EMIRATOS ÁRABES UNIDOS NA LIDERANÇA

Segundo faz saber o Gulfnews.com, agência de notícias em língua inglesa publicada a partir do Dubai, nos Emiratos Árabes Unidos, esta confederação de monarquias lidera mundialmente todos os países na detecção do Covid-19 após uso prático bem-sucedido de cães policiais em todos os seus aeroportos como linha de defesa adicional na detecção de indivíduos infectados. Por causa disto, os Emiratos Árabes Unidos são considerados o primeiro país do mundo a colocar em prática este método, que se encontra ainda em estudo ou em treino noutros países. Segundo a mesma fonte, estes cães de vanguarda poderão ainda vir a ser usados em patrulhas policiais e shoppings.

Equipas especializadas encontram-se distribuídas pelos aeroportos deste país para supervisionar a aplicação real no monitoramento e verificação das amostras recolhidas de quem ali chega, que é cheirado pela axila sem contacto directo com os cães, animais que em segundos conseguem determinar se alguém se encontra infectado ou não. Este procedimento é considerado uma linha adicional que aprimora a segurança dos passageiros nos aeroportos, agora que se assiste à sua reabertura por toda a parte e ao crescente aumento do número de voos. Apraz-nos saber que os Emiratos são também pioneiros na luta contra a propagação da presente pandemia, o que à partida poucos esperariam – o dinheiro pode ser usado para muita coisa, inclusive para o bem-estar global!

PIADA PARA O FIM-DE-SEMANA: O TERCEIRO DESEJO

Uma velha senhora está a dormir na sua cadeira de baloiço na varanda. Inesperadamente surge-lhe na frente uma fada disposta a satisfazer-lhe três desejos. A idosa diz para a fada que o seu primeiro desejo é ser rica e imediatamente fica sentada numa cadeira de baloiço feita de ouro. Depois pede à fada que a faça jovem e bonita e o seu desejo foi prontamente atendido. Agora jovem e bela pensa no seu terceiro desejo. Depois de alguma meditação, pede à fada que transforme o seu cão Nero num homem bonito e atraente, o que acontece imediatamente, desaparecendo a fada em seguida. O Nero, agora transformado num belo homem, diz-lhe: “ Eu sabia que mais cedo ou mais tarde lamentarias ter-me mandado castrar!”

RANKING SEMANAL DOS TEXTOS MAIS LIDOS

O Ranking semanal dos textos mais lidos obedeceu à seguinte preferência:

1º _ OS FALSOS PASTORES ALEMÃES, editado em 24/02/2015

2º _ HÍBRIDO DE CHOW-CHOW/PASTOR ALEMÃO: MÁQUINA OU DESASTRE?, editado em 11/05/2016

3º _ QUANDO UM DOS NOSSOS CÃES DESAPARECE, editado em 27/07/2020

4º _ O CÃO AZUL: O SANTO GRAAL DO CPA, editado em 30/05/2016

5º _ QUAL SERIA A RAÇA DO “CÃO DOS BASKERVILLE”?, editado em 14/04/2016

6º _ TODOS LEVARAM UMA VITÓRIA PARA CASA, editado em 26/07/2020

7º _ QUANDO É QUE UM CÃO ESTÁ DEVIDAMENTE OBEDIENTE?, editado em 28/07/2020

8º _ TREINO DE RESISTÊNCIA, editado em 28/07/2020

9º _ UM BINÓMIO DESTES É DIFÍCIL DE BATER, editado em 30/07/2020

10º _ HÁ UM SONHO QUE DESPERTA E SE AGIGANTA, editado em 30/07/2020

TOP 10 SEMANAL DE LEITORES POR PAÍS

O TOP 10 semanal de leitores por país ficou assim ordenado:

1º Portugal, 2º Brasil, 3º Estados Unidos, 4º Roménia, 5º Alemanha, 6º Suíça, 7º França, 8º Reino Unido, 9º Emiratos Árabes Unidos e 10º Irlanda.

FABRICAR OBSTÁCULOS

Ontem teve lugar mais uma sessão de treino campestre, antecedida pela fabricação de mais um obstáculo tipo alvo – o Pneu. Os trabalhos foram exigentes e englobaram a obediência, a ginástica, a endurance, a perseguição de intrusos e a sua captura. No final da aula, com o objectivo de fomentar a camaradagem entre as pessoas presentes, foram constituídos alguns obstáculos humanos para os cães ultrapassarem (na foto acima vemos o Soneca a saltar sobre a Liliana e a Luísa). Participaram nos trabalhos os seguintes binómios: Afonso/Nasha; Jorge/Soneca; Nuno/Bela e Paulo/Bohr. As fotografias ficaram a cargo da Luísa Silva e a sessão de treino estendeu-se até à noite. Hoje reataremos os trabalhos e logo daremos notícia do que fizemos.

