quinta-feira, 30 de junho de 2022

RECORDE SEMESTRAL DE LEITORES DIÁRIOS

 

No passado dia 23 de junho, quinta-feira, foi alcançado o recorde semestral de leitores diários deste blogue – 1.234 – número que está bem longe do recorde diário de sempre desta plataforma – 9.538 – alcançado a 23 de outubro de 2021. Agradecemos o interesse de todos e tudo faremos para continuar a merecê-lo.

HÁ QUE ESTAR A PAU COM OS URSOS!

 

Contrariamente ao que eventualmente parece, este não é um artigo destinado aos criadores e apaixonados do CÃO DE URSOS DA CARÉLIA, valente raça usada na caça ao urso tanto na República da Carélia como na Rússia e na Finlândia, mas de incidente que envolveu um urso e um alpinista, na passada segunda-feira, no estado norte-americano do Wyoming. O alpinista, um homem muito experiente nestas actividades recreativo-desportivas, quando caminhava no Francs Peak, o pico mais alto da Cordilheira Absaroka, no Wyoming, foi surpreendido pela presença de um urso cinzento e nem sequer teve tempo para usar o “Bear Spray” que trazia consigo. O urso atacou-o e o alpinista ficou ferido, sendo levado para o hospital em Billings, Montana. As autoridades não divulgaram a sua condição actual e a sua identidade. O WYOMING GAME ANS FISH DEPARTMENT, autoridade que regula o sector e que deu a notícia em primeira mão, fez saber que não planeia ir procurar aquele urso e que continuará a monitorar a actividade dos ursos na área de acordo com o melhor interesse público. Os ataques de ursos nos Estados Unidos e no resto do mundo são felizmente raros e acontecem quando os ursos intentam defender a sua comida, as suas crias e o seu território. Contudo, há que saber lidar com eles nos casos de eventuais encontros.

Como são cada vez mais os montanhistas e alpinistas portugueses que dentro e fora do país se dedicam a estas actividades, sabendo-se que mesmo aqui ao lado, na vizinha Espanha, existem mais de 80 URSOS, principalmente nos montes da CORDILHEIRA DOS PIRINÉUS e nos MONTES CANTÁBRICOS, que se situam no nordeste de Espanha e que se estendem até Portugal, é importante que sigam os seguintes protocolos aquando de um encontro fortuito com um urso. São eles: 1 _ Identifique-se ao falar com calma e acene lentamente os braços, para ajudar o urso a perceber que você é um humano e não uma ameaça; 2 _ Permaneça calmo, porque geralmente os ursos não pretendem atacar, só querem ficar sozinhos; 3 _ Fale de vagar e em voz baixa com o urso; 4 – Não grite, porque tal pode desencadear um ataque do animal; 5 _ Segure as crianças e não as deixe fugir na frente do animal, para que não interpretadas como presas pequenas; 6 _ Desloque-se integrado num grupo de pessoas, que para os ursos é mais barulhento e malcheiroso, mantendo dele distância; 7 _ Faça-se parecer grande, vá para um terreno mais alto e permaneça de pé; 8 _ Não tire a sua mochila das costas, porque ela pode impedir que o urso tenha acesso à comida e fornecer alguma protecção; ) 9 _ Afaste-se devagar e mova-se lateralmente para parecer menos ameaçador aos olhos do urso, movimento que possibilita também a observação do animal; 10 _ Não corra na frente de um urso, porque é mais do que certo que será perseguido e 11 _ Não suba às árvores, porque há ursos que também conseguem subi-las. Oxalá grave estes conselhos como antigamente se aprendia a tabuada.  

PS: não leve o seu cão para territórios onde se suspeita haver ursos, porque ele não está preparado para esse tipo de caça e é bem possível que ambos venham a perecer.

TOMMY: CHIQUE E MARIOLA

 

Para valer à dona e socorrer o cão, que há muito conquistou o meu coração, ofereci-me temporariamente para o instruir, em substituição da sua condutora, à brocha com muitos afazeres. O Tommy é charmoso, engraçado e tem um ar despenteado e rebelde que lhe fica bem, a lembrar o James Dean que Deus lá tem. Não fora eu mal-encarado e ter passado o prazo de validade, o Tommy seria por demais bajulado pelas ruas e calçadas da cidade. O problema do Tommy é que intenta rebocar a dona pela trela e ladra a tudo e a todos, inclusive a quem não deve, como é o caso das crianças. A origem dos problemas deste Schnauzer está relacionada com a forma de como tem vindo a ser passeado, que desprezando tanto a sociabilização como a necessária interacção, apenas tem servido para satisfazer as suas necessidades fisiológicas. Como macho, depois marcar centos de vezes o seu território, o Tommy ladra para todos os cães que passam como se de intrusos se tratassem.

