segunda-feira, 29 de junho de 2009

::: O significado de Acendura e dos seus símbolos :::

O substantivo Acendura, que atribuímos a nós próprios, é advindo do verbo Acendrar, que é um verbo transitivo. Significa limpar com cinza; polir. É usado figurativamente para descrever as acções de purificar, afinar e acrisolar. O seu correspondente castelhano é o verbo Encendrar (en+ lat.cinera+ar), que na numerologia é o nº1. Significa eliminar qualquer imperfeição ou defeito de carácter de uma pessoa ou coisa. E Acendura apenas significa isto: afinar a relação entre homens e cães, sem o espectro do especicismo, no reatamento do diálogo inter-espécies que possibilita a parceria. Tal só é possível pelo aprimoramento de homens e cães, constituídos em binómio e apostados na sua sobrevivência.

O adjectivo Brava aponta para a intemporalidade da nossa acção, ligada à natureza e àquilo que ela oferece, na defesa intransigente dos direitos dos animais.

A sigla Endurance Group define-nos como exegetas, como intérpretes das aspirações caninas, obrigando-nos à exposição da sua mais-valia, para além dos limites comummente aceites ou apreciados.

As iniciais AB mostram o nosso propósito escolar, já que são as primeiras letras do abecedário. A ancestralidade do nosso ensino remete-nos para o Aleph e o Beth, somos formadores de condutores, defendemos a aplicação do conceito à prática e usamos diferentes linguagens na mensagem a transmitir, tornando-a mais perceptível.

As cores da nossa bandeira (preto e branco), destacam o convívio com os cães, a importância que lhes damos e a natureza do nosso ofício.

Os dois cães, em salto de gato, no seu segundo momento, pulando sem barreiras ao encontro um do outro, espelham o nosso cuidado com a sociabilização, o direito canino à excursão e o destaque que damos à ginástica cinotécnica, nas suas vertentes correctora e atlética. Optámos pelo duplo salto livre, (ao contrário doutros, que se identificam por um automatismo de imobilização), porque procuramos a condução em liberdade e sabemos quão fútil é a disciplina quando comparada com a afeição. Assim fomos, assim temos sido: “Acendras“.

Jorge & Audaz: a história do Menino e do Molosso

O Jorge é um menino de 12 anos, tímido, correcto e de grande sensibilidade. Adora cães e possui dons próprios para o adestramento, sabe comunicar e trabalha para o grupo. Não atropela ninguém e evolui com as correcções. O seu aproveitamento na Acendura é excelente, muito acima do esperado a um miúdo da sua idade. Já por duas vezes foi o considerado o nosso melhor aluno, o que contrasta com o seu aproveitamento no Secundário, onde não passa da nota 3. Sempre pronto a ajudar, tem merecido a nossa simpatia e a protecção.

O cão que conduz é o Audaz, um molosso negro descendente de Rotweiller. O nome do cão foi obra do seu pai, o Carlos Santos, um ex-comando orgulhoso e um patriarca dedicado. O Audaz nasceu junto a um quartel e foi adoptado pela família Santos. Como “a sorte protege os audazes”, o bicho não poderia ter outro nome.

Apesar do seu peso e morfologia, o cão é um excelente atleta, executando a preceito todos os obstáculos da nossa pista. É obediente e não provoca conflitos, brinca com todos os cães e considera-os do seu grupo, suporta as tropelias dos cachorros e não incomoda ninguém.

O binómio Jorge/Audaz é um regalo para a vista, uma vitamina para quem ensina e um exemplo a seguir. E na permuta que o treino canino oferece, o cão ajuda-o crescer e o bicho aprende a sobreviver.

Afonso: o Rei dos Cães na versão chocolate e morango

Se há cães que identificam a Acendura, o Afonso é certamente um deles, porque tem suportado todas as nossas exibições, exalando classe e suscitando os mais rasgados elogios. Durante anos constituiu par com o Rottweiler Alfa, hoje já desaparecido, levantando plateias e levando ao rubro a assistência. Participou em vários episódios de séries e telenovelas, ficou conhecido como “o cão robot” e na verdade é um autêntico relógio suíço.