RIGOR BÁVARO

Anteontem, pelas 20h20, em Grainau, município alemão localizado no distrito de Garmisch-Partenkirchen, no Estado da Baviera, uma senhora de 51 anos de idade trouxe o seu Labrador à rua solto e sem açaime, desconsiderando as disposições legais nesse sentido. Como consequência, o cão acabou por atacar e ferir uma senhora de 44 anos, segundo relata a Inspecção Policial de Garmisch-Partenkirchen (o que comerão os Labradores na Alemanha? Pólvora?). Agora a proprietária canina enfrenta uma acusação por danos corporais, foi-lhe imposta uma multa e será objecto de um exame para ver se pode ou não manter aquele cão.

Se em Portugal se fizesse um exame sério a todos os proprietários caninos para ver se podiam ou não ter os cães que têm, estou convencido que devido à sua insanidade e irresponsabilidade muitos seriam privados dos seus companheiros de quatro patas, apesar dos Labradores serem aqui de uma mansidão e indolência pouco vistas. Quanto à “avozinha” de Grainau, a Justiça não será branda com ela e nem podia ser, a menos que seja considerada inimputável por sofrer de alguma patologia súbita, recém-descoberta ou crónica, o que lhe viria mesmo a calhar.

O CAMPEÃO DA AMIZADE

Ninguém duvida que o Paulo Jorge, carinhosamente tratado entre nós por “Paulinho”, apesar de já ter ultrapassado as cinquenta primaveras, tem um cão extraordinário, daqueles vocacionados para o top de alguns desportos caninos - o CPA Bohr é curioso e um atleta de nomeada. O Paulinho não é um craque, mas esforça-se para melhorar as suas prestações e merece ser respeitado por isso, por isso e por ser o campeão da amizade, um amigo sempre pronto a ajudar os outros e com o qual sempre podem contar. Há pouca gente assim e tal como os outros, eu não dispenso o meu amigo, colaborador, companheiro de jornada, discípulo, duplo e fotógrafo. Ele pode demorar mais tempo, mas vai chegar lá. Na foto acima vêmo-lo a ultrapassar o berço com o Bohr, parceiro que lhe é tão apegado que muitas vezes não se sabe onde começa um e acaba o outro. Está tudo dito, e se faltar alguma coisa, o Paulo já o sabe.

UM BINÓMIO DESTES É DIFÍCIL DE BATER

Talhados um para o outro, o Afonso e a Nasha são um binómio difícil de bater, porque a Fila é a sombra do menino e ele protege-a como ninguém. Treinados com rigor e testados nas mais duras e variadas situações, têm intenções comuns e alcançam naturalmente vitórias atrás de vitórias. Onde estiver o garoto, aí estará a também a cadela, reflexo da cumplicidade recíproca que começa no lar e se estende à pista de treino. Obrigado Nasha, tem valido a pena ensinar-te Afonso.

HÁ UM SONHO QUE DESPERTA E SE AGIGANTA

Sempre que um novo binómio chega, há um sonho que desperta e se agiganta no velho coração do adestrador, uma força de ânimo que o leva a acreditar que conseguirá ir mais longe, um entusiasmo juvenil que se perde pela idade e não desiste. Ele sabe as dificuldades que terá pela frente, mas enternecido pelo olhar do cachorro, só pensa no muito que tem para dar-lhe, em fazer dele um campeão, nem que seja apenas do seu coração, porque ensinar outra coisa não é que amar continuamente.

PRIMEIRO TREINO NOCTURNO DO ANO

Tirando partido do bom tempo que se faz sentir, realizámos hoje o primeiro treino nocturno deste ano, visando melhorar a máquina sensorial dos nossos cães, robustecer o seu carácter e adaptar os binómios para trabalhos e exercícios durante a noite. A experiência foi óptima e os resultados excelentes.

Participaram nos trabalhos os seguintes binómios: Afonso/Nasha; Julieta/Lexa; Nuno/Bela; Paulo/Bohr; Sveta/Vlad; Tiago/Alfa e Tomás/Dingo. Sentimos a falta do Soneca e do seu dono, assim como da Sónia e do Shane, para já não falar no Luis e no Zé. Continuamos à espera do retorno da Patrícia e amanhã retomaremos mais uma vez os trabalhos.

