Ontem
à tarde continuei o programa de sociabilização do Tommy, um Schnauzer que me
toca o coração e que necessita de alcançar a plena sociabilização, não por ser
verdadeiramente perigoso, mas pelo incómodo que causa, ladrando a tudo e a
todos quando sai com a sua dona. O nosso passeio durou mais de duas horas e o
pequeno cão nunca ladrou. Pensando na reabilitação do cão, procurei cruzar-me
com as mais diversas pessoas, nomeadamente com aquelas cuja apresentação,
comportamento e particular poderiam fazê-lo ladrar. Como já esperava, o
cãozinho comportou-se à altura, o que não significa que o problema esteja
resolvido de uma vez por todas, mas que a anterior sessão de treino surtiu
efeito. Satisfeito, muito satisfeito com a prestação do Tommy, decidi pô-lo à prova
diante de um garoto que jogava à bola, deixando o animal sentado enquanto me
afastava dele.
Apesar
das negaças que o garoto lhe fez, o pequeno Schnauzer não mostrou qualquer
interesse pela bola que saltitava à sua volta, não se prontificando naquela
ocasião como guarda-redes ou apanha-bolas, o que para outros cães seria um osso
bem duro de roer. Contudo, conduzir o Tommy à trela não é uma tarefa fácil e
cómoda atendendo ao seu tamanho e peso, porque mal se sente na perna, é pouco visível
pela visão periférica e circula bem abaixo do meu joelho, o que me impede de
tocá-lo e senti-lo. Caso se lembre de se cruzar na minha frente, é bem possível
que me passe uma rasteira e eu acabe estatelado no meio do chão. Felizmente,
até hoje isso nunca aconteceu e espero que nunca venha a acontecer, já que
estou a trabalhar afincadamente para que depressa alcance a condução em
liberdade (solto, sem trela).
Depois do teste do pequeno futebolista e da bola, que não podia ter corrido melhor, o Tommy continuou o seu passeio pela cidade concentrado e tranquilo sem que ninguém desse pela sua presença, apesar de se ter cruzado com muitos cães e com pessoas passíveis de lhe causar alguma estranheza ou desconfiança. Nesta sua excursão pedagógica contou com a presença do Binómio Paulo/Bohr, amigos que muito bem conhece e que sempre o têm acompanhado no seu processo de sociabilização. Não restam dúvidas: o Tommy tem tudo para vir a ser um verdadeiro campeão!
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