segunda-feira, 4 de julho de 2022

O HÁBITO NÃO FAZ O MONGE

 

Em criança conheci um velho cabo de infantaria da Guarda Nacional Republicana que dizia, não sei se em tom de chacota ou para se convencer, que lhe arrancaram o coração no dia em que ingressou naquele corpo especial de tropas, aludindo à natureza do seu serviço e responsabilidade, que estavam para além e acima dos seus sentimentos pessoais. Mais tarde vim a verificar o contrário e debaixo das diferentes fardas encontrei gente assim mascarada tão ao mais sensível que os demais. Exemplo disso foi o ocorrido na cidade alemã de Bochum, cidade independente no estado federal de Nordrhein-Westfalen, localizada na região do Vale do Ruhr, entre as cidades de Essen e Dortmund, onde uma equipa policial vinda num carro-patrulha descobriu um pequeno cão, a lembrar um Chihuahua, sozinho numa rua, levando-o dali para a esquadra.

Ao chegar lá, os polícias de plantão virão quão frágil era e verificaram que era tão pequenino que cabia dentro do seu chapéu de serviço. E, quando deram por isso, já o cãozinho lhes tinha dado a volta à cabeça, ao ponto de lhe terem atribuído o nome de “Anton” e de querem ficar com ele. De coração entristecido e a despeito dos seus sentimentos pessoais, cumpriram com as disposições legais em vigor e foram entregar, como lhes competia, o pequeno cão ao abrigo de animais da cidade, não sem antes o terem abraçado, conforme noticiou esta segunda-feira um porta-voz da polícia.

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