A IMPORTÂNCIA DO NACHO E DO CHICO

No Campo de Treino de Piskie de Bemowo, no nordeste da Polónia, onde tropas norte-americanas num total de 900 homens lideram um grupo de batalha também constituído por tropas da Croácia, Roménia, Reino Unido e Polónia, com o objectivo de fortalecer o flanco oriental da Nato e impedir a agressão russa à Europa, dois cães vadios e sem raça definida, depois de devidamente desparasitados e vacinados, tornaram-se mascotes das forças ali acantonadas. São eles o “Nacho” e o “Chico” (na foto seguinte), que seguem por perto os militares em exercício.

Ter estes cães por perto relembra aos soldados americanos os animais de estimação que deixaram em casa, para além de os aliviar da dureza do treino militar. O sucesso e o amparo dos dois cães foi tão grande que já adoptaram outro, a quem puseram o nome de “Taco”, animal que só aparece ocasionalmente na base. Atendendo à importância do seu papel, bem que poderemos considerar estes simpáticos animais como cães de terapia, que é exactamente aquilo que eles são. Por esse mundo fora não faltam Nachos, Chicos e Tacos, heróis desconhecidos para valer aos homens nos momentos em que mais precisam deles.

INSANIDADE EM GRAFENEGG

Ontem à noite, no município austríaco de Grafenegg, pertencente ao Distrito de Krems, na Baixa Áustria, um menino de seis anos foi mordido pelo cão da família, um Staffordshire Terrier, que lhe mordeu o rosto e deixou-o gravemente ferido, obrigando-o a ser transportado num helicóptero de emergência para o SMZ Ost-Donauspital em Viena. Segundo fez saber o comando da polícia da Baixa Áustria, a criança pode ter agarrado na comida do cão que se encontrava no jardim e ter sido atacada por causa disso. De acordo com a mesma fonte, o Staffordshire Terrier está "devidamente registado e também há evidências da experiência necessária para manter o cão" (eu duvido desta última parte).

Ao que parece, lá estamos nós mais uma vez a tomar conhecimento dos resultados da trágica associação “cão-comida-garoto”, que sempre acaba, infelizmente, por vitimar as crianças. Os pais devem ensinar os seus filhos a afastar-se do prato da comida dos cães, a não lhes mexer e a não interferir nas suas refeições. Se apesar dos avisos os miúdos persistirem em fazê-lo, por irresponsabilidade ou teimosia, os pais terão de arranjar maneira de deixar os cães comer em paz (têm esse direito). Por outro lado, quando toda a família se encontra perto do penso diário do cão, os pais não podem perder os filhos de vista, porque o animal pode sentir a sua comida ameaçada e carregar sobre quem pensa querer roubá-la, preferindo invariavelmente as crianças por serem mais fracas, não exercerem sobre ele qualquer tipo de poder e dificilmente aceitarem a sua liderança.

Se o ocorrido em Grafenegg é o que a polícia faz saber, então a negligência dos pais é por demais evidente, o que atenta contra as proclamadas “evidências da experiência necessária para manter o cão”. Mas, se a história for outra, aquela família ainda menos condições terá para manter um animal com aquelas características. Cães sôfregos, porque não usam só os dentes para morder, são animais duplamente perigosos, perigosos para si mesmos porque são facilmente envenenados e perigosos para os demais por defenderem o seu repasto. Cães assim carecem de treino aturado, mas será aconselhável ensiná-los a partir da gula? Nós achamos que não e temos todas as razões para isso.

ASSIM ACONTECE EM AACHEN

Em Herzogenrath, município alemão do Distrito de Aachen, o dono de um Pastor Alemão chamado “Ulf” (na foto seguinte), com 9 meses de idade, deixou-o num hotel canino por duas semanas, debaixo do pretexto de ter que comparecer num organismo oficial e de não poder levar consigo o animal, solicitando em simultâneo que lhe ministrassem ali lições diárias.

Segundo o dono do hotel de cães, o senhor Karl Pütz (na foto abaixo), homem de 64 anos, passados os 14 dias, o dono do cão não apareceu. Estranhando o facto, o Sr. Pütz ligou-lhe várias vezes, recebendo dele sempre a mesma resposta: que iria buscar o cão nos próximos dias. Por fim, o dono do cão acabou por desligar o telemóvel.

Perante a não comparência do proprietário canino e decorridas 8 semanas, o Sr. Pütz informou as autoridades competentes do ocorrido e foi entregar o jovem Pastor Alemão ao abrigo de animais de Aachen. Entretanto, já conhecedora do caso, a polícia abriu uma investigação e não deverá ser nada meiga com o fraudulento proprietário canino, que será obrigado a explicar por que razão abandonou o seu cachorro. Assim acontece em Aachen, assim deveria acontecer em todo o lado, porque todos os cães merecem ser respeitados e os seus algozes denunciados e condenados. 

