segunda-feira, 30 de março de 2009

::: O nome do Cão: um caso sério :::

O nome que atribuímos a um cão é algo que o acompanhará para toda a vida e que o diferenciará dos outros, permanecendo inclusive para além do seu desaparecimento. Geralmente atribuímos nomes que nos são gratos ou que vagueiam no nosso imaginário pelas mais variadas razões ou motivos, já que o nome do cachorro acaba por reflectir as expectativas que nele depositamos. Também se põem nomes por despeito; zombaria; antropomorfismo; local de nascimento; por reposição e sentimentos ou desejos inconfessáveis. Quando isto acontece é tão clara a autoridade do dono sobre o animal quanto a sua visão especicista sobre o relacionamento a haver entre ambos. Assim, o nome do cão acaba por melhor identificar o dono e o mundo ao seu redor do que a individualidade animal desejada. É verdade que um proprietário canino se desnuda quando trata ou chama o seu cachorro pelo nome, o endeusamento humano acaba por evidenciar a sua tacanhez e não raramente a sua cegueira nesta matéria.

É evidente que estamos a falar para o cachorro que há-de vir, que aquilo que acima se disse, enquanto reflexão, só terá validade perante a aquisição de um novo cachorro e a necessidade de atribuição de nome, porque o que está feito, feito está, e não vamos agora mudar os nomes aos nossos cães por mais injustiçados que tenham sido. Contudo, ainda há solução e podemos minorar os danos causados pela “nossa livre escolha”.

Como é do nosso conhecimento o mundo do cão é composto maioritariamente por sons e odores, o que nos obriga a escolher palavras cuja sonoridade não atente contra a integridade física ou psíquica do animal que nos foi confiado. Mais, o nome deve levar ao conserto daquilo que a genética desacertou ou às necessidades ambientais ou laborais que o cão terá pela frente. Estamos aqui a falar de bem-estar animal que começa também pela escolha do seu nome, o que nos leva ao estudo e reparo das consoantes que o constituem, já que consoantes labiais; dentais; guturais e sibilantes despertam diferentes emoções e por isso mesmo respostas diferentes e ninguém quer que elas se tornem inesperadas ou desapropriadas.

Como se conclui, antes da aplicação do nome, importa conhecer primeiro as características psíquicas do cachorro e só depois proceder à sua escolha. Aqui pode surgir o primeiro problema, quando eu não tenho como identificar o perfil psicológico do cachorro. Neste caso importa atribuir-lhe um nome querido aos mamíferos que passa pela sonoridade labial e pela tranquilidade das vogais mudas agregadas num dissílabo. Nomes extensos e demora no cumprimento das ordens teimam em separar-se, podendo relegar para depois a salvaguarda da integridade e vida animal.

Convém não esquecer que o primeiro comando de obediência a instalar num cachorro é a atribuição do seu nome e consequente chamamento. Assim, os nomes devem ser curtos para não se perder tempo nas acções ou haver quebra da sua intensidade ou climax.

Os sons sibilantes operam travamento e de todo devem ser evitados, porque tendem, geralmente, a funcionar como comandos inibitórios. É catastrófico colocar tais nomes em cachorros cujas maturidades sejam precoces ou tardias, porque nos primeiros podem operar a castração dos seus impulsos à luta e à defesa e por consequência à perca da agressividade desejada e nos segundos, gerar tal confusão e temor até ao total afundamento do binómio, já que o cão virá a "morrer de medo pelo dono" e dificilmente ousará mostrar as mais valias da sua individualidade. Em suma, um nome sibilante sempre carrega o pesado fardo do travamento.

A necessidade da homogeneidade que só os factores dominantes podem oferecer foi o primeiro dos remédios encontrado e que levou quase à extinção das variedades recessivas por exigirem diferentes formas de tratamento. Trabalhar em quadro aberto, numa raça com nove variedades cromáticas diferentes e tirar delas o máximo rendimento possível não é tarefa fácil e exige delicados cuidados e não pouco conhecimento. Por isso, nunca se aconselha um cão negro ou de manto vermelho a quem nunca teve experiência anterior com um da variedade dominante, tal é o caso e a prática nos pastores alemães.
Uma vez alcançada a proliferação da variedade dominante, estabelece-se a altura do treino (por volta de 1 ano de idade) e a maioria dos comandos é de entoação sibilante. Como facilmente se antevê, muitos cães foram considerados inaptos e a selecção é operada com base nos de maior aptidão. Com isto perderam-se, para sempre, singularidades e qualidades inerentes àquilo que se eliminou, estamos a falar do excelente olfacto dos ancestrais lobeiros; do equilíbrio dos cães negros e da ferocidade dos de manto vermelho. Na verdade, um nome sibilante, só faz sentido quando aplicado a um cão muito dominante ou a um inibido, ao primeiro porque lhe estabiliza e regra o impulso ao poder e ao segundo, porque só um medo maior o fará arrepiar caminho e levar de vencida os seus fantasmas.