Invariável e erroneamente, os cães com este tipo de comportamento saem à rua ataviados de um arnês ou colete, que são acessórios próprios para ensinar os cães a puxar (à falta trenós, acharão por bem rebocar os donos). Há que sociabilizá-lo com paciência e cuidado valendo-nos da trela para que não agrida ou venha a ser agredido, o que no primeiro caso poderia transformá-lo num rufia e no último num ladrador compulsivo e impenitente.

Ontem, iniciámos os trabalhos de sociabilização do Tommy entre iguais valendo-nos do jubilado CPA Bohr, pastor com o qual já teve duas picardias, felizmente sem consequências, sendo uma de sua própria iniciativa. Para que tudo corresse bem, primeiro houve que fazer sentir ao jubilado que o facto de ser melhor cuidado, não lhe dá o direito de ser obstinado, o que acontece automaticamente quando o lobeiro sente a presença do Adestrador. Quanto ao Tommy, basta dar-lhe apoio e transmitir-lhe confiança para que se sinta à vontade e não enverede pela insegurança. Há que haver nisto um cuidado especial, o de não subordinar o Schnauzer em demasia, o que poderia ter como resultado a eliminação da sua autodefesa, o que num cão do seu tamanho poderia ser-lhe fatal. Na foto abaixo, tal qual dois comparsas, sobre uma gigantesca cadeira de bronze convertida em estátua, vemos lado-a-lado o Bohr e o Tommy, sendo impossível não reparar na diferença de tamanhos.

Certa vez conheci uma senhora, enfermeira de profissão e da qual ainda guardo o nome, moradora na Rua dos Soeiros, por detrás do estádio da luz, cujo cão (um Pastor Alemão lobeiro de nome Egas) lhe espatifou um braço contra uma árvore por se querer mandar a uns pombos. Desde então, porque nunca me esqueci do incidente, sempre sociabilizo os cães ao meu encargo com os pombos. E assim também aconteceu com o Tommy, que confortado pelo Adestrador, cedo se desinteressou por aquelas aves tornadas insignificantes.

Como era imperioso dar início à sua sociabilização com crianças, valemo-nos de um jovem mãe com uma criança endiabrada que se cruzou connosco, mais uma brasileira (simpática) em Terras Lusas que aqui, como se diz no norte, “já são mais que as mães”. A presença da jovem mãe facilitou o controlo do cão e a consequente protecção da criança. Atendendo à justificada e obrigatória segurança das crianças, jamais iniciaria um trabalho destes entregando o cão a uma criança isolada. Apesar da menina ter amarinhado pelas pernas da mãe, diga-se por brincadeira e não por medo  do cão, o Tommy aceitou naturalmente a situação.

Entretanto, acercou-se de nós uma cigana com 2 filhos pequenos, com uma menina de colo e um rapazito franzino com os seus 5 anos, leve como um pardal e irrequieto como uma libelinha, que semi descalço, divertia-se a levantar as tampas de ferro dos escoamentos do jardim. Depois de conhecer o seu nome e de o testar amiúde, na presença da sua mãe e com o seu consentimento, passei o Tommy para a sua mão, condicionando o animal a ficar sentado e a permanecer quieto. Os riscos de agressão do animal foram reduzidos a zero por conta da acção dos comandos de imobilização, pela presença próxima do Adestrador e pela fixação do cão na sua pessoa. Apesar do problema não se encontrar ainda definitivamente resolvido, esta é uma fotografia que merece um quadro ou uma moldura especial.

Já aguardada, a CPA Kira chegou, excitada e barulhenta como sempre, deserta de correr para todos como se há muito não nos visse. Para acalmar os seus ânimos e refrear tanta agitação, sentámo-la à volta de uma mesa de jardim rodeada pelo Bohr e pelo Tommy. A foto abaixo reporta esse momento e a cadela parece ter posado especialmente para ela.

A Kira tem sido objecto de alguma insistência no “tricomando básico” (alto, senta e deita) e no comando de “quieto”, parecendo este último comando ser-lhe contranatura. É sempre bom termos ao nosso dispor um cão jubilado, um auxiliar que através do seu exemplo nos ajuda a ensinar os cães mais novos ou mais crus no adestramento. No GIF seguinte vemos a execução pelo Bohr e pela Kira dos comandos de “junto”, “alto”, “senta”, deita”, “quieto” e “aqui” do Bohr. Como se pode ver, o Miguel deixou a cadela atravessada por se ter esquecido, no momento do “deita”, de abrir a mão de condução para o lado esquerdo (para fora), puxando ao invés o animal para si (temos muito trabalho pela frente).

Com o Adestrador e o Tommy a observar, no intuito de dar ao Miguel experiência e mobilidade de mão, a CPA Kira foi convidada para saltar duas sebes consecutivas de altura superior a 1 metro e distantes entre si de 1,5m. Depois de várias tentativas frustradas (gaba-se a paciência da cadela), o Miguel lá conseguiu ultrapassar os obstáculos propostos. No GIF vê-se também que o fotógrafo estava lá, a sua sombra não engana!

