MISTÉRIO NA TASMÂNIA

 

Um homem morreu depois de ser atacado pelo seu cão na ilha e província australiana da Tasmânia. A polícia da Tasmânia disse que o homem de 66 anos e uma mulher de 64 foram atacados pelo seu cão na noite do passado domingo (ontem) dentro de sua casa em Allens Rivulet, ao sul de Hobart. A polícia e os serviços de emergência foram chamados ao local por volta das 22h40. O inspector de polícia local, Colin Riley, disse que "o homem sofreu ferimentos graves na parte inferior das pernas e que foi infelizmente declarado morto no local". “A mulher foi transportada para o Hospital Royal Hobart com ferimentos graves nos membros inferiores”, disse o mesmo inspector Riley.

“A polícia foi avisada por um vizinho que ouviu o barulho. O cão foi sacrificado no local por um responsável pelo manejo de animais da câmara local. “Os nossos pensamentos estão com os entes queridos do homem neste momento difícil.” O inspector Riley disse que a polícia está “muito grata por mais ninguém ter ficado ferido, incluindo a sua própria equipa e o pessoal dos serviços de emergência”. O “animal de estimação amado da família voltou-se contra eles”. O mesmo inspector disse que a tragédia aconteceu “numa família que tinha um animal de estimação querido e, infelizmente, se voltou contra eles originando resultados trágicos”. “Um ferimento significativo como este, que deixa uma pessoa falecida e outra hospitalizada, é muito raro na Tasmânia. Para ser honesto, não consigo lembrar-me da última vez que algo assim ocorreu.” Gary Arnold, gerente geral do conselho local de Kingborough, disse que “as indicações iniciais” mostraram que o cão não estava registado, mas que os registros do conselho estavam a ser verificados. "Não tenho conhecimento de nenhum ataque recente que tenha resultado em ferimentos e certamente nenhum em morte." Enquanto as investigações decorrem, espera-se o relatório da autópsia.

Como se pode ver, a notícia divulgada pela Australian Broadcasting Corporation (ABC) online, publicada há algumas horas atrás, não é rica em pormenores sobre o cão agressor, a sua instalação doméstica e a causa provável da sua agressão, tampouco se havia sido criado naquela casa ou há quando tempo nela se encontrava. Todavia, penso que não estamos a falar de um Chihuahua ou de um Yorkshire Terrier que jamais conseguiriam desfechar golpes capazes de matar um ser humano, sendo mais natural tratar-se de um cão maior e mais pesado, puro ou cruzado, de uma raça com alguma potência de mordedura. O facto de Allens Rivulet, lugar onde tudo aconteceu, ser uma localidade residencial rural, fundada apenas em 1971 e que em 2021 tinha apenas uma população de 506 pessoas, parece dar crédito à existência de um cão com as características acabadas de mencionar. Há algum mistério ou encobrimento nesta história, dúvidas que poderão vir a ser reveladas pela sexagenária sinistrada, se ela assim o entender. Por outro lado, o facto do cão ter atacado as vítimas na parte inferior das pernas, tanto pode indiciar que o animal não era muito grande ou que se encontrava preso, impedindo-o assim de se projectar contra os sexagenários, não sendo também de excluir a hipótese das vítimas terem fugido na sua frente. Aguardam-se mais esclarecimentos, sem alguém os quiser prestar!