Ontem,
quinta-feira, na cidade alemã de Hamm, no estado de Nordrhein-Westfalen,
aconteceu um incidente que quero comentar com os meus leitores pela sua
importância para o treino canino. Uma senhora de 56 anos que passeava com o seu
cão foi vitima de uma tentativa de assalto perpetrada por um homem munido de
uma faca, que pretendia que ela lhe entregasse o dinheiro que trazia e o
telemóvel (celular). Só que o seu Labrador começou a ladrar e assustou o
assaltante, que fugiu de bicicleta com as mãos a abanar (as primeiras
tentativas para encontrá-lo não surtiram efeito).
Todos nós sabemos que o “ladrar” é um
aviso e não uma ameaça, pelo que até os cães mais cobardes podem fazê-lo
debaixo de ordem, comando que nestes casos é conveniente ser tirado a partir
da brincadeira (a recompensa só facilitará a sua assimilação). A pensar na
salvaguarda do cão e do seu líder, logo que possível, o comando verbal deverá
ser substituído pelo gestual correspondente, para que o animal ladre sem denunciar
o emitente da ordem, assustando assim pela surpresa quem intentar fazer-lhe mal ou ao seu dono, que foi exactamente o que
aconteceu na cidade de Hamm. Uso este comando normalmente no meu cão quando o
deixo “quieto” em algum lugar e alguém não pára de incomodá-lo, forçando-o a
interagir ou tentando suborná-lo na esperança de o tirar dali. Há distância
dou-lhe o comando gestual de “ladra” e os prevaricadores costumam sair a correr
sem esperar autorização! Facilmente se depreende que ter um cão a ladrar à
ordem tanto pode impedir o seu roubo como até livrar o seu dono de apuros.
PS: A obtenção deste comando também pode acontecer por provocação nos cães de carácter mais sólido. Contudo, tal não é conveniente, para não vulnerabilizar a liderança e instigar o animal à rebeldia.
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