Deixemos por agora a história e passemos ao quotidiano. Se o seu cachorro tem um nome sibilante, como evitar os malefícios dele advindos? Evita-se o nome e cria-se um diminuitivo de acordo com as características psicológicas do animal, (ex: Jardel » Dádé). Se a alteração e fixação do nome acontecer antes da maturidade emocional então, os benefícios serão assaz notórios.

Em síntese, os nomes guturais devem ser usados nos cães de guarda, os labiais para os de companhia e os dentais para os toys, para os mais carinhosos ou para aqueles que necessitam de uma dose extra de tolerância e carinho. Os nomes guturais transmitem energia e força e serão mais recomendáveis se forem aspirados.

Que isto fique bem claro : - O nome do cão é sagrado ! Só o dono o deve conhecer, ele deve ter dois nomes um para a rua e outro para a indivisibilidade do binómio (intimidade); um de registo e outro de tratamento operacional. Assim procederam os treinadores afamados do passado cuja memória é ainda relembrada através das façanhas operadas pelos seus cães.

Porque dizemos que o nome do cão é sagrado?
Porque só o dono o deve saber e dizer, ele é como um código "pin", pois é um comando que dá acesso a outros comandos, substituindo facilmente as ordens de "quieto" e "aqui", o comando de "atenção" e operar a cessação indesejável de um ataque. Tudo isto se torna mais fácil, infeliz e erroneamente, quando os donos antecedem os comandos com o nome do cão. Nunca se deve juntar um comando inibitório ao nome do cachorro, já que o animal ao ser chamado de imediato se submete. A isto se chama uso indevido do nome do cão. Que ninguém tenha dúvidas: para que a resposta animal rapidamente aconteça, não há necessidade de salpicar os comandos com o nome do animal, pois ele não vai melhor obedecer por causa disso!

Na via pública e entre estranhos, perante gente suspeita e meliantes o cão é um "no name", uma vez que os ladrões rondam e os vizinhos tendem a falar demais. A propósito de vizinhos e para se evitar males maiores, eles só devem conhecer o nome oficial do cão, que de nada lhes vale e é importante não esquecer que as paredes têm ouvidos. Muito cuidado com o uso e abuso do nome do cão!

Espero que doravante, quando tiver de escolher um nome para o seu cachorro, não faça como os demais que navegam pela internet à procura de nomes de cães ou o fazem através das mais variadas revistas caninas. Primeiro estuda-se o cão e só depois se aplica o nome, importa ressalvar a individualidade biológica e psicológica do cachorro que lhe caiu em mãos.
Eunice Fuhrmann

Mais um fim-de-semana repleto de actividade e muita animação

Sábado começou bem cedo para o grupo da Acendura Brava. Depois de nos encontrarmos na escola às 9h rumámos a Torres Vedras onde repartimos a manhã entre o Jardim e o Castelo. Mais uma vez aventura e animação reinaram entre o nosso grupo, nomeadamente quando se tratou de ultrapassar as inclinações de terreno que nos apareceram à frente...nem sempre os donos se portaram bem, tal como atesta o vídeo seguinte:


Mas como também sabemos estar à altura dos nossos fieis amigos, executámos outros exercícios com mais sucesso para o binómio...




Como parece que já se vem tornando um hábito há sempre um "apanhado" e desta vez calhou ao Sr. João Moura que para captar o melhor ângulo para filmar a subida e descida no jardim se deitou em cima de um presente esquecido deixado por algum canídeo (canídeo esse que não faz parte do nosso grupo, pois nós andamos sempre munidos de saquinhos).


Habitual vem sendo também os nossos animais chamarem a atenção de quem se cruza connosco e serem convidados ou a colaborarem connosco, ou a posar para a posteridade com as nossas "feras". Desde já o nosso obrigado a todos eles.

