domingo, 31 de julho de 2022

EU NÃO GOSTO DE PASSAR O MEU CÃO PARA AS MÃOS DE NINGUÉM!

 

Eu não gosto de passar o meu cão para as mãos de ninguém e os cavalos que já tive também não, porque entendo isso como uma traição ou violação para os pobres animais, que assim passam a estar sujeitos à vontade de outrem sem o seu consentimento. Por outro lado, um passeio de pouco mais de meia hora, é mais do que suficiente para viciar tanto um cavalo como um cão, animais que se desejam confiantes, prontos e eficazes para o que lhes for solicitado sem grande esforço da nossa parte. No caso dos cães a situação pode agravar-se, levar à despromoção social dos animais e comprometer o seu desempenho - os cães com os donos tudo podem e sem eles pouco valem. Todavia, ontem cedi o meu cão à Clarinda para exercícios de ginástica, por reconhecer nela a sensibilidade e a temperança necessárias para conduzir um cão que me é tão caro. Na foto acima vemo-los a partir para duas verticais consecutivas artificiais e na seguinte a vencer um escorregadio plano inclinado.

Como o SRD Reva tinha condições para isso e importava robustecer a sua condutora, ambos foram convidados para subir uma escada alvenaria em caracol, aptidão e desafio que alcançaram rapidamente, muito embora o cão persista e não desista de ser autónomo.

Vindo da Suíça e com duas nortes mal dormidas, o Luís Rodrigues compareceu aos trabalhos e conduziu a SRD Keila. Na foto abaixo vemo-los também a executar a já citada escada, desafio que a Keila venceu descontraída e feliz.

O SRD Reva, de manto maioritariamente branco e de inegável ascendência em Teckel, quando contrariado e/ou inseguro, “vira o dente” com facilidade, esperando com isso, como quase sempre acontece, demover a sua dona de qualquer propósito. Por duas vezes sem sucesso tentou “afiambrar” o Adestrador. Como interessa que não ganhe aversão à escola e evitar subjugá-lo à força, foi o Adestrador quem primeiro o introduziu a todos os obstáculos, servindo-se depois de um cão mais velho como exemplo para lhe transmitir a segurança necessária. Na foto seguinte vemos o CPA Paco a dar-lhe “boleia” numa passerelle.

Mais para acostumar a Stephanie aos alinhamentos e à distância entre binómios, também para melhor o “quieto” dos outros cães em situações adversas, a classe excursionaria escolar foi convidada para trabalhar momentaneamente no círculo de 36m com a Clarinda a fila-guia.

Aproveitando a presença da CPA Luna e querendo manter-lhe os níveis de operacionalidade, pedimos ao Pedro que executasse com ela um salto de precisão, na circunstância sobre um caixote do lixo de jardim, transposição que a lupina venceu com o seu tradicional à vontade.


È sempre recomendável, quando se intenta preparar um cão para segurança ou capacitar um novato para isso, pedir-lhes saltos cara-a-cara contra pessoas, manobra de robustecimento de carácter que aumenta a potência e a variação dos seus golpes. Quando se intenta desta forma robustecer o carácter de um cão, é conveniente que as pessoas permaneçam sentadas, evoluindo para pé quando tal for conveniente e servir os propósitos já enunciados. A CPA Luna foi convidada para saltar sobre as pessoas sentadas e para passar por entre as suas pernas a rastejar, trabalho ainda dificultado pela irreverência do SRD Reva que sempre intentou pegar a cadela pela barriga.

Para a posteridade, como se estivessem apavorados na frente de um Leão, ficam as caras dos condutores que se voluntariaram para se sentar no banco, onde apenas a Stephanie parece mais segura, quiçá por ser novata e desconhecer que por vezes os cães tiram a pontaria à cara das pessoas, nomeadamente aqueles que tem condutores de lastimável qualidade técnica, ”que trocam as mãos pelos pés”. Que sempre acabam por aleijar ou derrubar alguém.

Participaram nos trabalhos deste sábado os seguintes binómios: Clarinda/步伐;Luis/Keila; Paulo/Bohr; Pedro/Luna e Stephanie/Reva. A reportagem fotográfica coube aos mesmos e o bom andamento dos trabalhos foi garantido.

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