Nasceu acidentalmente do cruzamento entre um Chow-Chow negro e uma cadela CPA, herdando o melhor das duas raças e confirmando as experiências de Konrad Lorenz. O nome foi-lhe atribuído por despeito, o mesmo de um apaixonado não correspondido da sua dona. É dourado e tem uma particularidade, tal qual gelado de chocolate e morango, assim é a sua língua: metade escura, metade vermelha.

Apesar do seu pequeno porte (53 cm de altura e 28 kg de peso), foi além do esperado, alcançando notoriedade nas áreas da obediência, guarda e endurance. Totalmente codificado ao gesto e à distância, consegue evoluir e imobilizar-se sem o contributo da linguagem verbal, o que facilitou o seu trabalho no mundo da ficção. Qualquer dia vamos ter notícias dele, por enquanto diverte-se com o “Barrote”, um velho cavalo ruço que adora a sua companhia.

Crianças: os primeiros passos de uma longa caminhada

Conhecedores do fim terapêutico dos cães, sempre abrimos as portas às crianças, tendo sempre à sua disposição um ou mais cães, insistindo para que participem no nosso trabalho e experimentem a sensação de ter um companheiro ao seu lado. Mais uma vez isso aconteceu neste fim-de-semana, duas crianças visitaram-nos e vibraram com a experiência, dando os primeiros passos de uma longa caminhada. Graças à sociabilização alcançada e ao rigor na obediência, qualquer pardal de calções pode conduzir os nossos cães. As fotos são prova disso.

Os nossos Momentos de Super-compensação

Os Momentos de Super-compensação fazem parte do nosso Plano de Aula, ocupando no mínimo 50% do seu tempo total, distribuídos de acordo com as exigências laborais. Usamo-los para recompensar os cães, para os refrescar e para a distribuição de iguarias do seu agrado, fortalecendo os vínculos afectivos que tornam possível o bom desempenho dos binómios em classe. Trabalhar de outra forma seria hediondo, porque sem a necessária recuperação física e anímica, qualquer tarefa se converte em castigo. Esta semana captámos alguns desses momentos e surpreendemos os seus intervenientes, em pose descontraída e para além do stress quotidiano. As imagens lembram um grupo excursionista num vulgar parque de merendas.

Fim-de-semana de 27 e 28 de Junho: Mau tempo no Litoral, bom aproveitamento na Serra


Sem o Atlântico à vista, com o nevoeiro a rasar-nos as cabeças e acompanhados pela chuva, atrelámos os bichos e fizemo-nos à tarefa. Já estamos acostumados.
Destinámos os cachorros à ginástica correctora e convidámos os cães para a Técnica de Condução, insistimos nos automatismos direccionais e optámos por algumas induções. Fizemos uso das Manobras de Sociabilização, treinámos diferentes formações e abraçámos a condução dinâmica.
O aproveitamento foi excelente e o Manel sentiu-se motivado. A Susana voltou a conduzir o Pascoalito e a Princesa continua azeda com o Pipo. O Octávio já não se perde nos percursos e o João Moura continua vedeta. O Pedro Sousa deu um ar da sua graça e o Abu sente-se o rei da capoeira. O Ricky entende que a dona é só dele e a Zara continua irreverente. O Flikke está mais rápido e o Jürgen mais decidido. O João Franco iniciou-se na Técnica de Condução e o Master delirou com o apito da partida. A Menina dividiu o seu tempo entre a "cozinha" e as verticais de 60.

Notaram-se algumas ausências, o Bruno foi para Beja, a Pescadinha e Ana Pinto andam a braços com o Mestrado, a Maria foi a um evento equestre e o Zorro ficou no hotel. O Paulo da Diva foi veranear com a família e do João Domingues nem rasto. O Xico foi para o Algarve e deixou o Pongo ao nosso cuidado.

No Domingo a Escola foi convidada para um almoço na casa do Carlos Esteves e da Rita Rua. Os anfitriões estiveram à altura e os convidados não se queixaram, mostrando disponibilidade para a limpeza dos pratos. Fomos ainda visitados pelo Luís Pedro e pelo Pedro Rocha, o primeiro conduziu o Zorro e o segundo acompanhou-nos nas actividades. Esperávamos o Sr. Paulo Serra Pedro e o Tag, o que não aconteceu. Participaram nos trabalhos os seguintes binómios: Alexandra/Abu, Carlos/Zara, Filipe/Jürgen, Joana/Flikke, João Franco/Zappa, João Moura/Xita, Jorge/Audaz, Luís Pedro/Zorro, Manel/Mini, Octávio/Greg, Princesa/Pipo & Ricky, Susana/Pascoalito e Zé Gabriel/Master & Menina.

