Bem
que o título acima poderá servir de introdução ao que aconteceu na aula de ontem
à noitinha, porque a procura do bem-estar dos cães ligou-se à felicidade dos
donos. Na foto que introduz este relato podemos ver a Margarida a exercitar-se
com o seu querido Ozzy ao colo, encantado da vida, porque é do colinho que ele gosta
mais. Na foto que se segue vemos o Yorkshire a passar por dentro de um
separador e só assim nos apercebemos o quão pequenino ele é.
Ontem
o trabalho foi quase dedicado em exclusivo à obediência e sociabilização, daí
termos encetado um percurso ribeirinho com 3 km de extensão, onde nunca faltam
crianças, trotinetas, bicicletas, corredores e crianças em algazarra. O Ozzy
portou-se muito bem e o Dobby lá deu, indevidamente “um arzinho da sua desgraça”,
ao reagir negativamente a uns “canitos” ladradores quase insignificantes, de
famélica apresentação e ruim pêlo. Na foto abaixo, lado a lado, perfilados e como
meninos bem-comportados, vemos os dois cães sentados sobre dois pequenos bancos
alinhados,, mas separados entre si.
Deste
exercício de “quieto” evoluímos para outro mais exigente, colocando os dois
cães sobre o mesmo banco, um atrás do outro, cumprindo as ordens que lhes foram
dadas e aguardando o chamamento dos seus donos. Ao colocar o Yorkshire na
frente do Pastor Alemão exigi um pouco mais do pequeno terrier, que ainda hoje
mostra alguma insegurança quando tem um cão na sua retaguarda. O CPA Dobby, por
sua vez, não é um cão que adore cumprimentar os outros e se o deixarem tentará
agredi-los. Obrigado a refrear os ímpetos, o Lupino respondeu afirmativamente à
solicitação que lhe tinha sido dada (houve paz na capoeira!).
Também
a Maria teve oportunidade de se exercitar num aparelho de manutenção física,
observada pelo seu fiel Dobby, que sentindo-se em terreno frequentado por
gatos, estava com um olho na dona e outro a perscrutar a eventual presença de
um gato. Como a Maria pretende o Dobby para guarda, não lhe sobra outro remédio
do que sair mais vezes com o cão à rua e por mais tempo, para que ele se
familiarize mais depressa com toda a sorte de animais, chegando ao ponto de
ignorá-los completamente. Por outro lado, ao fazer isto, a Maria está a conhecer
melhor o seu companheiro, a adivinhar-lhe as intenções, a trabalhar por
antecipação e a alcançar o seu controlo atempadamente. Se assim não proceder,
arrisca-se a ver o seu cão a caçar gatos, patos e galinhas, ao invés de se
interessar pelos possíveis intrusos, que não miam, grasnam ou cacarejam,
evoluindo por norma no mais profundo silêncio.
A Aula correu bem no geral, os cães adoram-na e os donos saíram dela felizes, numa noite aprazível como há muito não acontecia. E quando assim é, só fez falta quem lá esteve.
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