Todavia, com o conhecimento que temos de casos semelhantes, várias perguntas pairam no ar: qual a razão que levou o dono a deixar o cão no hotel, quando poderia tê-lo deixado num abrigo para adopção? Sentir-se-ia envergonhado? Teria esperanças de readquiri-lo? Maldade e miséria andam de braço dado e há-as por todo o lado! Seja lá como for, nada justifica o prejuízo do Sr. Pütz.

MACABRO FUTEBOLISTA DE RUA

Vai fazer amanhã oito dias, no passado dia 22, pelas 16 horas, não muito longe de Mabilais, em Rennes, no Departamento francês de Ille-et-Vilaine, um homem de 27 anos, já conhecido por degradações e pelo consumo de narcóticos, sem saber bem porquê, começou a pontapear o seu cachorro de 4 meses no meio da rua, um pastor cor de areia. A polícia foi alertada por uma testemunha, a municipal rapidamente entrou em cena e chamou a nacional para reforço. O Homem foi levado debaixo de custódia policial e será processado por “Acto de Crueldade contra Animal”. O cão foi-lhe retirado e confiado ao “Serviço Chenil”. Cinco dias depois da agressão ao animal, a Associação Stéphane Lamart, que pugna pelos direitos dos animais e reclama para si a custódia do animal agredido, anunciava que estava a instaurar uma acção civil sobre o caso.

Este incidente relança uma velha e acalorada discussão sobre a qual não parece haver unanimidade nos tempos mais próximos: deverá ou não ser permitida a posse de cães a desequilibrados, indigentes, sem-abrigos e toxicodependentes? As opiniões dividem-se e avultam-se posições extremadas, a discussão torna-se política e todos esperam uma solução mágica (consensual). Todavia, já vi vários donos intoxicados a atacar desalmadamente os seus desgraçados cães, que mesmo agredidos continuam a segui-los por toda a parte, o que já não me surpreende, mas que continua a revoltar-me.

QUANDO É QUE UM CÃO ESTÁ DEVIDAMENTE OBEDIENTE?

Quando é que um cão está devidamente obediente? Em termos teóricos, quando cumpre prontamente todas as ordens emanadas pelo seu dono independentemente do seu grau de dificuldade ou de risco. Para além disto, pede-se ainda aos cães destinados à segurança que obedeçam exclusivamente aos seus donos e que se ensurdeçam para os demais, mantendo-se impolutos e incorruptíveis. Como se depreende, a obediência exigida a um cão encontra-se ligada ao particular da sua actividade. Porém, poucas serão aquelas que dispensarão a suave condução à trela, assimilação laboral que pode e deve ser testada. A melhor forma de fazê-lo é passar o cão para as mãos de um menino ou menina de 3 anos de idade, o chamado “Teste dos 3 anos”, evoluindo o animal de acordo com os desejos da criança sem lhe qualquer resistência, embaraço ou acidente. Sim, um cão devidamente obediente não exige força para ser conduzido. No GIF abaixo, captado pela câmera sempre oportuna do Paulo Jorge, vemos duas das nossas crianças a executar o referido teste.

À parte disto, importa dizer que a presença das crianças nas escolas caninas é mais do que desejável, porque elas e os cães carecem de familiarizar-se entre si, para levar de vencida medos e receios que poderão resultar em incidentes e traumas, quando não em mortes. Debaixo desta preocupação, os adestradores têm a obrigação de reservar nos seus planos de aula momentos de interacção entre crianças e cães, momentos que parecendo lúdicos são de grande importância pedagógica, como se calcula. Privar os cães do contacto com as crianças é uma maldade tamanha que pode constituir as últimas em presas e até em vítimas, como quase todos os dias temos notícia – os cães precisam de respeitar as crianças e as crianças de respeitá-los! Nada disto será possível sem o treino canino e o aparecimento do senso de responsabilidade nas crianças. Sem estas duas condições o perigo espreita e é obrigação dos pais zelar pelos filhos até que estes tenham o mínimo de responsabilidade, não permitindo que fiquem sós com os cães, por mais mansos que os animais lhe pareçam. Por tudo isto, que venham as crianças!

TREINO DE RESISTÊNCIA

Ainda que treinar no verão já seja um treino de resistência para os binómios, ontem dedicámos parte da nossa aula a fazê-lo, bem depois do aquecimento, do trabalho geral e do específico, o que alongou, com os respectivos momentos de compensação, a nossa sessão de treino para as 2 horas e meia, beneficiando obviamente do cair do dia. Há quem não aprecie ver crianças no treino, mas nós chamamo-las de bem-vindas por múltiplas razões que se prendem com a sua própria educação e com a dos cães em exercício. Participaram ontem nos trabalhos os seguintes binómios: Afonso/Nasha; Jorge/Soneca; Julieta/Lexa; Luis/Zé; Paulo/Bohr; Svetlana/Vlad e Tiago/Doberman. As fotos estiveram a cargo do mesmo, sentimos a falta do binómio Nuno/Bela e hoje retomaremos os trabalhos no sítio do costume e à mesma hora.