O mariola do Schnauzer também foi convidado para a execução do “tricomando básico”, executando-o de forma irrepreensível, o que levou o Adestrador a suspeitar que a sua dona tem vindo a fazer os trabalhos de casa.

Como é usual, a reportagem fotográfica foi da autoria do Paulo Jorge e a sua edição coube ao Adestrador. Os alunos em falta foram muitos e hoje retomaremos os trabalhos com a mesma paixão e afinco.

quarta-feira, 29 de junho de 2022

MALDADE NUA E CRUA

 

Sábado, 25 de junho de 2022, ao retornar a casa depôs de um dia de trabalho, uma moradora de Lihus, departamento francês de Oise, descobriu um dos seus Malinois de 3 anos  e meio pendurado numa viga, felizmente conseguiu ainda chegar a empo e evitar a morte do cão. De acordo com as declarações da dona do animal, que é proprietária de mais um cão, esta não foi a primeira vez alvo de actos maliciosos, o que a obrigou a construir canis para os animais na sua ausência, equipando os animais com coleiras próprias para não ladrarem, para não ter que ouvir as reclamações constantes dos vizinhos, que se queixam do ladrar dos cães. Ao voltar para casa no sábado, a mulher descobriu que um dos seus cães não estava no seu canil e que as portas do prédio vizinho se encontravam abertas. Suspeitando de algo horrível, ela correu para o local e descobriu o seu Malinois inconsciente e pendurado numa viga pelo seu estrangulador. Apesar do pânico vivido, a dona conseguiu libertar o animal e fazê-lo recuperar o fôlego. Chocada, informou imediatamente a Gendarmerie e o Prefeito da cidade para que o incidente ficasse registado. Anteontem, segunda-feira, dia 27 de junho apresentou queixa na Gendarmerie.

Se porventura assistisse alguma razão ao autor da tentativa de assassinato do cão, perdeu-a completamente ao fazer de juíz e de carrasco naquela ocasião, num acto inqualificável e a todos os títulos reprovável. Grei que atribui pouca importância à vida de um animal, sem grande esforço desvalorizará também a vida de uma pessoa – há em Lihus um potencial assassino à solta! Se o animal soubesse defender o seu espaço, seria facilmente enforcado? É por esta e por outras que vou continuar a ensinar os cães a defender-se.

COMOVENTE

 

Na plataforma da Internet Reddit, uma usuária postou recentemente um foto da sua amada Pug, a Tinker, que ela se viu na contingência de mandá-la abater. Poucos dias após a morte do animal, recebeu na sua caixa do correio um cartão da clínica veterinária onde tudo aconteceu. Dentro dele encontrou um pedaço de papel com um poema, sob o qual eram visíveis duas pegadas da sua falecida Pug. O cartão dizia: “Para sempre lembrada – para sempre amada – para sempre nos nossos corações”. Nele também estava escrito “os nossos pensamentos compassivos estão consigo neste momento”, e muitos funcionários da clínica também ali deixaram pequenas mensagens. O Veterinário, o Dr. Curry, escreveu: “Aceite as minhas sinceras condolências pela sua perca. Tinker era uma garota muito especial que acabou por conquistar os nossos corações. Sentiremos a sua falta.” Por sua vez, a funcionária Kayla, juntou a seguinte mensagem às demais: “Vou sentir falta de ver a Tinker, ela era incrivelmente fofa". No comments.

O TREINO DO JUBILADO

 

Voltei mais depressa a este tema do que esperava, porque me foi solicitado e o assunto é tão importante como apaixonante. Vou hoje mostrar para os meus leitores um modelo de aula próprio para cães jubilados, com o objectivo de os manter activos, saudáveis e integrados socialmente, também arredados das maleitas que a idade teima em trazer-lhes. O treino de um cão destes deverá começar com uma caminhada em andamento natural, nunca induzido, para que animal vá a gosto sem ser rebocado ou contrariado, será ele a marcar o andamento e não o dono, muito embora caiba ao líder determinar qual a extensão do passeio (de 2 a 3 km). Durante a caminhada há que incentivar o animal ao contacto com as pessoas e os animais ao seu redor, para que a sua sociabilização se mantenha e a idade não o leve a ser pouco paciente, arredio ou irascível (os bons hábitos são para conservar).

Dentro deste mesmo princípio é deveras importante que tolere toda a sorte de jogos e brincadeiras na sua frente, não participando neles sem ser convidado ou desaparecer sem deixar rasto. Porém, se for convidado a participar, melhor será para ele e para a sua saúde como um todo, desde que os jogos e brincadeiras não sejam por demais exaustivos.

Depois da caminhada que lhe serviu de aquecimento e do convívio social que o animou, o cão poderá ser convidado para pequenos percursos de ginástica de fácil solução a partir da condução nuclear, para que o reforço da unidade binomial venha juntar-se aos benefícios físicos, já que desprezar a interacção binomial é apressar a morte do animal.

