Debaixo
do outono climatológico e uma semana depois do seu equinócio, já com menos
horas diárias de sol, saí ontem à noite com a classe e dirigi-me à cidade que,
como era sexta-feira, estava pejada de gente nas praças e cafés, pormenor que
me interessava face à necessária coabitação harmoniosa dos cães nos
ecossistemas com maior burburinho. Os que apenas estão acostumados à sua
“almofada de conforto”, que é Pista Táctica, são tomados de um transe frenético
quando saem à rua, sentindo-se incomodados perante tanta novidade. Sair numa
noite subtropical com um braquicéfalo e mantê-lo em exercício com os demais
exige um cuidado suplementar, porque os seus ritmos vitais têm tendência para
aumentar desmesuradamente, apresentando por isso maiores dificuldades em
arrefecer e por conseguinte em recuperar (o fim dos cães de focinho achatado
está para breve e em alguns países já não são permitidos). E já que estávamos
na rua, aproveitamos as muitas possibilidades de sociabilização que ela tem
para oferecer.
Com tanta sebe natural e obstáculos artificiais à nossa volta, optámos por fazer algumas transposições simples para animar os donos e tornar o treino interessante para os cães, porque estes, ao contrário dos porcos, não se encantam com chiqueiros e procuram sempre qualquer novidade que enriqueça o seu quadro experimental. Os exercícios propostos foram do agrado dos cães e as ruas, de um momento para o outro, ficaram desertas como se as tivéssemos comprado só para nós – o SL Benfica estava a jogar contra FC do Porto! O passeio nocturno citadino foi agradável, os binómios foram poupados e daqui a pouco voltarão a trabalhar (seria óptimo se o dia não aquecesse demais).
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