Com
a atenção que os cães estão a ter e com os cuidados que lhes são dispensados,
somos obrigados a falar de adestramento geriátrico, porque são cada vez mais os
donos que se preocupam com o bem-estar e a longevidade dos seus companheiros
caninos, mantendo-os activos bem para lá do treino de que foram alvo na sua
infância, puberdade e juventude – querem vê-los saudáveis, a usufruir de uma
aposentadoria participativa e radiante, capaz de garantir-lhes a interacção por
mais tempo. A partir dos 8 anos, excepcionalmente antes desse idade por alguma
incapacidade, os cães de trabalho entram na reforma, ainda que muitos continuem
aprovados nos seus serviços até aos 10 anos de idade, particularmente quando
estes são menos desgastantes. Nesta fase da vida dos cães há que propor-lhes
pequenos desafios diários que lhes reavivem os códigos que nortearam a sua
vida, para que possam valer-se a si próprios e mantenham a disponibilidade e a
curiosidade que gradual e naturalmente tendem a diminuir. No GIF acima vemos o
CPA Bohr num exercício de técnica de condução a partir do reavivamento de
quatro comandos direccionais, no intuito de manter-lhe a autonomia
condicionada. No GIF abaixo, a partir do uso de 5 comandos da mesma categoria,
vemos o Pastor Alemão a executar um percurso multidireccional sem o
acompanhamento físico do dono.
Foi isto que andámos a fazer na aula de ontem, com o cão a executar sem dificuldade aquilo que lhe foi pedido e a merecer o aplauso de quem assistia ao seu desempenho. Como sempre, acabou por interagir com alguns parceiros ocasionais, gente desconhecida que com ele se encantou e que gostaria de ter um cão assim, levando dele gratas recordações. E, quando assim acontece, não mantemos somente em alta os seus índices atléticos, mas exercitamos também a sua sociabilização, sociabilização de que não poderá abdicar enquanto por cá andar. Os exercícios foram executados debaixo de uma temperatura amena, num lugar medianamente concorrido e sem sujeitarmos o cão à exaustão.
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