O AÇAIME: UM AMIGO A CONSIDERAR

Quando se fala na palavra açaime entre os proprietários caninos o termo parece maldito, como que vindo de um ancestral castigo ou duma punição cruel, arbitrária e desusada, quando este acessório se presta exactamente ao contrário e poderá vir a ser um amigo indispensável para o seu cão - capaz de salvar-lhe a vida. Legalmente o açaime é exigido aos cães que se encontram à solta e pedagogicamente também. O que importa à Lei é que os cães não mordam em ninguém, para além disso, o que importa aos donos é que eles não comam nada que não devam ou que lhes faça mal. Face ao que acabámos de dizer, dono que se preze tem sempre um açaime para o seu cão. Não terá se porventura nunca o soltar e o animal fechar hermeticamente a boca no exterior, o que não é fácil de acontecer e requer treino aturado. Seguidamente enunciaremos algumas situações em que o uso do açaime poderá revelar-se indispensável com o cão solto, tendo a garantia prévia de que ele sempre volta quando é chamado, porque doutra maneira é criminosos soltá-lo.

Estando o cão solto perto de explorações agrárias é de todo conveniente que lhe se seja posto o açaime para que não venha a ser intoxicado ao ingerir pesticidas, herbicidas, adubos e outros tratamentos sólidos ou solúveis. Nos terrenos circundantes a explorações pecuárias, como prevenção, o açaime deve ser posto para que os cães para que não ataquem, firam ou matem qualquer tipo de gado. Quanto se solta um cão perto de uma zona industrial, o que não se aconselha devido aos múltiplos perigos e derramamentos, é imprescindível pôr-lhe também o açaime. Exige-se o mesmo cuidado nas áreas comummente concorridas por cães, onde por vezes não faltam iscas e a morte espreita (bosques, parques e jardins). O mesmo cuidado é exigível junto a parques de merendas, de campismo, em lixeiras e zonas pouco limpas – em todos os locais onde os cães instintivamente procuram comida valendo-se dos sentidos. Aos cachorros ou cães que têm por hábito abocanhar tudo o que apanham (paus, pedras, garrafas de plástico, latas de refrigerante, etc.), deve-lhes ser aplicado o açaime à entrada das áreas florestais.

Diga-se em abono da verdade e da salvaguarda da vida dos cães, que todos àqueles que ainda não aprenderam a recusar engodos, deverão ser açaimados quando isolados ou distantes do olhar dos donos, porque o perigo espreita, a estação é propícia e a maldade continua a sua senda até que este mundo acabe. Todo o cuidado é pouco e o açaime é tem-se revelado um precioso auxiliar - o melhor dos antídotos contra as intoxicações caninas.

OVELHA NO PRESSEGGER SEE

O Lago Pressegger See está situado no vale inferior de Gail, no Distrito de Hermagor, no estado da Caríntia, na Áustria, tem uma área de 55 hectares, é o nono maior lago da Caríntia e uma estância turística muito procurada. Günther Meier é um alemão radicado há 25 anos em Viena, canoísta nas horas livres e actualmente de férias no Lago Pressegger, onde nas suas margens toma habitualmente o pequeno-almoço. Ontem, por essa ocasião, um Pastor Alemão que um seu compatriota passeava à trela, ao passar por um rebanho de ovelhas, assustou-as e uma delas, tomada de pânico, entrou pelo lago adentro. Ao ouvir gritos de socorro e sem saber a princípio do que se tratava, o nosso amigo Günther meteu-se na canoa e fez-se imediatamente ao lago.

Dali a pouco viu uma alguma coisa a nadar e pensou tratar-se de um cão. Ao chegar mesmo perto percebeu que se tratava de uma ovelha, que de tão desorientada que estava, ao invés de nadar para a margem, antes se internava ainda mais no Lago, apesar de já enfraquecida. Ao ver a canoa, a ovelha quis entrar para dentro dela, mas tal não foi possível por ser aquela embarcação muito estreita. Não lhe restando outro remédio, o canoísta acompanhou-as, incentivou-as e guiou-as para terra, resgate que demorou cerca de 20 minutos. Ao verem a ovelha de volta sã e salva, os seus proprietários mostraram-se agradecidos e choraram. O salvador do animal mostrou-se feliz por ter podido útil e sentiu-se agradado por ter salvado a vida a um animal.

