Pergunte
a qualquer membro da Polar Paws porque razão ingressou nesta organização e
ouvirá respostas do género: “Eu adoro cães e adoro ajudar pessoas”. Para os estudantes
da Ohio Northern University (ONU) que desejam unir estas duas paixões, a Polar
Paws é a escolha perfeita. Filiada no campus da organização sem fins lucrativos
4 Paws for Ability, a Polar Paws é uma organização estudantil que treina cães
de serviço para ajudar pessoas a viver uma vida melhor. Os estudantes da ONU
normalmente treinam cães de serviço que serão acompanhados por veteranos
militares ou crianças com deficiência, disse o presidente da Polar Paws,
Madyson Smith, uma estudante de farmácia do 3º ano. “Sempre adorei cães. Então,
quando ouvi falar deste clube, fiquei imediatamente interessada. E quando
aprendi mais sobre para que são treinados estes cães e como eles ajudam as
pessoas, fiquei ainda mais rendida.” Madyson está a treinar o seu segundo cão
de serviço desde que se tornou estudante da ONU. O seu primeiro cachorro,
Roosevelt, nasceu com uma família que tem um filho com autismo. O seu cão
actual, Harbor, é um Golden Retriever de 18 meses que ela treina há já um ano,
esperando que em breve esteja pronto para o seu treino avançado.
Para
se tornar um treinador primário na 4 Paws for Ability, o aluno deverá passar
por um rigoroso processo de inscrição e treino extensivo. Depois de aprovado, recebe
um cachorro e fica responsável por cuidá-lo, treiná-lo e sociabilizá-lo de 6 a
18 meses. Os adestradores da ONU ministram o treino básico aos cachorro,
explicou Madyson, que inclui ensinar comandos simples como “sentar” e “deixar”,
além de trabalhar os modos e habilidades de sociabilização de cada cão. O
ambiente do campus é ideal para sociabilizar os cachorros por causa das
inúmeras oportunidades que tem de conhecer e conviver com pessoas durante as aulas,
nos eventos desportivos, shows e refeições. Após o treino básico, espera-se que
o cão possa ser “combinado” com um receptor humano, para passar depois para o
treino avançado, onde será preparado para as especificidades do seu novo
trabalho. A 4 Paws for Ability tem actualmente uma lista de espera de dois a
três anos para os seus cães de serviço, disse Madyson (na foto abaixo). Embora
possa ser difícil dizer adeus ao seu cão, os estudantes adestradores da ONU são
capazes de manter contacto com os cães e acompanhar o seu progresso através do
treino avançado e muito mais.
A maior recompensa é ver o seu cachorro com uma família a fazer o trabalho que lhe compete”, disse Madyson. Alguns membros da Polar Paws são treinadores secundários, o que significa que auxiliam os treinadores primários no dia-a-dia. Os secundários intervêm quando o adestrador principal fica ocupado por algumas horas e precisa de alguém para cuidar de um cachorro. Na ONU, os treinadores primários e secundários da Polar Paws são um grupo muito unido, disse Madyson, o que torna mais fácil lidar com a responsabilidade de se treinar um cachorro, porque ninguém está sozinho. “Definitivamente, criar esses cães exige uma equipa inteira”, disse ela. No outono de 2023, a ONU tinha oito binómios no campus. Além disso, a Polar Paws tem 10 membros secundários e aproximadamente 20 membros gerais que estão a passar pelo processo de inscrição para se tornarem treinadores. “Gostaríamos que a Polar Paws crescesse ainda mais e envolvesse mais alunos”, desabafou Madyson. Estamos perante uma louvável parceria que também poderia ser implementada em Portugal junto das faculdades e dos estudantes universitários em prol de quem precisa de ser ajudado.
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