Com a Lezíria ao fundo, vemos o CPA Dobby deitado na frente de uma curiosa manada de poldros multicolor, obséquio com que a Maria nos presentou. Ficar “quieto” debaixo de ordem e assim permanecer até nova ordem é próprio da obediência exigida a um cão de trabalho (de utilidade), mas o ensino de um cão vai muito para além disso mercê da sua extraordinária capacidade de interacção, sendo por norma dinâmico visando a complementaridade animal, a autonomia binomial e a sua funcionalidade, isto sem nunca esquecer o bem-estar e a sobrevivência animal. Não tenho dúvidas, caso a Maria andasse a cavalo, que o Dobby a acompanharia para todo o lado sem causar entrave, medo ou dolo ao solípede, porque ele já se encontra perfeitamente familiarizado e sociabilizado com cavalos (já deve andar farto de olhar para eles, pelo menos parece!). Do que o Dobby precisa, não é de ser um postal ilustrado, mas de uma dona que saia com ele diariamente, que o leve prà cidade e o ensine a sociabilizar com as pessoas, que lhe estabeleça regras de convivência e que alegre os seus passeios pela novidade de percursos e de desafios, para que a unidade binomial frutifique e o cão harmoniosamente se integre na sociedade, experiências que não dependem da boa vontade do Dobby e que ele não alcança a olhar pasmado para os cavalos. Mexe-te Maria!
Sem comentários:
Enviar um comentário