Este relato trouxe-me há memória um disparate ocorrido há quase duas décadas atrás na região saloia, quando uma senhora gaulesa casada com um português, decidiu pedir ao marido um rebanho de ovelhas Île-de-France, cujo número de cabeças já não recordo. Como viviam numa quinta com alguns hectares, o marido disse para a esposa que escolhesse o local para alojar as ovelhas e que não queria ter mais nada a ver com o assunto. A gaulesa, que não era nada versada na pecuária e muito menos na ovinicultura, acabou por cercar um terreno que tinha no seu meio uma represa. Escusado será dizer que bem cedo disse adeus ao seu rebanho! Dela, desta senhora, ainda aguardo o pagamento de uma camisa nova e o tratamento de uma dentada nas costas, obra de um cão seu, dito manso e que não fazia mal a ninguém!

QUANDO UM DOS NOSSOS CÃES DESAPARECE

Quando um dos nossos cães desaparece leva consigo uma parte de nós, da nossa vida, dos nossos afectos, do nosso engenho e suor, ainda mais se o ajudámos a crescer, constituímos binómio com ele e juntos alcançámos a cumplicidade necessária à interacção procurada. Sim, quando um cão morre, morre também parte do seu dono, que é sepultada no silêncio, na ausência e no vazio de quem perde um dos seus melhores amigos. Nenhum cão é insubstituível, todos são diferentes, o que torna cada um deles único e inigualável – uma perca ainda maior!

Contudo, quando a dor e o luto derem lugar às memórias felizes, veremos finalmente que essa perca não foi irreparável, que ainda poderemos recriar momentos igualmente únicos e radiantes, plenos de cumplicidade e afecto com um novo cão, experimentar com ele novas sensações e aventuras, até porque o mundo é dos vivos, não estamos cá para desistir e ainda temos muito para dar, trilhar e aprender. E, de um momento para o outro, libertos da pesada névoa do desgosto, repararemos então que à nossa volta, como se sempre estivessem ali, há milhares de cães que esperam por nós e neles encontraremos o nosso. Quem tem amor para dar não se fica pelo que deu, está sempre pronto a amar. Assim, a melhor maneira de honrar um cão desaparecido e superar o desgosto é procurar outro para preencher o seu lugar.

TODOS LEVARAM UMA VITÓRIA PARA CASA

Ontem todos os binómios levaram uma vitória para casa de acordo com o nível de ensino que atravessam, pormenor revelador do sucesso da sessão de treino. Com o retorno do calor fomos obrigados a aumentar os momentos de supercompensação e a retomar os trabalhos mais vezes que o normal. Na foto abaixo vemos a Julieta a fazer “à frente” com a Lexa, comando de difícil execução para a cadela atendendo ao seu perfil psicológico, mas que pouco a pouco, com o aumento de confiança na condutora, vai conseguindo executar.

Depois de alguns dias ausente, o Afonso voltou com a Nasha aos trabalhos e depararam-se com algumas surpresas. N foto seguinte vemos este binómio a executar à trela o comando de “à frente”, enquanto Fila-guia da classe.

De saudar também os regressos da Svetlana com o Vlad e do Tiago com o seu cachorro Doberman. Na foto abaixo vemos o grupo escolar a executar a dupla condução à trela, onde também se pode ver o Jorge Filipe Guerreiro, escolar e amigavelmente conhecido por “Charrôque”, na ocasião a conduzir o Soneca e a Bela (sê-lo-á das alturras e não das prrofundezas, porque o cão é dado aos pulos).

Talvez sonhando em ser clarim algum dia, o pequeno Pedro Mendonça subiu os bidões e pareceu “tocar a reunir”, num gesto irreverente igual a tantos outros que há muito nos acostumou. Desta vez o pau foi clarim, doutras foi porrete, faca e espada.

Na foto seguinte vemos o Nuno no momento da dupla condução à trela, quando tinha ao seu encargo a sua querida Bela e o endiabrado Soneca. A Bela parece dizer “tirem-me deste filme”, não porque temesse o Soneca, mas porque adora trabalhar com um pedaço de raiz de cana na boca e queria abocanhar um.

Por outro lado, a Bela foi a primeira cachorra do 1º grupo escolar a conseguir ultrapassar em segurança as verticais consecutivas de 60cm. A prová-lo está o GIF seguinte donde se destacam a biomecânica do animal e a convergência dos saltos que executa (sem necessidade, no salto final, o condutor exagerou na ajuda).

Apesar de ter ainda um longo caminho a percorrer em termos de ensino, o binómio Jorge/Soneca transpira disponibilidade, saúde e felicidade. Ontem foi convidado para a recente sequência de endurance que instalámos na nossa pista táctica e o resultado pode ser visto abaixo.

