OS MAIS NOVOS TAMBÉM PRECISAM DE SABER COMPORTAR-SE

 

Mais importante que aprender mandarim nos tempos que correm, é ensinar crianças e jovens a comportar-se perante cães para que não venham a ser mordidas, porque cães há mais que muitos e donos irresponsáveis não faltam. Anteontem, segunda-feira 18, na localidade francesa de Bagneux, no Departamento de Hauts-Seine, quando iam a caminho da escola, dois garotos de 11 anos foram atacados por um cão tipo Malinois que se havia escapado e que correu atrás deles. Um dos meninos foi mordido na barriga de uma das pernas e o outro na nádega, vindo a ser atendidos pelos serviços de emergência. O primeiro foi transportado ao hospital Necker, em Paris, para tratar a carne dilacerada resultante do ataque e o outro, que foi mordido na nádega, acabou internado no hospital Antoine-Béclère, em Clamart. O dono do Malinois foi encontrado, os documentos do cão estavam em ordem e o seu dono já havia procurado um veterinário para que o seu cão fosse sujeito a uma análise comportamental. Em caso de ataque, esta medida que é imposta por lei, visa avaliar a potencial perigosidade do animal.

As zonas do corpo das crianças que foram mordidas pelo cão mostram que elas fugiram ao vê-lo solto, ao invés de ignorá-lo e continuar o seu caminho como até ali. Ao fugirem, por falta de alvos melhor sinalizados, constituíram-se automaticamente em presas, suscitando do cão o desejo de persegui-las e capturá-las. Com o número de cães que por cá há e perante os incidentes que têm acontecido, torna-se obrigatório ensinar os mais jovens a saber comportar-se perante cães desconhecidos em abono da sua saúde física e psicológica. A responsabilidade de mandar educar os filhos para estas situações é dos pais, mas cabe às escolas caninas prover essa educação, que é sua obrigação e uma das suas mais sagradas missões, já que ser cinófobo nos dias que correm é chamar para si o azar e o dolo. Lamentavelmente, a maioria das crianças com idade escolar e algum senso de responsabilidade é mordida por ignorância, porque não foi alertada nem preparada para estar na presença de cães, acabando por reagir instintivamente e com isso despoletar os ataques caninos, que tanto podem provir do instinto de caça como dos impulsos herdados que possibilitam a perseguição e a captura. Leve o seu filho a uma escola canina, porque ao fazê-lo está a olhar pela saúde dele e a aumentar-lhe as chances de sobreviver.