Dados
fornecidos pelo governo britânico dizem que há mais de 3.000 cães proibidos a
viver em lares na Inglaterra, Escócia e País de Gales. Na sequência de um
pedido de liberdade de informação, a BBC obteve dados do Departamento de
Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais (Defra) que mostraram que 3.499 cães
proibidos estão registados, sendo 3.316 deles em Inglaterra. A maioria dos cães
são pit bull terriers, com 149 cães proibidos no País de Gales e 13 na Escócia.
Actualmente no Reino Unido, segundo a Defra, existem quatro raças de cães que
estão na lista de proibidos da Lei de Cães Perigosos, incluindo o Pit Bull Terrier,
o Tosa Japonês, o Dogue Argentino e o Fila Brasileiro.
Estas
raças de cães não podem ser adquiridas aos proprietários, a menos que sejam
incluídas no índice dos cães isentos, obtido se o tribunal considerar que determinado
cão não representa um perigo para o público. No mês passado, após uma série de
ataques, o primeiro-ministro Rishi Sunak disse que os cães American XL-Bully
seriam adicionados à lista dos Cães Perigosos até o final do ano, tratando a
raça como “perigo para nossas comunidades”. No início deste mês, uma mulher
ficou ferida depois de ser atacada por seu próprio XL-Bully em Norfolk. No mês
passado, Ian Price, um homem de 52 anos de Staffordshire, morreu no hospital
após ser atacado por dois cães da mesma raça.
Em
novembro do ano passado, Jack Lis, de 10 anos, foi morto por um XL-Bully
enquanto estava na casa de um amigo em Gales do Sul. Os donos do cachorro, Amy
Salter e Brandon Haydon, foram presos como resultado do ataque. O Secretário do
Meio Ambiente disse esta semana que o governo do Reino Unido está “muito perto”
de apresentar a proposta de proibição da raça (de que estará à espera, de
mandá-los para a Ucrânia e lançá-los aos russos?). Therese Coffey disse
acreditar que uma “boa definição” do tipo de cão foi acordada, com apenas
“algumas outras coisas”, como compensação, que precisam ser aprovadas. Coffey
disse que o governo do Reino Unido estimou que havia cerca de 10.000 American
XL-Bully no Reino Unido, enquanto a instituição de caridade para animais Blue
Cross sugeriu que eram ainda mais, cerca de 15.000.
Estamos no Reino Unido perante um imbróglio
político que ao invés de se preocupar com a natureza violenta destes cães,
vendidos como “anjinhos de 4 patas”, antes quer ir de alguma forma possível ao
encontro dos seus proprietários, que atendendo ao seu número, são muitos
eleitores. Para mim, que sou português e pouco doto, todos os cães de raças
consideradas perigosas deveriam ser examinados. Os verdadeiramente perigosos
deveriam ser eliminados e os não-perigosos esterilizados, para que deles não
resultasse qualquer remanescente perigoso. Em simultâneo, a importação destas
raças deveria ser proibida. Todavia, aguardo com alguma ansiedade o parecer do
Governo de Sua Majestade presidido pelo Mr. Sunak.
PS: Em Portugal já existem alguns exemplares desta raça, alguns descritos oficialmente por cães sem raça definida, o que dificulta e dificultará o seu controlo. Estes animais pertencem geralmente a gente jovem e solteira, acabando depois nas mãos dos seus pais, quando mudam de estado civil ou por razões laborais, donos de substituição que geralmente apresentam uma dificuldade enorme em controlar estes matulões caninos, pondo assim em risco a segurança dos demais cidadãos.
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