AVISO: O complemento alimentar que vou adiantar
seguidamente não deve ser distribuído a cães com intolerância gastrintestinal
e/ou com hipersensibilidade à proteína de vaca, que é a base da gelatina preconizada.
Está também vetado aos cães que requerem restrição dietética de proteína
(nefropatas, formadores de cálculos e portadores de shunt portossistémico). Assim,
consulte o parecer do veterinário do seu cão antes de pensar em distribuir ao
animal este complemento alimentar.
ESCLARECIMENTO:
A gelatina que indico é aquela que é natural, insípida e transparente, livre de
corantes, conservantes e adoçantes, usada normalmente na culinária e vendida a
baixo preço nos supermercados e lojas de produtos naturais.
É
do conhecimento geral que a gelatina é rica em aminoácidos; estimula o
desenvolvimento muscular; fortalece a pelagem e as unhas dos cães; acelera o
metabolismo e mantêm os animais em forma; auxilia a digestão; estimula o
sistema imunológico; fortalece os vasos sanguíneos; desintoxica o corpo;
fortalece os ossos; reduz a inflamação das articulações e ainda ajuda na
cicatrização das feridas, sendo por isso um alimento indicado para os cães,
devido principalmente a sua potente acção anti-inflamatória e protectora da
saúde neurológica canina. Apesar seu consumo trazer benefícios para os cães em
geral, é particularmente indicado para os animais que sofrem de convulsões e
problemas ortopédicos (displasias do ombro e coxo-femoral; luxação patelar e
problemas da coluna). A somar a isto, o principal aminoácido da gelatina – a glicina
– é um conhecido agente antiepiléptico e um protector contra os danos
cerebrais. E como se isto só por si não fosse suficiente, o colagénio que superabunda
na gelatina actua na reparação dos tecidos, favorecendo especialmente a pele,
as cartilagens e os tendões dos nossos amigos de 4 patas.
Como criador de Pastores Alemães e
adestrador da generalidade dos cães, há muito que conheço os benefícios da gelatina
e que recomendo o seu consumo para os cães das pessoas que me são mais queridas,
principalmente quando se torna imperativo valer as cartilagens das orelhas dos
cachorros CPA e como complemento alimentar nos dias mais quentes do ano, quando
o apetite dos cães diminui drasticamente. Aconselho nos dois casos,
diariamente, uma caneca ou chávena de gelatina com carne no seu meio
(eventualmente também com fruta para os cães que não a desprezam). O modo de
preparação é simples: faz-se a gelatina e procede-se à sua divisão por taças,
pondo-se depois dentro de cada uma delas uns pedaços de carne ou um pouco de
carne moída. Quando a gelatina estiver solidificada, é altura de a tirarmos do
frigorífico e de a distribuirmos aos animais, que geralmente a devoram por ser
fresca, suculenta e saber a carne. Para os cães de menor impulso ao alimento é conveniente
misturar a gelatina em pó com os alimentos da sua preferência. Há receitas e
receitas, mas esta vale a pena!
PS: Há quem se valha para os mesmos efeitos do Ágar-ágar, o que nada me espanta depois de saber que no arquipélago escocês de Orkney, na Ilha de North Ronaldsay, as ovelhas dali só comem algas marinhas. Desculpem a insistência, mas não deixem de auscultar primeiro o parecer do veterinário do vosso cão.
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