Da Turquia, a quem os
ingleses chamam de “peru”, dos finados Impérios Romano e Bizantino, país
longínquo e misterioso, sobre o qual sempre recai alguma suspeita e que reclama
estar no centro do Mundo, onde a Europa se esfuma e a Ásia começa, terra natal
do grande molosso Kangal (Sivas Kangal köpeği) e outrora destino dos judeus
sefarditas em fuga, poucos leitores temos, o que não causa estranheza a ninguém,
já que mais de 90% dos turcos são muçulmanos praticantes e como tal, os cães
são para eles animais impuros. Hoje, porque não são leitores muito assíduos,
tivemos 3 visitantes turcos e decidimos mencionar o seu interesse por nós,
adiantando-lhes desde já o nosso mais sincero bem-vindo, sem sabermos se serão
de origem arménia, curda, sefardita, yazídi ou outra.
A antiga cidade de
Constantinopla (cidade de Constantino), hoje Istambul, que foi capital do Império
Romano, do Império Bizantino e do Império Latino, antes de ser conquistada
pelos turcos, ainda conserva alguns dos seus faustos monumentos, salientando-se
entre eles a Basílica de Santa Sofia, dedica à Segunda Pessoa da Trindade, que
depois de ser conquistada pelo Império Otomano, em 1453, por ordem do Sultão
Mehmed II, passou a mesquita, sendo adulterada com estruturas islâmicas como o “mihrab”,
o “mimbar” e os quatro minaretes.
Há muito para ver na
Turquia, porque o país é grande em extensão e história, pleno de contrastes e
rico em paisagens, inclusive algumas inigualáveis, como é o caso da Capadócia,
onde parecemos ter chegado a outro planeta. Ir até à Turquia é levar um banho
de oriente, acompanhar a evolução missionária do cristianismo nos seus
primórdios e conhecer lugares bíblicos citados no Antigo e Novo Testamento. A
quem não se interessa por história e religião, não faltarão motivos de interesse
neste país, que sabe receber e tem muito para oferecer, que tem tanto de
antigo como de moderno, apesar de ter alguma dificuldade em se manter pacífico.
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