Até que o cão consiga responder afirmativamente, os comandos básicos de obediência dever-lhe-ão ser solicitados, preferencialmente quando inseridos em percursos alegres de ginástica, o que aumenta a atenção e a disponibilidade do animal.

A menor apetência para os exercícios, já que a ninguém serve um ambiente lúgubre, deverá ser colmatada com exercícios de pistagem , sendo do cão convidado para procurar o dono ou o seu brinquedo preferido, tarefas que são do agrado do animal e amplamente recompensadas.

O abandono de um cão velho num canil e o seu afastamento compulsivo, pela ausência de novidade, condenam o animal à apatia e a letargia, geralmente arautos de algo mau e inevitável que se aproxima a passos largos. Assim, há que manter as rotinas de sempre, levar o cão consigo para todo o lado e dar-lhe toda a atenção necessária, para que não se isole ao invés de preferir a sua companhia (há donos que matam os seus cães aos poucos sem darem por isso!).

 

E se temos como objectivo manter o nosso cão jubilado activo e alegre, não devemos privá-lo da prática e benefícios dos comandos direccionais, exceptuando aqueles cuja exigência atenta contra o sua disponibilidade e/ou quadro clínico. No GIF seguinte, agora com a presença da CPA KIRA, vemos o comando direccional de “à frente” a ser correctamente executado(no comprimento total da trela para aumentar o raio de protecção do dono).

Juntando o útil ao agradável, como se costuma dizer, podemos exercitar os comandos de “à frente” e “atrás” numas escadas, o que faz todo o sentido, desde que os degraus não sejam muito altos e a inclinação da escada não seja por aí além (de grande inclinação). Na foto abaixo, na subida das escadas e como convém, vemos os dois binómios a executar correctamente o comando de “à frente” para auxiliar os seus donos na subida.

O comando direccional de “atrás” poderá revelar-se muito útil para segurar os cães nas escadas, porque induz a alguma contenção e tende a melhorar a atenção dos cães, o que é óptimo para os jubilados, mais dados à abstracção e a desequilíbrios. Na foto que se segue, é possível observar o “atrás” efectuado pelos mesmos binómios.

Tal como nos sucede a nós, a idade tende a enfraquecer a máquina sensorial dos cães, particularmente pelo desuso que induz à perca completa. O processo é irreversível, mas pode e deve ser contrariado de modo a garantir a autonomia dos cães por mais tempo. Na foto abaixo vemos os condutores a exortar os seus cães à atenção, a levá-los a detectar algo ou alguém para lá daqueles muros, exercitando assim o seu faro e audição.

É altura de falarmos da CPA Kira, que de jubilada não tem nada e que ontem se juntou ao treino do Bohr. Que foi ontem também convidada para a terapia do muro, não porque precisasse de exercitar os seus apuradíssimos sentidos, mas porque carece de maior concentração para atentar para o dono e evoluir no adestramento.

Assim como estou perfeitamente convencido que a CPA Kira daria um péssimo cão-guia, também sei que uma cadela como ela, activa, obstinada, desafiadora, incansável e poderosa, aceitará com maior facilidade um líder de igual tempera, que seja voluntarioso, valente e resiliente, capaz de a acompanhar e comandar em qualquer circunstância. Como a valentia do Miguel nunca foi posta à prova, é franzino e por demais inibido, importa dotá-lo das características necessárias para poder conduzir eficazmente a sua cadela, dando-lhe a impressão de ser omnipotente omnipresente (acertou quem disse que o deus do cão é o seu dono, muito embora a coisa pie hoje diferente, já que para muitos homens o cão é o seu deus!). Para levar a cadela a confiar no Miguel e não nos seus instintos, ambos foram convidados a saltar uma pequena sebe.

Mais convencida do real valor do seu condutor e dono, a Kira esmerou-se no segundo salto de sebe e o Miguel mostrou estar preparado para saltar este mundo e outro, Diante deste desempenho só me resta agradecer a disponibilidade de ambos.

E assim se passou mais uma tarde de treino, desta vez com 3 horas de duração, com a primeira parte dedicada a um cão jubilado e a segunda apostada em aproveitar todas as potencialidades de uma cadela jovem e promissora. Atendendo à sua idade e à cadela que tem, se não for bem-sucedido, o Miguel só poderá queixar-se de si próprio.

terça-feira, 28 de junho de 2022

OS 72 DA ESLOVÁQUIA PARA ESPANHA E PORTUGAL


No passado sábado, dia 25 de junho, por volta das 16h30, a INSPETCORIA DA POLÍCIA DE FRONTEIRA (GPI) do município alemão de Waidhaus mandou parar uma carrinha num estacionamento de auto-estrada, perto da cidade de Pleystein, no distrito de Neustadt an der Waldnaab, na região administrativa de Oberpfalz, na Baviera. Dentro da viatura seguiam três homens da Eslováquia que transportavam consigo 72 cachorrinhos de diferentes raças com destino a Espanha e Portugal, vindo ao animais alojados em pequenas boxes. O veículo foi levado ao escritório de Waidhaus para melhores esclarecimentos. A Direcção Veterinária e a Associação Alemã de Bem-Estar Animal foram notificados e deslocaram-se imediatamente a Waidhaus, alguns dos animais já não se encontravam bem e tiveram que auxiliados pelos veterinários. A Direcção Veterinária constatou que o transporte daqueles cachorros nas pequenas gaiolas não estava de acordo com as normas legais, que alguns deles não tinham a idade exigida para poderem ser transportados e que outros se encontravam apáticos e visivelmente desidratados, não havendo a certeza de chegarem vivos aos seus destinos.