domingo, 21 de junho de 2009

::: O Cão em casa :::

Não pretendemos plagiar a obra de Theo Gygas: “ O cão em nossa casa”, porque foi farta em edições e o nosso tema é outro. Já não me lembro bem porquê, há alguns anos atrás, fui visitar a casa de um próspero armador em Peniche, junto com uns amigos, num passeio de fim de tarde. Fomos recebidos com alguma cerimónia e convidados de imediato para a amostragem da casa. Tratava-se uma moradia arejada, ampla, de dois pisos, com garagem, circundada por um jardim empedrado. O bom gosto dos proprietários não era o melhor, mas em tudo era visível a ostentação, desde os cortinados até aos electrodomésticos, passando pelos móveis até aos luxuosos soalhos. Tal qual jóia da coroa, ali tudo brilhava, exalando um inviolado cheiro a novo. A casa parecia novinha, à estreia, obrigando-nos a todos os cuidados, como se caminhássemos entre cristais, não fosse alguma coisa partir-se. Permanecemos de pé, circunspectos, seguindo os proprietários, tal qual turistas em visita guiada, apesar dos sofás serem bastante convidativos. Já farto de tanta opulência, abeirei-me de uma janela que dava para as traseiras. E para espanto meu, deparo-me com um piso térreo, disposto ao longo do muro, composto por várias divisões. Como mais tarde vim a saber, era ali que aquela gente vivia, naquele anexo de ar gasto e desleixado, deixando a casa para o deslumbre das visitas. As décadas passam, mas continua viva a memória dessa excursão. Aquela gente não tinha cão e nem poderia, mas se o tivesse, onde o colocaria? Certamente na praia, acorrentado a um dos barcos ancorados, esgueirando-se ao sol pela sombra da quilha. Antes de tratarmos da instalação doméstica dos cães, importa destacar o seu primeiro passo: a escolha do animal, considerando o indivíduo, a raça e a evidência das suas necessidades específicas, contrapondo, ao mesmo tempo, aquilo que temos a oferecer, para transformar a aquisição do cão num “casamento feliz”. É doloroso (para evitarmos maiores afrontas), ver cães de caça confinados em apartamentos, privados da excursão e condenados ao passeio higiénico. No meio do stress e debaixo da infelicidade, safa-se a gula, os cães medram que nem nabos e mais cedo a morte os colhe. Como o cão não nasceu para estar preso, a nossa disponibilidade deve ser considerada, não causar vítimas e apostar no bem-estar animal. Apesar da excursão ser um direito e uma necessidade de todos os cães, por vezes, mais vale optar por um cão territorial, um pouco maior, do que por um mais pequeno, com forte instinto de caça. E porque somos adestradores, ainda que amadores, abordaremos a instalação doméstica pelo desenvolvimento do sentimento territorial, mais-valia canina que torna possível a parceria entre homens e cães. É prática comum, entre aqueles que possuem quintas e moradias, despejar de imediato o cachorro no canil, logo após a sua aquisição, como se aquele lugar fosse o mais apetecível aos olhos do animal. Aqueles donos que se encontram remetidos em andares e apartamentos, sempre encontram, em varandas e cozinhas, o espaço ideal para alojar o recém-chegado amigo de quatro patas. Outros há, que largam os cachorros em grandes extensões territoriais, julgando encontrar nelas o paraíso para o futuro guardião. Infelizmente, todos eles estão enganados, podendo causar com isso, problemas psicossociais que atentarão contra o salutar desenvolvimento do seu fiel amigo. A somar a isto, pode acontecer e não raramente acontece, a inutilidade do animal para a tarefa pretendida.
Raptar um cachorro da mãe e abandoná-lo a si próprio, numa idade em que não sabe cuidar de si, quando carece de identificação e da protecção do bando, é no mínimo criminoso! Com quem irá aprender a lutar e a defender-se, quem o alertará para os perigos e lhe dirá quais os seus inimigos? O cão não sobreviveu para estar só! É isso que fazemos quando o afastamos de nós antes da idade da cópia. A seguir ao imprinting, é importante acompanhar o ciclo infantil que decorre até aos 4 meses de idade, pois ele influenciará positiva ou negativamente o comportamento futuro do cachorro, porque fará parte da sua experiência directa e determinará o seu posicionamento social entre iguais e perante espécies diferentes. Entregar um cachorro aos seus instintos de sobrevivência não é a melhor das pedagogias, por certo não andamos à procura de um animal esquivo e selvagem.
Para que haja um desenvolvimento objectivo do sentimento territorial, é preciso que seja o cachorro a escolher o primeiro dos seus territórios e não o seu dono! Essa escolha é de suma importância, porque clarifica qual o perfil psicológico do cachorro e os cuidados a haver com ele, tendo em vista o trabalho a que se destina. Cachorros que dormem debaixo da cama dos donos, rapidamente os defendem. A constituição do binómio é algo que floresce antes do treino propriamente dito e que resulta geralmente de uma excelente instalação doméstica.

