quarta-feira, 13 de setembro de 2023

NA PISTA OU NA CIDADE, O PROCEDIMENTO É O MESMO

 

Jamais o deslumbramento ou o gozo de um condutor deverá levá-lo à irresponsabilidade, o que não é raro acontecer nas mais diversas situações de acordo com as emoções de cada um. Na saída dos saltos, tanto na Pista Táctica como na cidade, os condutores não devem deter-se a olhar para os cães, mas continuar a progredir com os olhos postos no trajecto, quer conduzam os animais à trela ou soltos. Do ponto de vista técnico, quando um condutor se vira para o cão imediatamente após uma transposição, está transmitir ao animal uma postura de travamento que poderá levá-lo a um salto anómalo e a um impacto ao solo sofrível, provocados pela desaceleração advinda do impacto visual do dono, mau-hábito que importa contrariar mal se apresente em abono do bem-estar e do bom desempenho do cão. Mas, mais grave do que isso, é quando o cão varre e cai em cima de alguém que encontra na sua frente enquanto o dono está a olhar para ele, despropósito que para além de uma tremenda irresponsabilidade, pode acarretar graves consequências. Quando isto acontece, quer o visado seja uma pessoa ou um animal, estamos indevidamente e mais uma vez a atentar contra a sociabilização do cão atleta. E como tudo isto acontece em fracções de segundo, hiato em que o espectador usurpa o lugar ao condutor, não deverá haver lugar a distracções. E o mais caricato disto tudo é que há donos que ao olhar para os cães acabam por tombar por não saberem onde têm os pés! E já que trabalhamos com cães, seria óptima treinarmos a nossa visão binocular (só teríamos a ganhar com isso). Todos sabemos que o cão ao lado do dono tem o dobro da força e que embalado ao lado deste tende a aceitar qualquer desafio, por vezes até a estender voluntariamente os seus préstimos – cuidado!

PS: Estamos cansados de ver cães a mordiscar os braços daqueles donos que lhes obstruem momentaneamente o caminho entre os obstáculos. Também aqui parar é morrer!

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