quarta-feira, 11 de outubro de 2023

BREMEN E OS CÃES

 

Os cães são mais populares em Bremen do que em qualquer lugar na Alemanha, apesar de terem ali custos mais elevados. Vivem Mais de 10 milhões de cães na Alemanha e cerca de 100.000 estão em Bremen e Bremerhaven, razão mais do que suficiente para se olhar sobre alguns números acerca de cães neste estado alemão. Ficou a saber-se que Bremen é o estado teutónico com mais cães através da pesquisa representativa realizada pela PET SUPPLIES INDUSTRY SSOCIATION e pela ASSOCIAÇÃO CENTRAL DE EMPRESAS ZOOLÓGICAS ALEMÃES, que disse ali haver 14.700 cães para 100.000 habitantes, mais do que em qualquer outro lugar.

O estado de Thüringen também pode ser descrito como apaixonado por cães, com cerca de 14.000 cães por 100.000 habitantes, número acima do verificado em Berlim, onde existem 13.700 cães por 100.000 habitantes. No estado de Saarland existem apenas 10.000 cães para cada 100.000 habitantes. Seja qual for a razão pela qual o povo de Bremen é tão afeiçoado aos cães, não será certamente pelo valor do seu imposto, pelo menos na cidade de Bremen, porque 150 euros anuais por cão não é o mais barato da Alemanha, uma vez que em Oldenburg paga-se 108 euros, em Hamburgo 90 e em Berlim de 120, apesar de haver cidades onde a quantia a pagar pelo imposto sobre cães é mais elevada, como em Delmenhorst, por exemplo, que é de 156 euros por ano. Nada comparado com Mainz, onde se paga com 186 euros por cão. Melhor estão os donos de Bremerhaven, que pagam apenas 90 euros.

Os cães são grandes companheiros, mas também custam muito dinheiro (comida; brinquedos; impostos e consultas veterinárias). De acordo com uma lista do portal 'heimwerker.de', ao longo da vida de um cão que viva em média de 13 anos são gastos mais de 15.000 euros. Valor que inclui custos únicos, bem como custos contínuos. Para avaliar os custos médios, o portal criou estimativas baseadas em dados de fontes como a revista A HEART FOR ANIMALS, a SEGURADORA ALIANZ e o fabricante de rações FRESSNAPF, salientando no entanto que podem surgir custos adicionais para animais de raça pura, equipamentos especiais ou operações complicadas. Os custos veterinários podem ser particularmente significativos, especialmente se as operações estiverem já previstas. E como as taxas tendem a aumentar, a vacinação de um cão pode aumentar exponencialmente para o final/início de cada ano.

Diante destes dados, uma vez que os gastos com cães em Portugal tendem a ser iguais e em muitos casos superiores aos verificados na Alemanha (importamos quase tudo e as lojas dos chineses continuam a socorrer os mais aflitos). Lá e cá ter um cão, não é para quem quer, mas sim para quem pode. Diante dos actuais custos, compreende-se agora por que razão os nossos reformados têm pequenos cães mestiços, rústicos, não braquicéfalos, que raramente excedem os 5 kg de peso, que são pouco exigentes de alimentação, não licenciados e que raramente vão ao veterinário. Debaixo destas condições, só por milagre poderiam ter um exigente e sensível cão com pedigree, mantê-lo saudável e garantir-lhe a sua esperança média de vida. E o mais curioso disto tudo, é que quem não pode daria tudo do bom e do melhor ao seu cão e quem pode remete-se apenas às despesas essenciais. Será por causa disto que também há ricos e pobres? De uma coisa não tenho dúvidas: as paixões pode matar!

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