segunda-feira, 2 de outubro de 2023

BINÓMIOS DA NATO NA LITUÂNIA

 

Onze (11) binómios militares de 11 nações aliadas da NATO reuniram-se em KAUNAS, na LITUÂNIA, no dia 12 do corrente mês para treino táctico-prático como parte do exercício ENGINEER THUNDER 23. Imagens divulgadas por esta Aliança mostram binómios aliados a trabalhar no ESTÁDIO DARIUS E GIRENAS. Os cães para ali destacados foram usados na detecção de explosivos e sujeitos a treino físico, sendo depois convidados para momentos de supercompensação.

O soldado lituano Zovile, convidado a pronunciar-se sobre o desempenho dos binómios, disse a propósito: “Temos os cães e eles fazem a maior parte do trabalho. É claro que precisamos dar-lhes instruções, mas eles usam o nariz, os sentidos e devem mostrar-nos onde estão os explosivos". “É sempre bom ver como os tratadores de outros países comunicam com os seus cães e como trabalham com eles. Portanto, não só podemos fazer exercícios diferentes, ter ideias diferentes, mas também obter muita experiência a partir de outros tratadores que podem estar a trabalhar há mais tempo, os problemas que tiveram e como os resolveram”.

Os cães de trabalho militares fazem parte das forças da NATO e segundo esta desempenham funções na polícia militar, na engenharia e nas unidades de operações especiais aliadas. Zovile continua: “É muito, muito importante para mim. Somos um apoio aos soldados de outras nações e da nossa própria nação. Queremos proteger a vida. Queremos proteger o território, os edifícios e assim por diante. Esta é uma brincadeira na companhia de um cão. E é muito, muito importante brincarmos juntos, o condutores e os cães. E depois disso, quando encontra os diferentes tipos de explosivos, cada cão fica muito feliz porque sabe que vai ter a oportunidade de brincar junto com o seu tratador/condutor.”

“O trabalho do cão é com o nariz, e isso não se consegue, no meu ponto de vista, com uma máquina. Essa é, para mim, a maior diferença entre ele e uma máquina. E também, como eu disse antes, você tem uma ligação afectiva com o seu cão. Eu gosto mais deste tipo de trabalho porque posso brincar com eles (cães). Com uma máquina você não pode brincar. Você faz o seu trabalho, coloca-a numa caixa e pronto. Aqui você nunca termina. Você está sempre ocupado com o seu cão e é disso que eu gosto”, rematou o mesmo soldado.

Os cães militares, também conhecidos como “cães de guerra” (o tema é delicado e importa não ferir susceptibilidades), são dignos do nosso maior apreço e respeito, porque foram ludibriados mediante o treino para tarefas relacionadas com a segurança pública e a guerra, avançando para as distintas missões para poupar vidas humanas. Durante as duas guerras mundiais ocorridas no século passado e nos conflitos que continuam a ocorrer nos nossos dias, muitos já foram deixados para trás e abandonados à sua sorte, feridos, amputados e abatidos. Alguns chegam a receber medalhas pelo seu sacrifício, mas como não sabem para que servem, não lhes dão grande atenção! E porque são amigos que morrem nós e soldados como os outros, sempre que vejo passar algum, perfilo-me comovido por breves momentos, apesar de todos eles serem apátridas por incompreensão.

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