Na cidade sul-africana de Ladysmith, que recebeu esse nome por
causa da esposa espanhola do Tenente-General Harry Smith, no distrito de
Uthukela de KwaZulu-Natal, que fica a 230 km a noroeste de Durban e a 365 km a
sul de Joanesburgo, é proibido ter cães acorrentados. Ao dono que for
surpreendido em infracção ser-lhe-á retirado o cão até que o seu quintal se
encontre vedado e tenha condições para o animal lá poder andar à solta. A
fiscalização conta com o apoio da AACL
(Animal Anti-Cruelty League Ladysmith
KZN), que promete não abrir excepções e denunciar todos os casos às
autoridades.
Quanto ao General Sir Harry
Smith e à sua esposa espanhola por detrás do nome da cidade, tratou-se de um
militar britânico de grande craveira, que combateu nas Guerras Peninsulares às
ordens de Wellington, tendo combatido depois disso nos Estados Unidos, na
África do Sul e na Índia, vindo a morrer em solo pátrio a 12 de Outubro de
1860.
Em 1812, quando cercava
Badajoz com as forças luso-britânicas, conheceu a nobre Juana María de los Dolores
de León, com quem acabaria por casar e que daí em diante passou a acompanhá-lo em
todas as suas campanhas, senhora a quem o Duque de Wellington tratava
carinhosamente por “Juanita” e que sempre foi idolatrada pelos soldados.
Voltando ao assunto dos
cães acorrentados, o confisco dos animais parece-nos correcto, porque os cães
presos à corrente e excessivamente confinados desenvolvem anomalias físicas que
atentam contra a sua biomecânica, saúde e bem-estar, havendo casos em que chegam
a abraçar a automutilação. Para além disso, a corrente torna-os mais agressivos
e senhores do seu espaço, podendo torná-los profundamente anti-sociais e altamente perigosos.
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