O avultado número de cachorros era composto por animais de diferentes raças, como dachshunds, pugs, huskies e golden retrievers. Dez veículos da Associação de Bem-Estar Animal acorreram ao local e os cães foram divididos por sete abrigos de animais, que estão agora tratar deles temporariamente. Os três eslovacos apresentaram boletins de vacinação e cadernos de identificação dos animais, mas algumas inconsistências foram detectadas e suspeita-se que aqueles documentos sejam falsificados. Por esta razão, estão também a ser realizadas investigações adicionais na Eslováquia. De acordo com o depoimento dos suspeitos, aquele transporte era de carácter comercial, valendo a totalidade dos cachorros 100.000€, o que demonstra quão lucrativo é o transporte de cachorros e que a morte de alguns deles é pelo menos aceite. Os futuros compradores deverão certificar-se de que estão a comprar animais apenas a fornecedores responsáveis. A Inspectoria da Polícia de Fronteira agradece de modo especial a colaboração da Associação Alemã de Bem-Estar Animal e da Direcção Veterinária pelo suporte rápido e colaboração tranquila. Os transportadores estão agora a ser notificados de acordo com o código tributário e a lei de protecção animal. Se porventura se confirmarem as suspeitas, também serão acusados de falsificação de documentos. Assim vai o combate ao tráfego de animais na Alemanha, onde por norma não se brinca em serviço!

HISTÓRIA TRÁGICA DE UM MALINOIS MAL-SUCEDIDO


Num incidente impróprio para um domingo ou para qualquer dia da semana, um Pastor Belga Malinois foi abatido a tiros pela polícia durante a manhã do dia 26 deste mês, em BUXEROLLES, uma localidade francesa na região administrativa da Nova Aquitânia, no departamento de Vienne. Segundo disse o perfeito da cidade, Gérald Blanchard, ao jornal La Nouvelle Republique, tratava-se de um cão que já se havia escapado sexta-feira e que escapou novamente no domingo, representando um perigo real para as pessoas. De acordo como mesmo autarca, o Malinois mordeu uma pessoa antes de entrar numa casa com crianças no jardim.

Como o animal continuava a mostrar-se agressivo em direcção àquela casa e não sendo possível capturá-lo, depois da polícia ter disparado para o ar para o fazer sair, o cão saltou em direcção a uma polícia que o abateu sem contemplações. Questionado pelo jornal regional, o director do departamento policial de Vienne disse que “ a polícia tinha seguido o cão e que aguardava o momento certo para neutralizá-lo em total segurança.” “Não tínhamos outra solução. O cão representava um perigo para as pessoas”, acrescentou. Como é protocolar e dando cumprimento às disposições legais nesse sentido, foi aberta uma investigação. Mais um Malinois que acaba mal e provavelmente mais um dono metido em maus lençóis. Se há raças caninas que não são para toda a gente, o frenético Malinois é certamente uma delas! 

UMA LONGA E FELIZ REFORMA

 

Os cães de trabalho atingem média, devido à sua própria genética e exigências do seu serviço, a idade da reforma entre os 6 e os 8 anos de idade, passando praticamente 2/3 da sua vida a trabalhar. Raros são os cães que aos 6 anos de idade já apresentam um desgaste bastante para serem reformados, muito embora os mal nutridos e muito explorados sejam os que mais contribuem para este caso. O que é mais comum é que os cães sejam dispensados dos seus serviços aos 8 anos de idade, independentemente do seu bom estado de saúde, uma vez que não são aposentados para morrer. Excepcionalmente há cães que podem trabalhar até aos 10 anos de idade, isto se o seu serviço não for por demais exigente do ponto de vista físico e a sua máquina sensorial permaneça incólume.

Entre os handlers e condutores civis, porque não têm que responder perante ninguém a não ser pelos seus próprios cães, o que é óptimo para os animais, a aposentação canina acontece por consenso aos 6 anos de idade, porque apostam na qualidade de vida e na longevidade dos seus parceiros, longevidade que está directamente ligada à sua genética, ao acompanhamento capaz do seu crescimento e também aos cuidados de um veterinário competente, dedicado e atento. Chegar à idade da reforma não significa jogar um cão para um canto e deixá-lo lá ficar, mas interagir com ele para manter as suas capacidades tanto físicas quanto cognitivas, sem contudo exigir-lhe os resultados dos seus tempos áureos, que poderão fazer perigar-lhe a saúde. O nosso CPA Bohr já atingiu a idade da reforma e como aposentado que é, só esporadicamente voltará a executar saltos como aquele que o vemos fazer na foto seguinte.

