A
notícia chegou-nos através da BBC e diz que pernas humanas amputadas poderão
vir a ser usadas no treino dos cães policiais (de cadáveres) para facilitar a
detecção dos corpos. Caso os planos venham a ser aprovados, os testes deverão
ocorrer no próximo mês em PORTON
DOWN
(1),
em Salisbury, Wiltshire, pela primeira vez no Reino Unido. No treino dos cães
de cadáveres, os cães são normalmente treinados para procurar corpos de pessoas
desaparecidas através do uso de carne de porco. Porém, sem o treino com o
tecido humano, pode haver o risco dos cães não se aperceberam das vítimas que
poderiam ser encontradas.
O
projecto encomendado pelo Ministério do Interior será realizado num local de
pesquisa de alta segurança, envolvendo diversas equipas de cães policiais. Será
oferecida aos cães uma mistura de amostras decompostas de odores de animais e
humanos, para testar se eles conseguem identificar a diferença. Espera-se que membros
inferiores removidos cirurgicamente e doados por pacientes vivos debaixo de
condições como diabetes venham a ser usados, segundo adiantaram fontes
governamentais. A aprovação da Autoridade de Pesquisa em Saúde (HRA) é
legalmente exigida antes que a referida a pesquisa possa ser iniciada. “O
pedido está a ser analisado por este órgão e espera-se uma actualização nos
próximos dias”, disse uma porta-voz da HRA, que acrescentou: “A HRA foi
informada que o projecto foi analisado pelo comitê de ética em pesquisa do
Ministério da Defesa”.
Tudo isto ocorre Isso ocorre no
momento em que o Conselho Nacional de Chefes de Polícia (NPCC) está a rever as
práticas do treino de cães. Se for bem-sucedido, o teste poderá levar a
mudanças na política governamental sobre o treino de cães policiais. O NPCC
disse que não irá o projecto. Um porta-voz do Ministério do Interior disse:
“Encomendamos um estudo-piloto para entender se o treino de cães detectores de
vítimas (cadáveres) pode ser melhorado. “Estudos desta natureza são vitais para
desenvolver as nossas capacidades de protecção ao público e levar os
infractores à justiça”. Entretanto, A Autoridade de Tecidos Humanos foi
contactada para comentar, desconhecendo-se até ao momento qualquer comentário
da sua parte. Para não abrir outro parágrafo escusadamente, falo já daqui, para
dizer que o uso de partes do corpo humano no treino de cães de cadáveres é uma
velha e justa reivindicação de quem trabalha com eles, que sempre tem esbarrado contra razões religiosas, éticas e morais.
(1) Porton Down é um campus de ciência e tecnologia de defesa em Wiltshire, Inglaterra, a nordeste da vila de Porton, perto de Salisbury.
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