sexta-feira, 6 de outubro de 2023

QUANTO VALE A VIDA DE JACQUELINE BILLINI PARA OS POLÍTICOS NORTE-AMERICANOS?

 

A venda livre de armas de fogo nos Estados Unidos, para além de aumentar exponencialmente o crime e de subsidiar recorrentes tiroteios, dá também a possibilidade aos suicidas de poderem escolher quem querem levar consigo. Perante tamanho desrespeito pela vida humana, vale a pena perguntar aos políticos norte-americanos quanto vale a vida de um dos seus cidadãos? Provavelmente nada, como a de Jacqueline Billini (na foto seguinte), morta a tiro na noite da passada sexta-feira quando passeava o seu cão no bairro de Washington Heights, bairro onde é visível alguma instabilidade social (estou a ser simpático e pouco preciso). Segundo disse Joseph Kenny, chefe dos detectives policiais durante uma entrevista colectiva realizada anteontem, quarta-feira, a senhora Bellini, de 57 anos, pediu ao seu amigo Levaughn Harvin que a acompanhasse no passeio porque temia um vizinho. A polícia identificou o vizinho de Billini como sendo Lenue Moore e disseram que ele abordou as vítimas e o Pitbull na West 165th Street e na Edgecombe Avenue, disparando vários tiros antes de fugir a pé. A mesma polícia fez saber que Moore já tinha partido um braço a Billini com um martelo e esfaqueado um de seus cães, acções que os amigos da falecida condenam e pedem justiça, querendo há muito ver Moore atrás das grades.

Billini e Harvin foram baleados na cabeça e levados à pressa para um hospital próximo, onde morreram. O pitbull foi também baleado e morreu no local. “O que quer que tenha acontecido com ela é inédito. Estou de coração partido. Sinto-me insegura”, disse Tiffany Braby, vizinha de Billini. A família de Billini iniciou um GoFundMe para recolher dinheiro para as despesas funerárias. As suas filhas dizem que a sua mãe era uma “moradora notável de Washington Heights, conhecida pelo seu espírito vibrante, riso contagiante e natureza compassiva”. “Todas as manhãs, todas as tardes, ela tinha um sorriso no rosto. Ela era o ser humano mais lindo e incrível”, disse Braby. Aqueles que conheceram e amaram Billini esperam que ela seja lembrada pela pessoa que era e não pelas trágicas circunstâncias da sua morte. “É assim que me vou lembrar dela - uma pessoa poderosa - daquelas que tiraria a camisa das costas para dar a qualquer um”, disse uma amigo da vítima. A polícia ainda está ainda à procura de Lenue Moore (na foto abaixo) e espera receber informações sobre seu paradeiro através da linha directa do combate ao crime.

Apesar de nada ter sido dito e confirmado oficialmente, é possível que o rastilho para este assassínio tenha resultado de um conflito anterior, havido entre o cão da senhora e o inflamado afro-americano em fuga. Espero que as autoridades portuguesas, ao contrário das norte-americanas, não cedam, como até aqui, aos lobbies da indústria do armamento, porque já somos uma pequena América ou um Brasil em miniatura, mas com uma diferença – ainda não se vendem armas aqui como Lollipops (chupa-chupas). Lamenta-se a morte de Jacqueline Billini, que teve o azar de nascer numa terra onde os cowboys são eternos!

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