Na
tarde de ontem, domingo 24 de setembro, uma corredora de 32 anos que corria ao longo
do rio Isar e que queria aproveitar os últimos raios de sol, foi mordida por um
cão no município bávaro de Ismaning, no distrito de Munique, sendo ferida numa
perna, estando agora a polícia local a investigar a proprietária do cão. O
incidente ocorreu por volta das 17h15 quando a corredora corria em direcção a
Garching e outra mulher se aproximou dela com o seu cão, De acordo com as
investigações preliminares da polícia, o cão de tamanho médio mordeu a perna da
corredora quando ela passou a correr. Segundo as autoridades, a jovem sofreu
pequenas marcas de dentadas num joelho. Ainda não se sabe a causa pela qual o
cão a mordeu repentinamente (o autor da notícia não sabe), não se sabendo
também ao certo qual era a raça do cão, cuja dona aguarda agora uma queixa
criminal por lesão corporal negligente. Como é protocolar nestes casos, o Escritório
de Ordem Pública será informado do incidente, sendo ele quem decidirá se o cão
será classificado como perigoso, se deverá sair açaimado ou se deverá passar
por um teste de carácter.
Apesar do jornalista que elaborou esta notícia não descortinar a causa deste ataque canino e a polícia não se querer pronunciar antes do parecer do Escritório de Ordem Pública, “está na cara” que a corredora ao passar a correr pelo cão instigou-o a persegui-la induzido pelo movimento da mulher, pela surpresa da sua aparição ou por ambas as razões. E para fazer isto não precisa de ser nenhum cão perigoso ou feroz, porque a perseguição das presas é inata nos cães. Assim, não tenho dúvidas que estamos perante um ataque instintivo, restando saber se defensivo ou não. Para evitarmos situações desagradáveis destas, para que os cães não se assustem ou persigam quem lhes aparece vindo detrás, também para que se acostumem a imobilizar-se instantaneamente perante a saída apressada dos seus condutores, em caso de necessidade ou perante um imprevisto, é que executamos esporadicamente o exercício de “EM PASSO DE CORRIDA” nos percursos circulares da obediência linear, aquela que executamos com os cães sem o concurso dos obstáculos e sem solicitar-lhes qualquer transição de andamento, exercício que não é do agrado de todos os donos, destacando-se nestes os gordos, os inimigos do exercício físico, aqueles que já não conseguem correr e aqueles que praticamente nunca correram, apesar do exercício raramente exceder os 2 minutos e nunca ultrapassar os 5. Penso, agora todos sabemos para que serve o “PASSO DE CORRIDA” e qual a vantagem que traz para os cães, que esta capacitação será doravante recebida com maior disponibilidade. O cão agressor de Ismaning, infelizmente, não foi objecto desta instrução e a coisa deu no que deu!
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