Helen
Smith, uma escocesa de West Lothian, pretende comemorar o seu 50º aniversário a
pedalar 10.000 km para angariar dinheiro para uma instituição de caridade que
lhe é querida, a Guide Dogs Scotland, pedalando deste do Cairo no Egipto até à
Cidade do Cabo na África do Sul, o que fará no próximo ano. Para realizar este
seu desejo, Helen vai tirar um ano sabático do seu trabalho na “Leonardo”, em
Edimburgo. Amante de cães, ela sabe o quanto a Guide Dogs Scotland é importante
para as pessoas com perca de visão e o trabalho árduo que é necessário para
treinar os animais.
Confessa-se
ansiosa pela viagem em janeiro e o calor de 40 graus será o maior desafio que
irá ter de suportar em cima da bicicleta. Helen disse ao jornal Courier: Do
Cairo à Cidade do Cabo é o maior ciclo da viagem – estou a pedalar por um
continente inteiro. Eu sempre quis ir ao Egipto e ver as Pirâmides, fazer um
safari na Tanzânia e ver os animais, ver as Cataratas Vitória e o Botsuana, há muitas
coisas na minha lista de desejos que posso marcar. Andar de bicicleta também
significa ver as coisas ao nível do solo. É muito diferente. “Ao pedalar, você
vai rápido o suficiente para percorrer os quilômetros, mas lento o suficiente
para realmente absorver tudo. Portanto, trata-se também de me desafiar e fazer
algo diferente e único e chegar ao fim e dizer ‘uau, consegui pedalar todo este
caminho’”.
Helen disse que decidiu ajudar os cães-guia porque tem plena consciência do que isso significa para as pessoas que aquela instituição de caridade ajuda. Referindo-se ainda à viagem disse: “Por ser uma viagem tão grande, pensei que seria um desperdício se não tentasse fazer algo de caridade. “Eu investiguei algumas instituições, mas sou louca por cães. Como tive os meus próprios cães, então decidi fazer algo que fosse de alguma forma ligada a eles (cães-guia), animais que pelo que fazem, fazem tudo valer a pena. Acho incrível como se pode treinar um cão para ser os olhos de alguém que tem perca de visão ou visão restrita e devolver-lhe a independência que perdeu, e eu sei o quão difícil pode ser treinar cães.” Esta ciclista entusiasta que já percorreu trilhos no Peru, no Vietname e nos Himalaias, sai do Cairo no dia 12 de janeiro e deverá chegar à Cidade do Cabo em maio, admitindo que andar de bicicleta com a humidade e o calor africanos irá ser “muito difícil”. “Eu viajo no dia 30 de dezembro para me aclimatar um pouco ao calor e poder pedalar em qualquer temperatura de até 40 graus, o que não deixa de ser assustador, mas espero que o cenário me distraia um pouco”, disse confiante. Assim são os escoceses, sempre loucos e desportistas, umas vezes por boas causas, outras nem tanto.
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