Da parte da tarde, e depois de uma fantástica Sopa da Pedra, fomos para a praia de Ribeira d'Ilhas, onde treinámos, progressivamente, o comando de "quieto", debaixo de condições especiais (vento demasiado forte, elevado percentual de humidade e sujeitos à projecção de areia). Ensaiámos futuras acções de salvamento e tirámos partido da escadaria introdutora à praia, usando-a como meio musculador e procurando o cumprimento imediato das ordens. Os cães gostaram e comportaram-se bem.


No domingo, o trabalho foi somente matinal, junto à ponte do Almorquim, sobre a ribeira de Cheleiros. Treinaram-se diferentes induções a partir da geografia acidentada local, continuámos as imobilizações do dia anterior e todos os binómios ficaram de parabéns pelo trabalho realizado. As encostas circundantes serviram como poiso para os cães, no reforço do comando de quieto. Houve alguns cães que permaneceram numa altura equivalente a um 4º andar, numa distância superior a 100 mts e durante 30 minutos. O Teddy, quase por milagre, cumpriu com o programa. Ou foi a Pescadinha? Fica a dúvida, porque certeza apenas há uma: ninguém tinha máquina para registar estes momentos... que pena!


sexta-feira, 27 de março de 2009

A reter

É certo que os nossos animais precisam, para além de muito amor, de "cama, mesa e roupa lavada". Mas certo também é que precisam de cumprir os requisitos legais, nomeadamente o registo e licenciamento camarários. Por isso, e para que não nos seja vedado o acesso a algum lado com os nossos cães, é importante que se cumpra este requisito. É importante também, e pela mesma razão apontada anteriormente, que faça parte do "enxoval" do nosso fiel amigo um açaime.

Sopa da Pedra fora de horas


Tínhamos ído fazer o reconhecimento de um futuro passeio que havemos de fazer com os nossos cães um dia destes e de regresso à Escola, a determinada altura do percurso, o Sr. João diz-me: "Vou-te mostrar onde se come a melhor Sopa da Pedra... nem em Almeirim é tão boa!". E continuou: "Como até já perdi a vergonha há muito tempo vou pedir que te arranjem uma colher da sopa para provares!". Sopa da Pedra a esta hora?...pensei eu - é que o relógio marcava 11h30... ok, vamos lá provar a tal Sopa da Pedra. Parámos nas Barras, no Restaurante A Charrua. De aspecto típico e com decoração a fazer juz ao nome lá entrámos. Fomos calorosamente acolhidos e lá veio a Sopa da Pedra. Só vos posso dizer uma coisa: é que mais uma vez o Sr. João tinha razão naquilo que diz - a sopa era maravilhosa! Por isso, um dia destes temos de lá ir todos até porque consta que as iguarias que por lá se servem são de "comer e chorar por mais". Para quem ficou com "água na boca" aqui fica o contacto do Restaurante A Charrua: 261 961 281, nas Barras (a caminho de Torres Vedras pela EN).

segunda-feira, 23 de março de 2009

::: O conflito entre os interesses e os sentimentos do adestramento :::

A nossa passagem por aqui é atribulada pelo conflito interno entre a razão e a emoção, graças à confusão dos interesses e sentimentos, dentro de cada um de nós. E tudo à nossa volta reflecte essa escaramuça interna e depende do resultado dessa guerra. Os animais domésticos não são excepção, porque dependem de nós e estão ao nossos lado, acabando por experimentar as mesmas dificuldades, e sofrer os mesmos horrores. O desequilíbrio canino é, na maioria dos casos, um acto reflexo do exercício da liderança, transubstanciado pela sua experiência directa. Não raramente, e ao contrário do que se esperaria, os cães traduzem melhor os seus donos, o seu quadro de expectativas e os seus sentimentos mais ocultos.

Normalmente, quando alguém decide ensinar o seu cão, procura a obediência animal pela justeza do seu sustento. A permuta parece-nos lógica, perceptível e justificada. Mas o que dirão os cães acerca disso, eles que não nascem com um kit de obediência e teimam pela sua individualidade? Que ninguém se iluda: o adestramento é um mal necessário, um sucedâneo do enclausuramento, que antecedeu a vantagem, algo acontecido há milénios e que impede a auto-sobrevivência canina. No entanto, o cão continua um lobo, lobos e cães pertencem ainda à mesma espécie, têm o mesmo número de cromossomas, e por causa disso, os seus híbridos são fecundos.