Somos conhecedores do rosário dos cocós e chichis, dos pêlos e dos danos causados pelos cachorros: ossos do ofício! Lembro aqui um episódio verídico, o ocorrido com o Pároco de um vilarejo saloio, que farto de apanhar cocós do seu cachorro, o entregou a um vizinho, merecendo deste o seguinte comentário: Esperava vossa Reverência que o cachorro borrasse para o céu?

Para que a instalação doméstica seja bem feita, ela deve ser desenvolvida em três fases, sendo a primeira operada dentro da casa dos donos, a segunda no jardim e uma última na propriedade a defender. Quando assim procedemos, alcançamos melhores resultados e colhemos melhores frutos, pois não trabalhámos em vão.
No entanto, uma pergunta surge: quando se passará de uma fase para a outra? Só o cachorro nos pode dizer quando. Quando ele abandona a companhia dos donos e se vai deitar à porta da entrada e ali permanece alerta, dias depois, é chegado o tempo de o instalar no jardim. Quando estiver no jardim e manifestar desejo de bater o restante território, é chegada a hora de lhe abrir a cancela. Resumindo, uma boa instalação doméstica acontece de acordo com o crescimento do cachorro, nunca pelo decreto do seu proprietário. Só assim não se atentará contra as desejáveis maturidades. Meus amigos, a verdade é esta: enquanto os homens falarem pelos cães, dificilmente os últimos serão ouvidos!

Infelizmente há quem pense, que o canil está para o cão, como o chiqueiro para os porcos ou a capoeira para as galinhas, o que não é verdade e tem os seus custos, pagos maioritariamente pelo animal. Assim como o cão-pastor dorme no curral, o cão de companhia deve permanecer em casa, desde que o deseje e se sinta feliz.

A adopção de um cachorro deve ser uma opção familiar e nunca o desejo isolado de um dos seus membros. Temos notícia de cães que participam em brigas domésticas. Quem condenaremos: o autor moral ou o material, o instigador ou o instigado? Geralmente paga o justo pelo pecador. Se pretende adquirir um cão, informe-se e procure conselho, saiba que um cão dá tanto trabalho como um filho, é bom estar preparado. Honestamente, se não tem tempo para um cão, não o desperdice na sua aquisição. A adopção é um acto sério, responsável e nem todos estão prontos para isso. A parceria canina é exigente, requer paixão e muita atenção, obriga à coabitação e sobrevive pela disponibilidade. Sem dúvida que o preço é elevado, mas não nos arrependemos disso, porque o amor jamais regressa de mãos vazias.

Bibos: O herói sem perfil


Nasceu frágil no meio de matulões, recebeu o nome de VIME e o espectro da morte pairava sobre ele. Quando os seus irmãos pesavam 15 kg, ele apenas atingia os 3, parecia condenado ao inevitável. Valeu-lhe a dedicação da dona e o socorro do Dr. Rui Egídio, veterinário residente e muito conhecido em Mafra. Como nasceu fraco, ganhou a alcunha de Biafra e acabou Bibos. Tal qual Fénix, pouco a pouco, transformou-se num robusto exemplar de 38 kg e num atleta de excepção. Atingiu o seu esplendor na endurance e tornou-se o cão das missões impossíveis. Foi vedeta televisiva e virou herói da pequenada, suportou a ficção e desprezou a popularidade. Cumpriu sempre que foi chamado e laborou para além dos limites comuns. Hoje chegou à 3ª idade, mas mantém a vivacidade e a irreverência que sempre o caracterizaram. Dificilmente alcançaremos outro valente como ele, por isso nos sentimos gratos e agradecemos a teimosia da Maria Duarte.

