Na
cidade francesa de Brest, no passado domingo, 10 de setembro, ao início da
tarde, na rue de Quimper, uma jovem de 18 anos foi violentamente atacada por um
cão Rottweiler. Justificadamente ou não, o molosso de origem alemã foi morto
com vários tiros pela polícia. Foi prescrito à vítima uma ITT (incapacidade
total para o trabalho) por 30 dias, que ontem, terça-feira, ainda se encontrava
hospitalizada. O dono do cão também ontem foi apresentado ao tribunal de Brest.
“Arrependo-me, não consigo superar isto”, disse ele, um homem de 35 anos,
morador naquela cidade, ora na casa da mãe ora na casa da namorada, que não
tinha licença para possuir um cão daqueles, catalogado de perigoso e
pertencente à 2ª categoria.
Segundo
disse o seu advogado em tribunal, o cão pertencia à sua ex-namorada e quando
eles se separaram, ele manteve sozinho o Rottweiler durante 3 anos, animal que
nunca tinha fugido antes. O arguido, natural de Maiote, tem 14 averbamentos no
seu registo criminal, crimes como desacatos e rebelião, condução sem carta,
porte de arma branca, etc., tendo já cumprido 3 penas de prisão em Brest. Ladrilhador
de profissão, não trabalha há 6 meses. Emmanuel Phelippeau, o delegado do
Ministério Público requereu a sua prisão preventiva, mas o tribunal não foi da
mesma opinião, sendo o arguido colocado sob supervisão judicial até ao exame
dos factos que ocorrerá numa audiência a realizar no próximo dia 13 de outubro.
O que mais condenou o Rottweiler (hoje raramente se houve falar de algum), foram as mãos a que foi parar, porque é substancialmente mais obediente e seguro do que a maioria dos cães, sejam eles considerados perigosos ou não. Haveria necessidade de matar o cão? A notícia não esclarece, mas sei que se vivem momentos conturbados em França e que há dedos nervosos a polir o gatilho e acariciar o cão das suas pistolas.
Sem comentários:
Enviar um comentário