Tutelar cães, é reconhecer o particular de cada um deles, para a operação do seu bem-estar físico e psicológico, de acordo com as suas necessidades, morfologia, instintos, impulsos e tendências sociais. Não existem dois cães iguais, e nesta matéria, nenhuma raça é soberana sobre o indivíduo, porque em todas elas proliferam valentes e cobardes, aptos e menos aptos, belicosos e tolerantes. Assim, a impropriedade de um cão, visível nos problemas que causa, nas mais variadas finalidades, é da responsabilidade do instalador, o mesmo que adoptou o animal e que depois reclama pela sua má sorte, alvitrando à posteriori, o abandono, o descarte ou o abate do cão. A aquisição de um cachorro é um assunto sério, há que saber escolher e ter condições para tal, porque não o podemos remeter para o sótão, tal qual tareco em desuso, quando estamos fartos dele. Aos mais impulsivos, vitimas dos seus próprios sentimentos, aconselhamos calma e apelamos à escolha consciente. Somos contra o descarte de cães adultos, porque sabemos ao que leva a quebra dos vínculos afectivos, a novidade territorial e todo o processo de reinserção canina. Ao menor problema, o cão irá parar "ao olho da rua", ou terá como destino o canil terminal municipal: "há para aí tanto cão; a serventia da casa é a porta da rua!"

A opção por um cachorro é, em média, um encargo para uma década. Importa não esquecer este pormenor, o trabalho e a responsabilidade que acarreta. Ainda que a maioria dos cães "entre com o pé direito" no lar de adopção, grande número deles, acabará desterrado num quintal ou pendurado numa varanda, para o resto das suas vidas, independentemente da sua idade, vigor ou mais-valia. Isto é criminoso, é confundir identidades, a menos que a evolução das espécies, de modo apressado e miraculoso, tenha elevado o cão a suíno.

Gostar de cães não pode ser um acto inconsequente, o sentimento deve ser sustentado pela razão, para que o gostar não se torne efémero e cause vítimas. A primeira coisa a considerar é o lar de adopção, o seu agregado familiar, as características dos seus membros, a sua disponibilidade e expectativas. Sabendo o que temos para oferecer, torna-se mais fácil escolher o cão. Apesar disso, convém procurar conselho junto de quem sabe. Estamos a falar dos adestradores, porque os criadores das diferentes raças caninas, na ânsia de melhor venderem o seu produto, omitem os problemas dos seus pupilos e exageram as suas virtudes, como se todos eles fossem anjinhos de quatro patas. O que acontecerá a um cão galopador, se não tiver por onde correr? A um cão de caça, se não tiver terreno a bater? A um trotador privado da marcha? Iremos dar um cão hiperactivo a um deficiente ou idoso? Um fortemente territorial, a quem não tem pulso firme? Estes são apenas alguns dos maus exemplos.

O perfil psicológico do cachorro deve ser considerado, para que a harmonia impere e a liderança humana se torne um facto. A usurpação canina da liderança, quando constatada, infelizmente, leva à procura dos centros de treino caninos, face à impotência e à necessidade de ajuda. E dizemos infelizmente, porque o cão deve ser conquistado em casa, e a equipa constituir-se no lar, porque deve subsistir uma relação óptima entre tratamento e treino. O adestramento começa com o primeiro comando de obediência: o chamamento do cão pelo nome.

Nenhum condicionamento é natural, porque as respostas denunciam o artificialismo, a filosofia e a finalidade do treino. Se omitirmos a sobrevivência animal do adestramento, ainda que isso nos faça felizes, outra coisa não seremos, que amadores de ancestrais práticas circenses. Não compensamos os cães como prémio pela resposta? Já sabemos há muito, que o dono da comida é o patrão do cão! E nos pratos da balança, o que deve pesar mais: aquilo que esperamos ou o que temos para dar? A ambição humana não deve lograr a felicidade canina. Mais importante que ter um cão de competição, um excelente guardião ou um companheiro muito babado, é ter um amigo feliz ao nosso lado.

Ignorar o parecer alheio é uma forma descarada de desrespeito, ainda que esse alguém abane a cauda e ladre por biscoitos. Há que arrancar os cães da Idade Média, libertá-los do feudalismo, rebentar com as correntes do especicismo e lutar pela sua condição. Cientes disto, procuraremos a coabitação harmoniosa entre homens e cães, evitando o endeusamento canino e a saga do antropomorfismo.

