sexta-feira, 6 de abril de 2018

I AGREE WITH MR. DYFAN JONES, THE WELSH FARMER

Um homem lá para os lados da Cidade de Ruthin, no Condado de Denbighshire, a sul do Vale do Rio Clwyd, na zona norte do País de Gales, tem uma fazenda onde trabalha 365 ou 366 dias por ano de sol-a-sol, tirando dali o seu sustento graças à agricultura e à pecuária. Sabendo que as gentes citadinas tendem a admirar a paisagem campestre e não querendo criar-lhe obstáculos, abriu quatro caminhos na sua fazenda para que desfrutem do campo e do cenário gaulês livremente.
Não obstante, ano após ano, sempre é surpreendido por cães soltos que perseguem as suas ovelhas, causando-lhes stress, ferimentos e até a morte, o que implica graves perdas e compromete de sobremaneira o sustento deste agricultor que, quando chama à atenção de algum proprietário canino descuidado ou abusador, recebe repetidamente como troco frases do género: “ Vai-te f…., o meu cão pode correr por onde ele quiser!” (onde é que eu já vi e ouvi isto?), respostas que não lhe agradam e que o irritam, como se já não bastasse que lhe desrespeitassem a fazenda e necessitasse ainda de ser insultado. O desafortunado agricultor e ovinicultor chama-se Dyfan Jones e não é o único a queixar-se desta situação no Reino Unido.
Recentemente e para cúmulo do seu desespero, um cão solto invadiu uma das cercas e começou a perseguir desalmadamente uma das suas ovelhas que se encontrava isolada. O cão, pertença de uma mulher que não o controlava devidamente, foi dificilmente apanhado por ela alguns longos minutos depois. Diante do ocorrido e perante o dono do animal perseguido, a mulher desfez-se em desculpas, o que para o caso pouco adiantou. Profundamente revoltado com o sucedido, Dyfan Jones registou-o num vídeo com 2 minutos de duração e postou-o num fórum, onde rapidamente se tornou viral (foi visto mais de 1 milhão de vezes), acabando por removê-lo depois que aquela mulher começou a receber ameaças de morte, já que a sua intenção era apenas educar o público, mostrar o danos nos animais e o prejuízo causado aos seus proprietários.
Entretanto, o caso chegou ao conhecimento do Sargento Rob Taylor (na foto baixo), primeiro responsável da “North Wales Police’s Rural Crime Team” (Equipa de Polícia para Crimes Rurais de Gales do Norte) chegando-se a um consenso: o agricultor desistia da queixa a troco de dona e cão frequentarem um curso de adestramento canino, e assim aconteceu. Se o agricultor não desistisse da queixa e não imperasse o bom senso, o abate daquele pequeno cão, algo parecido com um Cocker, poderia acontecer caso a sua dona fosse processada por crime.
Estou perfeitamente de acordo com o Sr. Dyfan Jones e compreendo-o, porque também assistimos aqui a iguais situações desesperadas e ouvimos as mesmas verborreias, apesar da aplicação da lei não ser nada macia. O problema é que invariavelmente os ovinicultores chegam tarde de demais, depois do estrago, quando de donos e cães já não há rasto. O fado permanece o mesmo: antigamente os pastores viam-se obrigados a defender os rebanhos dos lobos e agora vêem-se obrigados a livrá-los de certos cães e donos! Há que estar atento. Haja paciência que problemas não nos faltam!

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