguém saberá o que é ou não conveniente para o seu cão.

terça-feira, 18 de abril de 2017

PODEMOS DEIXAR À VONTADE CÃES E CRIANÇAS JUNTOS?

Se fizéssemos esta mesma pergunta aos pais de há 50 anos atrás, a resposta seria quase unânime: não! Se a fizermos aos pais actuais as opiniões dividem-se, havendo quem diga que sim e quem diga que não, apesar de morrerem agora mais crianças à boca dos cães do que nunca! Ainda antes de respondermos à questão, vamos tentar explicar quais as principais razões por detrás de tantos ataques caninos a crianças sendo grande número deles fatal:
1. _ Nunca houve tantos cães a coabitar debaixo do mesmo tecto com os donos;
2. _ Nesta coabitação os cães encontram-se invariavelmente soltos;
3. _ Muitos dos cães urbanos alcançaram um estatuto de “filhos” e de “crianças”;
4. _ Na maioria dos lares onde há crianças, os cães já lá haviam chegado primeiro;
5. _ O aumento do número de cães familiares não foi acompanhado pelo conhecimento necessário para tê-los;
6. _ A apropriação da falsa filosofia que diz não haver cães maus e que a maldade canina sempre é de origem ambiental.
7. _ Autoridade deficitária ou circunstancial da maioria dos proprietários caninos relativas aos seus cães.
8. – Ausência de transmissão de regras que possibilitem a interacção entre crianças e cães para se evitarem escusadas situações de conflito. 
Nunca houve tão grande número de cães a coabitarem debaixo do mesmo tecto com os donos como agora, facto a que não é estranha a fuga das populações do interior para o litoral e dos vilarejos para as grandes urbes, locais onde há trabalho, melhores remunerações e por consequência melhores condições de vida (o campo desceu à cidade e foi à procura dos cães que por lá deixou). Este enriquecimento súbito das populações possibilitou-lhes a aquisição de toda a sorte de cães, mesmo aqueles que não lhes convinham (mais cães, maior risco de acidente). Os cães que outrora eram deixados à solta pelo campo, confinados nos currais ou presos em correntes às portas das habitações, passaram a ter permissão para andarem em liberdade dentro das casas dos seus donos, considerando-as também suas e reclamando ali um espaço próprio (com os animais soltos os seu controlo torna-se mais difícil).
Com homens e mulheres a trabalhar e ambos interessados nas suas carreiras laborais, o desejo de ter filhos tem passado para segundo plano, vindo os cães a preencher o seu lugar, passando a ser entendidos como crianças e tratados como filhos, promoção para eles inesperada mas da qual dificilmente abrirão mão porque não gostam de ser despromovidos. O mais comum de acontecer nos lares que têm crianças e cães é que os últimos tenham lá chegado primeiro, vendo os infantes por vezes como intrusos, invasores do seu espaço e concorrentes pela atenção dos seus donos (o cão também entende “que a velhice é um posto” e não abdica gratuitamente dos direitos adquiridos). Diante destas verdades, aconselham-se os futuros pais que são proprietários caninos a ensinarem ou mandarem ensinar os seus cães antes da vinda dos filhos para que tudo corra sem novidade, ninguém se magoe e todos se sintam felizes.
Apesar dos cães serem um produto bastante vendável e rentável nas mais evoluídas sociedades contemporâneas, o seu aumento nos lares não foi acompanhado pela informação necessária em lado nenhum, sendo ao invés sobrecarregado com muita desinformação, atendendo ao volume de negócios que eles representam (o segredo é a alma do negócio), negócios donde também não podemos excluir os canicultores “que vendem gato por lebre” e que empandeiram para os incautos qualquer cão de luta como o mais doce dos anjinhos, muito embora os piores aldrabões sejam encontrados entre os fabricantes de rações. De um momento para o outro e sem razão plausível para isso, os cães passaram a ser mensageiros da paz e da felicidade nos lares, isentos de qualquer maldade e emissários de um deus bondoso e longínquo que nos bate à porta. E no meio desta ficção toda, a televisão e o cinema ajudam à festa, porque vivem das audiências, sabem do que o povo gosta, exploram as suas emoções e alimentam os seus sonhos despudoradamente.
As mentiras sucedem-se umas às outras e ninguém se entende, por todo o lado sobram evangelhos apócrifos sobre comportamento animal, elevam-se doutores de coisa nenhuma e todos se armam em sapientes, tomando por verdades mentiras que poderão comprometer a sua integridade, a dos seus familiares, a de terceiros e a vida dos seus cães. Uma delas, que se expandiu como erva em Abril, diz que os cães só são maus por causa do tratamento que lhes dão, já que são por natureza bonzinhos, o que não corresponde em absoluto à verdade, porque os cães nascem diferentes, continuam a ser predadores, tentam impor a sua vontade, procuram a ascensão social e alguns até são geneticamente seleccionados para serem maus e causarem grande dolo, quer sejam melhor ou pior tratados (há cães estuporados, por via natural ou fabricados).
Com os cães dentro de casa, tornados seus proprietários, com liberdade de movimentos, constituídos em filhos e tidos como anjos, qualquer exercício de autoridade torna-se escusável e gratuito perante tanta bondade e companheirismo, predicados que têm levado muitos donos a considerar exclusivamente os direitos caninos em prejuízo das suas obrigações, insanidade que normalmente põe os racionais ao serviço dos irracionais por se isentarem da liderança, correndo invariavelmente atrás dos prejuízos causados pelos animais. Nenhum cão pode viver sem regras e se não lhas estipularem, porque é um animal social, será ele a estabelecê-las para os demais e nem sempre da maneira mais conveniente!
Respondendo à pergunta “PODEMOS DEIXAR À VONTADE CÃES E CRIANÇAS JUNTOS?”, que subentende a ausência de supervisão de um adulto na ocasião, tanto poderemos dizer sim como não - sim, se o cão houver sido preparado e aprovado para lidar com crianças; não, caso não possua essa qualificação, porque cães e crianças de tenra idade nunca foram uma boa associação e raramente se associam sem a contribuição de um adulto, porque aos primeiros importa refrear e aos últimos regrar.
De qualquer modo, nunca é 100% seguro deixar um bebé sozinho com um cão, não só por aquilo que o animal possa fazer-lhe mas também por aquilo a que não pode valer-lhe. Porque tantas crianças são hoje atacadas e mortas pelos cães? Basicamente por causa da incúria dos donos e usurpação da sua autoridade por parte dos cães, que agem assim por ausência de reparo, preparo e regra, também porque crianças e bebés nunca coabitaram em tão larga escala juntos. A quem caberá estabelecer ao cão quais os seus limites? Parece-nos que a resposta é óbvia! Há cães que sem nenhum tipo de ensino são óptimos companheiros para as crianças? Há, são os excepcionais!