A enfâse do seu trabalho recairá agora sobre exercícios básicos de obediência para manter-lhe a parceria e combater o envelhecimento precoce, muitas vezes acompanhado pela senilidade. Ao invés de ser sujeito a vãs e penosas repetições, deverá ser alvo de repetida recompensa. Nos obstáculos não deverá ultrapassar os ditos “naturais”, perfeitamente ao alcance de um cão médio sem grande esforço, que apontam para saltos verticais nunca superiores a 60 cm e saltos em extensão com até 180 cm (o desempenho nos obstáculos deverá ser espaçado e breve). Como importa conservar a sua máquina sensorial deverá ser convidado em casa e na escola para agradáveis exercícios de pistagem.

Exercícios como o que vemos no GIF seguinte deverão ser evitados, porque levam a um esforço suplementar sobre os membros posteriores. Devendo ser substituídos por outros mais propensos aos alongamentos e à flexibilidade, preferencialmente de fácil solução, para que o animal não se veja obrigado a fazê-los. O Bohr executou esta inversão de marcha sobre um muro de 18 cm de largura e elevado num dos seus lados a 220 cm. A idade da reforma canina sempre será conhecida como uma ocasião óptima para exercícios aeróbicos, particularmente para os cães competitivos e que se viram sujeitos pelo condicionamento a um sem número de exercícios anaeróbicos.

Na enfâse que estamos a dar à obediência, optámos ontem por proceder a um exercício de “CHAMADA INTERROMPIDA”, à sombra, pela fresca, sobre relva aparada e a distância e 20 metros, com miúdos ao nosso lado a jogar à bola e com um conjunto de assistentes que não convidámos, mas que têm a Cáritas como sua santa mãe. O Bohr compreendeu o exercício à primeira e de tal forma o compreendeu que depressa passou “a dar baile” ao seu condutor, que erro aqui, erro ali, demorou a atinar com a solução do exercício.

Voltarei a falar sobre a 3ª idade canina quando for urgente ou a pedido de outrem. Hoje debrucei-me sobre ela a propósito do CPA Bohr ter já alcançado os 6 anos de idade, o que não impede que continue a interagir com o seu dono e a ginasticar-se. O nosso conhecimento e cuidado têm levado os nossos Pastores Alemães a ter uma esperança de vida média de 14 anos, ainda que muitos vivessem até os 16 em razoáveis condições de vida.

CAMINHADA HERÓICA EM GDYNIA

 

Nos arredores da cidade polaca de Gdynia, outrora rebaptizada pelos nazis de “Gotenhafen” entre 1939 e 1945, cidade portuária situada na região da Pomerânia, no litoral do Mar Báltico, o inacreditável aconteceu: um mestiço preto de Pastor Alemão, com 12 anos de idade, cego e surdo, chamado Gary (na foto seguinte), empreendeu uma caminhada de praticamente 25 km para retornar ao abrigo que o acolheu antes de ter sido adoptado. Quem o relata é o canal de televisão polaco TVN24. Depois de muitos anos a viver na rua, Gary foi acolhido pela primeira vez num abrigo para animais pertencente à ASSOCIAÇÃO PAKA DLA ZWIERZAKA em Gdynia. Acima do canil viviam os donos da casa, uma família com 3 filhos que gostava dele e que o levava a passear inúmeras vezes, o que contribuiu para que Gary se acostumasse rapidamente ao novo ambiente. Gary viria a ser adoptado por um homem mais velho, que passadas três semanas se mudou para Żuków, a 25 km do abrigo, local onde o cão não quis ficar. No dia seguinte a lá ter chegado, quando o novo dono tentou colocá-lo no carro, o Gary livrou-se da coleira e fugiu. Nos dias que se seguiram, dezenas de pessoas procuraram sem sucesso Gary em Żuków, enquanto postavam avisos e pesquisavam na Internet. Apenas 3 dias após o seu desaparecimento, Gary deu o primeiro sinal de vida, ao ser avistado noutra cidade, o que levou ao aumento do raio das buscas, segundo disse a presidente da associação Paka dla Ziwerzaka, Marta Słodnik.

