As
equipas de resgate alemãs do Estado do Hessen andam à procura de cachorros para
as suas fileiras através de castings para selecção, porque alguns binómios no
activo sempre acabam por ser dispensados, nomeadamente quando os cães
envelhecem ou os donos deixaram de ter disponibilidade para este meritório
trabalho, segundo explicou Natascha Boldt, da esquadra Reno-Meno
da Associação Federal de Cães de Resgate (BRH). Uma vez por ano, o esquadrão
selecciona novos membros desta forma.
De
acordo com suas próprias informações, o maior fornecedor privado de operações
de resgate de cães em Hessen é a Cruz Vermelha Alemã (DRK). Lá estão listados
quase 300 cães que já foram testados ou que se encontram em treinamento, como
informa o DRK de Wiesbaden no seu site. Outros fornecedores incluem a
Associação Federal de Cães de Resgate (BRH), que opera sete equipes com um
total de 170 cães em Hesse. Os requisitos de um cão de resgate incluem
ludicidade e simpatia, durando o seu treino pelo menos dois anos.
Com tantas escolas caninas privadas que temos por cá, não compreendo porque quase nenhumas se dedicam ao resgate. Não será este trabalho útil, digno e nobre. Nesta matéria, alguma vez vamos ter que espreitar para lá das nossas fronteiras e aprender com os nossos parceiros europeus, cuja maioria tem associações privadas de resgate, que muitas vezes trabalham em paralelo com as policiais. Se o Schutzhund e as suas congéneres modernas forem um fim em si mesmo algo está errado, porque elas não são outra coisa do que caminhos para abraçar novos desafios e especialidades que actualidade nos coloca.
Tal como o Mundo, o adestramento canino está a sofrer uma profunda mudança, nalguns casos a evoluir no sentido contrário àquele que nos trouxe até aqui, como já acontece com os cães de caça, que rapidamente transitaram de caçadores para cães usados na protecção e conservação de várias espécies selvagens, transitando assim de predadores para protectores. A pistagem, o resgate e o salvamento são disciplinas cinotecnias extremamente úteis para os sucessivos desastres que as alterações climáticas provocam. Diante dos sucessivos cenários catastrófico que vamos enfrentando, qual será a validade um cão que ataca, mas que não presta socorro? Numa situação de aflição, é possível que assista impotente à morte do seu próprio dono! Se eu vier a precisar de socorro, espero que um cão me encontre - não que me morda e acabe com o resto! E já agora, se o seu objectivo for o de formar um cão resgate, reserve um tempo nos seus passeios diários para o deixar farejar (cerca de 20 minutos), o que também é bom para que ele descubra o caminho de retorno a casa, no caso de se perder, porque o olfacto é um dos principais auxiliares da sua memória.
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