domingo, 10 de julho de 2022

PROTEJA O SEU CÃO CONTRA A ACTUAL ONDA DE CALOR

 

Actualmente estamos a enfrentar uma impiedosa onda de calor que põe em risco a vida de pessoas e animais, nomeadamente a dos nossos cães. Como seus primeiros responsáveis cabe-nos protegê-los dos possíveis perigos deste Verão escaldante, particularmente da desidratação causada pelo aumento das temperaturas e dos riscos da insolação, que não dispensam a nossa vigilância, o conhecimento dos seus sintomas e quais as medidas preventivas a tomar. Os sintomas de insolação nos cães passam por uma respiração acelerada e/ou de boca aberta, prostração, cansaço e forte resistência aos passeios. Em caso de insolação, não hesite em dar banho ao seu cão e fazê-lo beber, já que ele não terá o reflexo de se hidratar. Se ele se recusar, poderá usar uma seringa ou uma garrafa de plástico com um pequeno orifício. Para aumentar a transpiração, que diminui a temperatura corporal, pode-se também aplicar álcool a 90° nas almofadas dos cães, excepto se tiverem feridas. Porém, não demore a entrar em contacto com um veterinário, mesmo que tenha que ir a um desconhecido, porque ele procederá à sua necessária reidratação do animal.

Nos dias de alto calor, que se suspeita estenderem-se a toda a estação, certos cuidados podem evitar a urgência de  um atendimento médico-veterinário. Os recipientes com água devem ser multiplicados nos locais de alojamento dos cães e neles podem ser adicionados cubos de gelo. Havendo essa possibilidade os ares condicionados deverão ser regulados entre 23 e 25 graus celsius. No caso das ventoinhas estas deverão estar ou ser altas para evitar que o animal prenda a suas caudas nas lâminas. Para maior comodidade do animal, poderá ainda colocar uma garrafa de água gelada junto dele. Conforme aconselham alguns veterinários, nos dias de maior calor, os cães poderão ainda receber alimentos húmidos. Também as saídas ao exterior do cão deverão acontecer de manhã cedo ou à noite, antes das 8h e depois das 22h, havendo o cuidado de se reparar chão, particularmente nos pisos de asfalto, que quando muito quentes sempre acabam por danificar as almofadas do animal. Debaixo da mesma preocupação, os exercícios e jogos domésticos deverão ser feitos com moderação. Escusado será dizer que é criminoso deixar um cão dentro de uma viatura automóvel debaixo destas temperaturas (se presenciar uma situação destas contacte imediatamente a polícia ou outra autoridade).

Também as cianobactérias são abundantes no Verão. Estes micro-organismos estão presentes nas algas à beira de água e podem indevidamente ser ingeridos pelos cães durantes as suas caminhadas próximas de linhas de água, ribeiros, rios, tanques, lagoas e lagos, passeios que são muito populares na época estival. Devido ao particular das suas toxinas, estas cianobactérias podem causar intoxicações capazes de levar a vómitos, a distúrbios digestivos e até à morte do animal. Há também que haver um cuidado especial com as brincadeiras com jactos de água, normalmente proporcionadas pelas mangueiras de jardim, porque as quantidades de água ingeridas, quando combinadas com os movimentos bruscos do cão, podem causar-lhe uma dor de estômago potencialmente fatal. Na praia evite a todo o custo que o seu cão coma areia, porque todos os anos há cães que morrem por causa disso. Para além destes cuidados e conselhos, ainda aconselhamos o uso de lenços de arrefecimento na saída dos cães ao exterior. Diante desta onda de calor, proteja ainda mais o seu cão, não transforme o seu Verão numa tragédia de difícil esquecimento.

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