Passaram-se 5 dias até que Gary fosse visto novamente em Gdynia. Hania, de 10 anos, filha dos donos da casa onde ficava o abrigo, encontrou-o a dormir na mata, bem perto da sua casa e depois de ser visto pelas crianças, ele começou a caminhar para o abrigo, deixando boquiabertos quem antes havia cuidado de dele, ao a empreender uma caminhada solitária de 25 km ao frio e durante 5 dias! “ O Gary escolheu a sua própria família e nós respeitamos a sua escolha”, disse Marta Słodnik. O cão já não está mais para a adopção e permanece com os seus cuidadores temporários para sempre. O seu novo dono é a Hania, filha dos proprietários do abrigo. O homem que o tinha adoptado compreendeu a situação e aguarda agora por um novo cão. Muitos cães têm empreendido caminhadas bem maiores do que a Gary, mas nunca nenhum com tamanhas deficiências logrou chegar a casa! Pelo seu sacrifício, resistência, tenacidade e valentia demonstradas, Gary merece viver mais uns anos na companhia dos amigos que nunca esqueceu. Amigos que jamais esquecerão a façanha enternecedora e heróica de um mestiço negro chamado Gary.

segunda-feira, 27 de junho de 2022

COOPERAÇÃO ENTRE A AUSTRÁLIA E A PAPUA NOVA GUINÉ

 

A FORÇA DE DEFESA AUSTRALIANA (ADF) ajudou a transportar o altamente qualificado ESQUADRÃO CANINO da POLÍCIA REAL DA PAPUA NOVA GUINÉ (RPNGC) por todo aquele país para auxiliar nas operações de segurança às eleições nacionais da Papua Nova Guiné, pais insular da Melanésia, membro da Commonwealth, logo nação súbdita da Rainha Isabel II, com uma diversidade cultural imensa, sendo faladas no seu território 848 línguas diferentes. Os 11 cães destacados e os seus tratadores do RPNGC viajaram num voo da ROYAL AUSTRALIAN AIR FORCE de Port Moresby para Mount Hagen, Na província de Western Highlands, como parte do apoio da ADF ao governo de Papua Nova Guiné.

O inspector Jack Hori, oficial encarregado da unidade cães da PPNGC, disse que esta força estará sempre de prontidão para realizar uma série de tarefas, incluindo o controlo e multidões antes e durante as eleições. “os nossos cães são treinados num padrão de classe mundial e já cumpriram uma série de operações importantes no passado, incluindo a segurança da reunião da COOPERAÇÃO ÁSIA-PACÍFICO (APEC) em 2018, concluiu o mesmo oficial. A pedido do governo de Papua Nova Guiné, a Força de Defesa Australiana está a fornecer planeamento especializado e suporte logístico, incluindo 2 C-27 Spartans e uma aeronave de transporte Hércules C-130, que são ideais para o território montanhoso e pistas tropicais localizadas na PNG.

O sargento Kenneth Szekely, um inspector de carga independente da RAAF 23, do SQUADRON AIR MOVEMENTS, disse que a carga especial de 12 CÃES foi bem comportada. “Nós não costumamos carregar cães de serviço com frequência, mas já os carregámos anteriormente e para grandes operações. Como eles (os cães) estão todos bem treinados, carregá-los e transportá-los foi fácil e tudo correu muito bem”, concluiu o citado inspector. Os cães foram levados pela primeira vez da Austrália para a Papua Nova Guiné em 2017, antes da Cúpula da APEC e foram treinados pela Unidade de Cães da RPGNC, com a assistência do provedor de treino privado DOG FORCE AUSTRALIA. A Unidade canina da PNG conta agora com 34 cães de serviço e desloca-se regularmente pelo país quando e onde o seu apoio é necessário.

O polícia sénior Adrien Lamu e os seu Pastor Malinois Nym (na foto acima), um cão de detecção de explosivos e armas de fogo, já constituem binómio desde 2017 e o tratador diz que o seu cão está sempre pronto para treinar e viajar. “Esta é a segunda vez que vamos a Monte Hagen, mas é a primeira vez que vamos ajudar na monitorização de uma eleição. Nym e os outros cães são muito confiáveis e tenho a certeza que vão cumprir plenamente as suas tarefas nesta importante ocasião”, rematou o polícia sénior Lamu. O transporte aéreo de cães está cada vez mais em voga, são assim transportados para qualquer ponto do globo que os reclame e há mais de setenta anos que fazem parte de forças aerotransportadas.

ALERTA PRAGANA

 

Cada estação do ano apresenta diferentes perigos para os cães, o verão não escapa à regra e é talvez a época do ano que directa ou indirectamente mais perigos oferece aos nossos companheiros caninos. Um deles diz respeito às praganas e demais espigas da família das gramíneas cuja inflorescência pode ser observada da primavera ao outono, mas que na época estival constitui um verdadeiro perigo para os cães, porque as espigas desprendem-se facilmente e os animais costumam nessa ocasião fazer grandes passeios pelos campos. As praganas têm a forma de uma pequena espiga com floretes. Quando as praganas atingem a maturidade, as suas espigas secam, desprende-se do caule e tendem a agarrar-se às roupas dos caminhantes e à pelagem de cães, gatos e outros animais. Apesar do seu aspecto inócuo, a pragana representa um sério perigo para a saúde dos cães.

