segunda-feira, 11 de julho de 2022

UMA SOBREMESA PARA O VERÃO E PARA QUEM PRECISA

 

AVISO: O complemento alimentar que vou adiantar seguidamente não deve ser distribuído a cães com intolerância gastrintestinal e/ou com hipersensibilidade à proteína de vaca, que é a base da gelatina preconizada. Está também vetado aos cães que requerem restrição dietética de proteína (nefropatas, formadores de cálculos e portadores de shunt portossistémico). Assim, consulte o parecer do veterinário do seu cão antes de pensar em distribuir ao animal este complemento alimentar.

ESCLARECIMENTO: A gelatina que indico é aquela que é natural, insípida e transparente, livre de corantes, conservantes e adoçantes, usada normalmente na culinária e vendida a baixo preço nos supermercados e lojas de produtos naturais.

É do conhecimento geral que a gelatina é rica em aminoácidos; estimula o desenvolvimento muscular; fortalece a pelagem e as unhas dos cães; acelera o metabolismo e mantêm os animais em forma; auxilia a digestão; estimula o sistema imunológico; fortalece os vasos sanguíneos; desintoxica o corpo; fortalece os ossos; reduz a inflamação das articulações e ainda ajuda na cicatrização das feridas, sendo por isso um alimento indicado para os cães, devido principalmente a sua potente acção anti-inflamatória e protectora da saúde neurológica canina. Apesar seu consumo trazer benefícios para os cães em geral, é particularmente indicado para os animais que sofrem de convulsões e problemas ortopédicos (displasias do ombro e coxo-femoral; luxação patelar e problemas da coluna). A somar a isto, o principal aminoácido da gelatina – a glicina – é um conhecido agente antiepiléptico e um protector contra os danos cerebrais. E como se isto só por si não fosse suficiente, o colagénio que superabunda na gelatina actua na reparação dos tecidos, favorecendo especialmente a pele, as cartilagens e os tendões dos nossos amigos de 4 patas.

Como criador de Pastores Alemães e adestrador da generalidade dos cães, há muito que conheço os benefícios da gelatina e que recomendo o seu consumo para os cães das pessoas que me são mais queridas, principalmente quando se torna imperativo valer as cartilagens das orelhas dos cachorros CPA e como complemento alimentar nos dias mais quentes do ano, quando o apetite dos cães diminui drasticamente. Aconselho nos dois casos, diariamente, uma caneca ou chávena de gelatina com carne no seu meio (eventualmente também com fruta para os cães que não a desprezam). O modo de preparação é simples: faz-se a gelatina e procede-se à sua divisão por taças, pondo-se depois dentro de cada uma delas uns pedaços de carne ou um pouco de carne moída. Quando a gelatina estiver solidificada, é altura de a tirarmos do frigorífico e de a distribuirmos aos animais, que geralmente a devoram por ser fresca, suculenta e saber a carne. Para os cães de menor impulso ao alimento é conveniente misturar a gelatina em pó com os alimentos da sua preferência. Há receitas e receitas, mas esta vale a pena!

PS: Há quem se valha para os mesmos efeitos do Ágar-ágar, o que nada me espanta depois de saber que no arquipélago escocês de Orkney, na Ilha de North Ronaldsay, as ovelhas dali só comem algas marinhas. Desculpem a insistência, mas não deixem de auscultar primeiro o parecer do veterinário do vosso cão. 

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