sábado, 2 de julho de 2022

NÃO FOI GUARDA-REDES NEM APANHA-BOLAS

 

Ontem à tarde continuei o programa de sociabilização do Tommy, um Schnauzer que me toca o coração e que necessita de alcançar a plena sociabilização, não por ser verdadeiramente perigoso, mas pelo incómodo que causa, ladrando a tudo e a todos quando sai com a sua dona. O nosso passeio durou mais de duas horas e o pequeno cão nunca ladrou. Pensando na reabilitação do cão, procurei cruzar-me com as mais diversas pessoas, nomeadamente com aquelas cuja apresentação, comportamento e particular poderiam fazê-lo ladrar. Como já esperava, o cãozinho comportou-se à altura, o que não significa que o problema esteja resolvido de uma vez por todas, mas que a anterior sessão de treino surtiu efeito. Satisfeito, muito satisfeito com a prestação do Tommy, decidi pô-lo à prova diante de um garoto que jogava à bola, deixando o animal sentado enquanto me afastava dele.

Apesar das negaças que o garoto lhe fez, o pequeno Schnauzer não mostrou qualquer interesse pela bola que saltitava à sua volta, não se prontificando naquela ocasião como guarda-redes ou apanha-bolas, o que para outros cães seria um osso bem duro de roer. Contudo, conduzir o Tommy à trela não é uma tarefa fácil e cómoda atendendo ao seu tamanho e peso, porque mal se sente na perna, é pouco visível pela visão periférica e circula bem abaixo do meu joelho, o que me impede de tocá-lo e senti-lo. Caso se lembre de se cruzar na minha frente, é bem possível que me passe uma rasteira e eu acabe estatelado no meio do chão. Felizmente, até hoje isso nunca aconteceu e espero que nunca venha a acontecer, já que estou a trabalhar afincadamente para que depressa alcance a condução em liberdade (solto, sem trela).

Depois do teste do pequeno futebolista e da bola, que não podia ter corrido melhor, o Tommy continuou o seu passeio pela cidade concentrado e tranquilo sem que ninguém desse pela sua presença, apesar de se ter cruzado com muitos cães e com pessoas passíveis de lhe causar alguma estranheza ou desconfiança. Nesta sua excursão pedagógica contou com a presença do Binómio Paulo/Bohr, amigos que muito bem conhece e que sempre o têm acompanhado no seu processo de sociabilização. Não restam dúvidas: o Tommy tem tudo para vir a ser um verdadeiro campeão!

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