Ao binómio Afonso/Nasha foi pedido ainda mais: que vencesse todos os obstáculos da linha exterior junto com os da sequência de endurance. O percurso previsto foi vencido, a cadela alcançou nota 10 e o condutor nem tanto, porque na transição das linhas recuou a correr, o que só é possível em certas idades e que denota duas coisas: má colocação e atraso na mudança de mão, deméritos que a inexperiência sempre carrega. Não obstante, pelo esforço despendido e pelo acerto nos saltos, o Afonso está de parabéns.

Participaram nos trabalhos os seguintes binómios: Afonso/Nasha; Jorge/Soneca; José António/Vlad; Julieta/Lexa; Nuno/Bela; Svetlana/Vlad e Tiago/Doberman. Fomos pela 2ª vez consecutiva visitados pela família do Jorge, não temos tido novidades da Carla Costa e não pudemos contar com a presença da Sónia e do Shane porque a primeira foi a um casamento?! Provavelmente os donos da Doberman Bia e da Yorkshire Sky foram a banhos e não nos disseram nada. O Paulo Jorge trabalhou e fez a reportagem fotográfica, mostrando-se um tudo de nadinha mais activo. Amanhã retornaremos aos trabalhos.

PIADA PARA O FIM-DE-SEMANA: UM DACHSHUND LUTADOR

Dois vizinhos encontram-se nas traseiras das suas moradias e um diz para o outro que o seu Dachshund Waldi tem sido ultimamente um cão de combate. O outro, espantado e ao mesmo tempo céptico, pergunta-lhe como tal foi possível. A resposta do vizinho não se fez esperar: “Bem, há já alguns dias que ele está a lutar contra o excesso de peso!”

RANKING SEMANAL DOS TEXTOS MAIS LIDOS

O Ranking semanal dos textos mais lidos obedeceu à seguinte preferência:

1º _ OS FALSOS PASTORES ALEMÃES, editado em 24/02/2015

2º _ HÍBRIDO DE CHOW-CHOW/PASTOR ALEMÃO: MÁQUINA OU DESASTRE?, editado em 11/05/2016

3º _ SÓNIA & SHANE, PEQUENINOS E QUEM NASCEU PARA SER GRANDE, editado em 19/07/2020

4º _ O QUE NOS RESERVA O PITSKY, editado em 03/04/2017

5º _ O QUE APOQUENTA A DOGS TRUST, NÃO NOS INCOMODA, editado em 21/07/2020

6º _ O CÃO AZUL: O SANTO GRAAL DO CPA, editado em 30/05/2016

7º _ SUBIR A FASQUIA PARA 110 CM E PARA O BERÇO, editado em 23/07/2020

8º _ REGRAS PARA EVITAR O ROUBO DE CÃES E NÃO SÓ, editado em 23/07/2020

9º _ O FUTURO NO PRESENTE, editado em 22/07/2020

10º _ PASTORES ALEMÃES LOBEIROS: O QUE OS TORNA ESPECIAIS, editado em 02/11/2015

TOP 10 SEMANAL DE LEITORES POR PAÍS

O TOP 10 semanal de leitores por país ficou assim ordenado:

1º Portugal, 2º Brasil, 3º Estados Unidos, 4º Emiratos Árabes Unidos, 5º Alemanha, 6º Reino Unido, 7º Suíça, 8º Irlanda 9º Angola e 10º Espanha.

SEQUÊNCIA PARA VALENTES

Afinal os Rhein-Möselring ainda mexem! No GIF acima vemos o CPA Bohr a vencer uma sequência de obstáculos para valentes, constituída por uma vertical crua com 1 metro de altura, um berço de 85x100cm e uma vertical de 110cm. Hoje a Bela (na foto seguinte), a nossa menina Barrocal, completou 4 meses de idade e celebrou-os da melhor maneira possível ao vencer por iniciativa própria as verticais de 60cm. Parabéns Bela e parabéns Nuno, que a vossa amizade perdure por muitos e bons anos.

Participaram nos trabalhos de hoje os seguintes binómios: Julieta/Lexa; Luis/Zé; Nuno/Bela e Paulo/Bohr. O Jorge compareceu mais uma vez à bricolage e o Paulo Jorge, o coxinho de Santa Efigénia teve que dar corda aos sapatos. Amanhã lá estaremos no mesmo lugar e à hora do costume para retomar os trabalhos.