Seleccionar cães não é um acto inconsequente e carece de equilíbrio, porque se referem os Decretos aos cães de raças perigosas? A quem cabe a justiça? Quem produziu o fenómeno: o legislador ou os criadores? A haver selecção, a preferência deveria recair sobre o impulso ao conhecimento, uma vez salvaguardada a harmonia dos demais, face à integração desejada e à sobrevivência canina.

Muitos rafeiros, senão a sua esmagadora maioria, são excelentes cães de companhia, constituem binómios facilmente e singram no adestramento. O que têm de particular os SRD (cães sem raça definida)? Apenas a selecção natural a seu favor, sem os berloques estéticos e a cegueira selectiva, responsáveis por um sem número de incapacidades físicas, psicológicas e sociais. O desaparecimento dos rafeiros, assim como a sua castração sistemática, condenará a biodiversidade canina, pelo aumento da consanguinidade e redução do número de indivíduos. Só se abandonam cães rafeiros? Quem tiver dúvidas, faça o favor de visitar os canis municipais. A que preço andam os cães ditos puros? Vendem-se com facilidade, a procura é superior à oferta? Gostar de cães é gostar deles todos, puros, mestiços, grandes e pequenos, é reconhecer em cada um deles o direito à diferença. A xenofobia não invadiu a canicultura? O que sustenta a selecção: a mais-valia ou a diferença? Donde vieram as actuais raças caninas, onde tiveram a sua origem?

O cão ideal está ainda por nascer, talvez venha com o dono ideal ou habite nos sonhos de uma criança.

Eunice Fuhrmann

Dentro de dias a Escola terá um novo aluno

Pois é, para já tem de esperar até ter 3 meses e contentar-se a ver os seus companheiros Pipo e Rosita a chegar a casa felizes por terem estado a treinar. Mas uma coisa é certa: assim que puder lá estará a mostrar a sua "garra" de Pastor Alemão. O Ricky é proveniente do Canil Quinta da Tomadia, dirigido pela Xana (condutora da Pipa e da Cuca) e é fruto do acasalamento entre a Pipa e o Thor.
Dentro em breve esperamos contar também com as crias da Xita nestas andanças!

domingo, 22 de março de 2009

Na foz do Rio Sizandro

No sábado passado rumámos à foz do Rio Sizandro (entre a Ericeira e Santa Cruz) para mais uma aula com os nossos fiéis amigos. As condições meteorológicas para aqueles lados não eram nada animadoras pelo que se tornou urgente começármos a trabalhar rapidamente para não sentirmos o frio que teimava em ficar. Desta feita, o sr. João Garrido tomou o comando das operações e iniciámos o treino com o comando "quieto" com uma distância entre cada elemento do binómio de cerca de 200m. De seguida, tivemos o treino de evolução em esquadras e por último, antes de irmos almoçar, seguiu-se o treino do ataque à manga (até porque também tínhamos que praxar o mais recente aluno: o Filipe do Jürgen) - de salientar o excelente desempenho dos pastores alemães júniores que já percebem como fazer uso dos seus dentes!


Da parte da tarde, embora o tempo continuasse "farrusco" fomos tentar pôr em prática uma outra actividade: atravessar o rio numa espécie de "barcaça" improvisada com a ajuda de uma corda que ligava uma margem à outra. O primeiro passo foi conseguido com grande sucesso graças ao Nobel que transportou a corda de um lado ao outro, mas o objectivo de fazer a travessia não foi completamente conseguido: é que a altura da água não era a desejável o que tornou a travessia do primeiro binómio (Xico-Pongo) um pouco complicada na fase final, tendo o Xico que saltar da "embarcação" antes de chegar a terra firme. Quem também não conseguiu chegar a terra firme seca foi a Ana Cristina, conhecida entre nós como a Pescadinha: é que o seu Teddy sequioso de aventura fez com que a "embarcação" virasse e acabaram os dois dentro do rio! Escusado será dizer que quem estava para embarcar perdeu completamente a vontade de ir, mas não perdeu a vontade de dar umas valentes gargalhadas à custa da Pescadinha.


Depois de nos recompormos das dores musculares provocadas pelas gargalhadas, foi altura de pormos outros musculos a trabalhar e voltámos ao treino, desta feita em piso seco.



Por alturas do pôr-do-sol, embora este não se fizesse notar em todo o dia, foi altura de darmos descanso aos nossos animais e rumarmos a casa com a sensação de que tinha sido mais um dia muito bem passado, tal podem constatar pelos vídeos que se seguem: