Ninguém
deseja ver morrer o seu cão e muito menos na boca de outro cão. Na passada
segunda-feira, dia 11 de setembro, gendarmes de Val-d’Oise puxaram das suas armas
de serviço para abater um cão numa rua da pequena localidade francesa de
Puiseux-en-France. Poucos minutos antes, sob o olhar atónito e impotente dos
moradores, este cão havia atacado um Pastor Alemão negro uniforme (Czar) que
caminhava à trela com a sua dona. Várias testemunhas em vão tentaram detê-lo,
agarrando-o e dando-lhe inclusive com um martelo e um pau de vassoura. “É um
pesadelo. Na família estamos todos traumatizados. Hoje foi o nosso cão, mas um
dia será uma criança”, lamentou a dona do Czar em estado de choque, Pastor
Alemão que morreu após o ataque.
De
acordo com a sua dona, o cão grande agressor não tinha coleira nem açaime. “Era
uma mistura de Staffordshire Terrier e Pit Bull, estilo American Bully”,
declarou a professora aos jornalistas. Segundo informações adiantadas pelo
jornal “Le Parisien”, os donos do cão agressor deixaram o portão aberto,
fugindo o animal antes de se cruzar com o Pastor Alemão negro. Factos
semelhantes já teriam ocorrido naquela área envolvendo o mesmo cão, pelo que
não seria a primeira vez que ele conseguiu escapar-se da casa dos donos. “A
prefeitura deverá tomar medidas e assumir as suas responsabilidades, criar uma lei
a exigir o uso obrigatório da trela na cidade para todos os cães, seja qual for
a raça”, disse a enlutada dona do Czar.
Tem esta senhora muita razão naquilo que diz, o que fará mais sentido: consentir que os cães circulem soltos para depois matá-los a tiro ou de outro modo qualquer ou obrigá-los a andar à trela aumentando assim as suas chances de controlo e sobrevivência? A escolha parece-me óbvia! Em Puiseux-en-France assistiu-se a um crime e a uma morte escusáveis.
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