REGRAS PARA EVITAR O ROUBO DE CÃES E NÃO SÓ

Através do DublinLive online de hoje, ficámos a saber que o rapto de cães subiu 50% nos últimos dois anos em Dublin, número que ultrapassou as duas centenas de animais. Alguns destes cães são vendidos online e outros requisitados por criadores ilegais. Atendendo ao que representam estes animais para os donos, entendem as autoridades envolvidas diferenciar o roubo de animais dos restantes, o que ainda não acontece.

Roubar um cão para depois exigir um resgate aos donos, que na língua inglesa merece o termo de “dognapping”, não é coisa exclusiva da Irlanda, pois há muito que sucede em Portugal, ainda que esporadicamente, em áreas específicas e por gente historicamente acostumada a desenrascar-se à margem da lei. Com a nova crise económica que se abateu sobre nós graças à pandemia, com o aumento exponencial do desemprego e o maior empobrecimento das famílias, sabendo-se que “a ocasião faz o ladrão”, vamos aqui adiantar algumas normas capazes de impedir o roubo de cães.

Todos temos noção que o conhecimento prévio, a familiarização e o suborno dos cães facilitam o trabalho aos seus ladrões e raptores, pelo que importa respeitar na íntegra as seguintes normas: 1 – Sob circunstância nenhuma divulgue o nome do seu cão na via pública para que outros não venham a chamá-lo; 2 _ Pelas mesmas razões, não ponha na chapinha da coleira do animal o seu nome, opte por pôr o seu número de telefone; 3 _ Nunca o passe para as mãos de outros para além dos seus familiares, mesmo que seja por pouco tempo, para que não se acostume a ser conduzido por estranhos e a aceitar a sua autoridade; 4 _ Conduza-o ordinariamente à trela no exterior e perante a necessidade de soltá-lo, nunca permita que se afaste de si para além de 2 metros, o que dificultará o seu roubo; 5 _ Não consinta que ninguém lhe dê biscoitos ou outros alimentos, porque o suborno é o primeiro responsável pelo rapto dos cães; 6 _ Não passe os brinquedos do animal para as mãos de estranhos e muito menos consinta que os usem para brincar com o cão; 7 _ Não seja ingénuo, não divulgue a quem não conhece os hábitos e comportamentos do seu cão.

Todavia, a maior parte dos cães roubados e raptados, acontece quando se encontram sozinhos em quintas, jardins e quintais, circunstâncias que aumentam substantivamente a sua vulnerabilidade. Nestes casos, a maior parte das medidas preventivas passa pelo treino prévio para essas situações, tanto doméstico como escolar. As regras a seguir são: 1 _ Não deixe o seu cão comer no chão, acostumando-o deste tenra idade a comer e a beber em comedouros e bebedouros reguláveis, que vão subindo de acordo com o crescimento vertical do animal; 2 – A distribuição da comida caberá sempre que possível à mesma pessoa; 3 _ Não consinta que gente estranha ou trabalhadores eventuais lhe dêem de comida, ele só deve comer debaixo de ordem e isso é uma incumbência do seu dono a quem cabe protegê-lo; 4 _ Jamais saia de casa sem o alimentar convenientemente, para que melhor resista ao “convite para o petisco”; 5 _ É proibido dar-lhe ou deixar-lhe comida no local onde vai ficar; 6 _ Ensine-o a recusar engodos, tanto os estendidos como os largados (dados à mão ou deixados no chão); 7 _ Providencie no local um refúgio para onde o cão possa escapar-se e permanecer em segurança;

8 _ Se possível ensine-o a escorraçar intrusos, o que será bom para a segurança do cão e de todos; 9 _ Não o repreenda quando sinalizar a aproximação de estranhos ou intrusos; 10 _ Condicione-o a afastar-se de portões e cercas onde poderá mais facilmente ser intoxicado, laçado, roubado e até eliminado; 11 _ Se o local onde o costuma estar precisar de reparação ou manutenção, o melhor que há a fazer é retirá-lo do local durante o período das obras, para que não se acostume a conviver com desconhecidos, o que poderá ser-lhe fatal; 12 _ Exige-se o mesmo procedimento quando os donos de casa são objecto de visita; 13 _ Na eventualidade de alguma criança ter permanecido no local reservado ao cão, é obrigatório passá-lo minuciosamente em revista, para que não haja a mínima hipótese de ali ficar qualquer resto de comida, o que outra coisa não seria do que uma verdadeira tentação para o cão e um atentado á sua salvaguarda; 14 _ Todos os procedimentos relativos à salvaguarda dos animais carecem de constante reavivamento, porque doutro modo, ao serem antinaturais, depressa serão esquecidos. As regras aqui adiantadas podem impedir o seu cão de ser roubado, raptado ou eliminado e nós estamos cá para ajudá-lo a instituí-las.