terça-feira, 12 de julho de 2022

OS DESAFIOS DO TREVO E DO SALTO DE RETORNO

 

Ontem, com a temperatura mais baixa do que nos dias anteriores, optei por convidar o binómio Paulo/Bohr para pequenos exercícios de obediência dinâmica debaixo da condução nuclear, visando a conservação dos automatismos, a destreza do condutor e a manutenção do cão. O condutor apresentou múltiplas dificuldades em concluir com êxito o exercício, principalmente por má colocação no terreno. O primeiro exercício solicitado a este binómio, como se pode ver no GIF acima, foi o “Trevo”, executado sobre um obstáculo de duplo uso e que obriga 3 evoluções circulares que lembram este Trifolium próprio das regiões temperadas do hemisfério norte e muito comum entre nós. No GIF seguinte vemos um salto de retorno com a particularidade de ser de precisão, efectuado sobre um comum bebedouro de água de jardim.

Como o obstáculo a saltar era redondo e possibilitava a sua transposição a partir de qualquer lado, havia que escolher primeiro qual direcção tomar, uma vez que tinha calçada de um lado e relva do outro, considerando a salvaguarda do cão e a dificuldade do exercício, pormenores que o condutor não ponderou de imediato por força da sua lerdice. Como o salto era de retorno (de ida e volta), melhor seria que o cão saltasse da calçada para a relva e dali retornasse, porque o chão macio dar-lhe-ia maior aderência para a impulsão necessária ao salto de regresso, mesmo que o animal encurtasse a distância em relação ao obstáculo. O exercício parece trivial quando na verdade não o é, porque é feito em condução nuclear (sem o acompanhamento do dono), o obstáculo não tem balizas, é muito alto (1 m de altura) e a área a saltar tem apenas 22 cm de diâmetro com o repuxo encastrado no seu centro. Como já vem sido hábito, hábito que parece já ter barbas, o Rhein-Möselring resolveu o exercício mais depressa do que o dono. Ainda tentámos executar outro exercício, mas vi-me obrigado a abandoná-lo diante do cansaço do cão, do pouco acerto do condutor e à minha própria exasperação (já começo a acusar o desgaste). Numa fase ulterior do treino binomial, quando os cães já fazem praticamente tudo, os condutores são convidados para exercícios deste tipo, onde irão pôr à prova a sua inteligência e sagacidade, qualidades indispensáveis a quem pretende ser líder, mesmo que seja só de cães.

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