Quando as praganas se agarram às almofadas ou ao manto dos cães, podem penetrar inexorável e profundamente na epiderme que perfuram. Depois continuarão a sua viagem para os órgãos ou tecidos dos animais. Como a ponta da pragana é muito pontiaguda, ela progride rapidamente na mesma direcção, sendo por isso apelidada de “viajante”. A espiga pode também entrar no corpo dos cães através dos olhos ou de outro orifício: pelo canal auditivo, pelas narinas, pelo ânus, pelo trato genital, etc., podendo provocar-lhes danos e sérias complicações. Os riscos para a saúde dos cães dependem da localização da pragana e do caminho que tomou para entrar no corpo dos animais, podendo com isso causar abcessos, ulcerações, danos na córnea, problemas respiratórios, vaginites, perfuração dos tímpanos e inflamações no canal auditivo.

Como a pragana leva apenas alguns dias a penetrar no corpo dos animais, convém estar atento aos seguintes sintomas: abcesso na pele; temperatura corporal acima dos 39 graus; claudicação de um membro; olho ou olhos lacrimejantes, vermelhos e inchados; espirros frequentes e hemorragia nasal. Casos há em que os cães abanam a cabeça de uma forma estranha, como se alguma coisa os tivesse a importunar, repetindo frequentemente esse comportamento. Por outro lado, a existência de uma pragana pode levar um animal insistentemente no mesmo local. Diante de qualquer destes sintomas não hesite em levar o seu cão ao veterinário, já que só ele poderá remover totalmente a pragana e verificar os danos que ela eventualmente possa ter causado. Convém esclarecer que os sintomas atrás descritos, assim como podem resultar da intrusão de uma pragana, podem também resultar de outras patologias. De qualquer modo, o animal deverá ser observado por um veterinário, o que poderá levar a exames complementares, invariavelmente essenciais para identificar a origem dos sintomas visíveis nos cães, à localização da pragana ou à identificação de uma doença subjacente.

Depois de completamente enterrada nos tecidos, a pragana torna-se invisível do lado de fora e como dificilmente deixa vestígios na epiderme, a sua localização é praticamente impossível ao mover-se rapidamente. Uma detecção atempada irá facilitar a retirada da espiga. Mas se ela já penetro totalmente na pele do cão, este deverá ser anestesiado para o clínico proceder à retirada da pragana. Nestes casos, para não agravar mais o problema e contribuir para o aumento dos danos nos animais, os donos não deverão, em caso algum, tentar remover uma espiga embutida na pele dos seus cães, porque o menor fragmento residual continuará a sua viagem nos tecidos ou em direcção a um órgão, podendo causar-lhes estragos vários. Da mesma forma, não deverão aplicar na pele dos animais nenhum desinfectante ou loção, porque o atrito provocado no local acaba por favorecer a penetração da espiga ou um dos seus fragmentos. Para evitar o risco de ver a saúde do seu cão decair, é indispensável e essencial inspeccioná-lo quando regressar de um passeio no campo ou quando retornar de uma simples brincadeira num relvado.

As espigas silvestres (gramíneas ditas daninhas) sempre aparecem nos relvados dos jardins, particularmente quando a relva está muito alta e necessitada de ser cortada. Ao chegarmos a casa devemos inspeccionar minuciosamente todos os orifícios do animal, dispensando especial cuidado aos canais auditivos de um cão de orelhas tombadas. Como prevenção, para este e outros tantos casos, a escovagem diária do animal é um procedimento recomendável, passando a obrigatório diante de os cães de pêlo comprido ou encaracolado. Em simultâneo, para diminuir os problemas causados pelas praganas, é de todo conveniente tosquiar estes cães no final da primavera ou no início do verão, aplicando-lhes um corte curto no manto. Por outro lado, todos os proprietários caninos que possuem relvados, prados e ervas espontâneas de toda a sorte, deverão proceder à sua manutenção, corte e eliminação, pois cortar e varrer o maior número de praganas possível, protege a saúde dos seus cães. Há nisto um pormenor que não consigo compreender: se a higiene dos donos traz benefícios para a saúde dos cães, por que razão subsistem donos tão pouco asseados? Serão bons donos? Calculo que não! Serão os cães javardos por causa dos seus mestres? Pelo que tenho visto, não me custa a acreditar que sim!

PS: Para eliminar de vez este problema e diminuir propagação das mais variadas doenças infecciosas caninas, sempre nos opusemos a pisos relvados no adestramento, preferindo os pisos de saibro, particularmente o da Malveira, que possui características únicas, por ter um grão menor e unir-se facilmente, tornando-se impermeável com o tempo e impedindo o surgimento de ervas daninhas, sendo mais resistente às infecções microbianas bacterianas e virais, quando ligeiramente inclinado (para facilitar o escoamento das águas) e lavado após cada aula ou sessão de treino, vindo a ser eventualmente lavado com um desinfectante próprio quando for caso disso. Obedecendo ao mesmo cuidado, quando laboramos no exterior, procuramos espaços livres de ervas ou jardins cuja manutenção esteja garantida, condições que nem sempre são fáceis de encontrar.