Um homem lá para os lados da
Cidade de Ruthin, no Condado de Denbighshire, a sul do Vale do Rio Clwyd, na
zona norte do País de Gales, tem uma fazenda onde trabalha 365 ou 366 dias por ano
de sol-a-sol, tirando dali o seu sustento graças à agricultura e à pecuária.
Sabendo que as gentes citadinas tendem a admirar a paisagem campestre e não
querendo criar-lhe obstáculos, abriu quatro caminhos na sua fazenda para que
desfrutem do campo e do cenário gaulês livremente.
Não obstante, ano após ano,
sempre é surpreendido por cães soltos que perseguem as suas ovelhas,
causando-lhes stress, ferimentos e até a morte, o que implica graves perdas e
compromete de sobremaneira o sustento deste agricultor que, quando chama à
atenção de algum proprietário canino descuidado ou abusador, recebe repetidamente
como troco frases do género: “ Vai-te f…., o meu cão pode correr por onde ele
quiser!” (onde é que eu já vi e ouvi isto?), respostas que não lhe agradam e
que o irritam, como se já não bastasse que lhe desrespeitassem a fazenda e
necessitasse ainda de ser insultado. O desafortunado agricultor e ovinicultor
chama-se Dyfan Jones e não é o único a queixar-se desta situação no Reino
Unido.
Recentemente e para cúmulo
do seu desespero, um cão solto invadiu uma das cercas e começou a perseguir desalmadamente
uma das suas ovelhas que se encontrava isolada. O cão, pertença de uma mulher
que não o controlava devidamente, foi dificilmente apanhado por ela alguns longos
minutos depois. Diante do ocorrido e perante o dono do animal perseguido, a
mulher desfez-se em desculpas, o que para o caso pouco adiantou. Profundamente
revoltado com o sucedido, Dyfan Jones registou-o num vídeo com 2 minutos de
duração e postou-o num fórum, onde rapidamente se tornou viral (foi visto mais
de 1 milhão de vezes), acabando por removê-lo depois que aquela mulher começou
a receber ameaças de morte, já que a sua intenção era apenas educar o público,
mostrar o danos nos animais e o prejuízo causado aos seus proprietários.
Entretanto, o caso chegou
ao conhecimento do Sargento Rob Taylor (na foto baixo), primeiro responsável da
“North Wales Police’s Rural Crime Team” (Equipa de Polícia para Crimes Rurais
de Gales do Norte) chegando-se a um consenso: o agricultor desistia da queixa a
troco de dona e cão frequentarem um curso de adestramento canino, e assim aconteceu.
Se o agricultor não desistisse da queixa e não imperasse o bom senso, o abate
daquele pequeno cão, algo parecido com um Cocker, poderia acontecer caso a sua
dona fosse processada por crime.
Estou perfeitamente de
acordo com o Sr. Dyfan Jones e compreendo-o, porque também assistimos aqui a iguais
situações desesperadas e ouvimos as mesmas verborreias, apesar da aplicação da
lei não ser nada macia. O problema é que invariavelmente os ovinicultores
chegam tarde de demais, depois do estrago, quando de donos e cães já não há
rasto. O fado permanece o mesmo: antigamente os pastores viam-se obrigados a
defender os rebanhos dos lobos e agora vêem-se obrigados a livrá-los de certos
cães e donos! Há que estar atento. Haja paciência que problemas não nos faltam!
Sem comentários:
Enviar um comentário