A sua prole é reduzida, a maioria dos seus descendentes é negra. É tio-avô do Greg e da Cuca, ascendente da Diva e aparentado com todos os exemplares negros da Acendura. Por favor, quando ele descer à pista, não o importunem, deixem-no usufruir da liberdade, do direito que tem à felicidade, abram alas e deixem-no passar.

Daniel e Flor: um binómio de esperança

Chegou à pista um novo binómio constituído pelo Daniel e pela cachorra CPA Flor, um exemplar preto-afogueado de pêlo comprido, criação do Dr. Bernardino da Igreja Nova. O Daniel é mecânico de máquinas industriais, trabalha no sector dos mármores e decidiu enfrentar o adestramento. Desejamos para ambos as maiores felicidades, tudo faremos para que levem a sua tarefa avante, daqui lhe endereçamos o nosso bem-vindo. A nossa mensagem é de esperança porque as vitórias se avizinham. Mãos à obra!

Fim-de-semana de 20 e 21 de Junho: Onda de Calor, maré de participação

Uma onda de calor invadiu os outeiros da Tapada de Mafra, Alcainça não escapou à regra e a Escola foi também assolada. As condições climatéricas obrigaram ao abandono do turno da tarde, que foi substituído pelo nocturno. Os termómetros marcavam 34º centígrados e o percentual de humidade quedou-se abaixo dos 25%. Apesar do contratempo, ninguém desarmou e os binómios fizeram-se à pista. O número dos alunos foi record e a praia pôde esperar. Os cães responderam afirmativamente, evoluindo sem grande esforço pelas tarefas solicitadas, mercê da carga horária e do princípio pedagógico da sobrecarga. Os condutores cumpriram com as metas e alcançaram os objectivos. Foi dada à Técnica de Condução a primazia, muito embora se tenha trabalhado obediência e guarda. Os aparelhos correctores não foram esquecidos e o Perímetro Exterior não teve descanso. O Jorge Santos foi o herói de Sábado, porque se prontificou para a indução ofensiva e teve um desempenho excelente. A Zara continua à espera do Carlos Esteves e o Pipo carece de maior e melhor pedagogia. O Flikke segue na senda do êxito e a Joana necessita de maior concentração. O Francisco Domingos, condutor do Pongo, está a revelar-se um condutor exímio e o Ricky promete muito. O Abu é um regalo para os olhos, transportando para a actualidade a glória do nosso passado. Nota de destaque para o Sr. João Moura, que apesar de novato nestas andanças, tem demonstrado uma aptidão inesperada e uma concentração louvável. A ajuda da Xita não explica tudo, porque não é auto-comandada e carece de uma liderança activa e atempada. Queira Deus que a situação se mantenha e que o Sr. João Moura continue a trabalhar como até aqui, lado a lado com a sua filha, numa saudável competição. O Paulo necessita de mais paciência, sabedoria e graciosidade, atributos que o tempo e o treino lhe darão. A Princesa não parece talhada para os piques de velocidade, como a conhecemos, não duvidamos: ela vai lá chegar. A Flor parece que nasceu dentro da Pista Táctica, rapidamente assimila os obstáculos e domina os exercícios quase automaticamente. A Pescadinha apesar de estar mais rechonchuda, tem trabalhado mais e bem, levando o Teddy para metas inesperadas. Depois de algumas semanas de ausência, a Ana Pinto voltou e convenceu, colocando-se na frente com o Loki. O Octávio comportou-se como o Vinho do Porto: quanto mais velho melhor! O Manel continua o preguiçoso de sempre e o Bruno a chegar atrasado. É grato observar que 80% dos nossos alunos já chegou à técnica de condução. Participaram nos trabalhos os seguintes binómios: Alexandra/Abu, Ana/Loki & Isis, Bruno/Pepe, Carlos/Zara, Daniel/Flor, Joana/Flikke, J.Moura/Xita, Jorge/Audaz, Manuel/Mini & Rosita, Octávio/Greg, Paulo/Diva, Pescadinha/Teddy, Princesa/Pipo & Ricky, Virgílio/Pascoalito, Xico/Pongo e Zé Gabriel/Master.