Há
um ano e meio que a multinacional francesa VEOLIA
utiliza cães para detectar fugas de água nas redes sob sua responsabilidade,
tendo ao seu dispor uma equipa de dois tratadores e quatro cães,
respectivamente dois mestiços de Pastor Alemão, um Malinois e um Border Collie
com os nomes de Nina, Kyrie; Nanky e Kelly, que intervieram pela primeira vez
na Bretanha, anteontem, quarta-feira, dia 29 de junho, mais precisamente em DOL–de-BRETAGNE (Ille-et-Vilaine).
Estes
cães detectam as fugas através do cloro presente na água e que é usado no seu
tratamento. Um dos binómios, o constituído por François Bourdeau e pela Nina
resultou de uma reconversão, uma vez que o condutor veio do exército (onde
passou 22 anos) e a cadela fez toda uma carreira na procura de desconhecidos. À
medida que a idade da aposentadoria se aproxima, foi oferecida ao militar a
possibilidade de desenvolver uma parceria com a Veolia para treinar cães na
detecção de vazamentos de água, continuando assim a valer à sociedade e aos
cidadãos. O outro tratador é uma senhora, chama-se Nathalie Delon e é a primeira
mulher a obter um diploma nesta especialidade, que também passou pelo exército
antes de abraçar este projecto.
Os
cães passaram na sua formação por várias etapas, sendo primeiro examinado o seu
estado de saúde para garantir que reagem bem ao cloro. Os testes de campo
começam quando o veterinários dão luz verde, primeiro em redes onde se sabe
haver fugas. Os cães durante o treino superaram todas as expectativas,
detectando 92% dos vazamentos. O aprimoramento técnico de homens e cães, que
aconteceu em paralelo, transportou-os à fase operacional que teve início em
2021. Referindo-se aos cães, François Bourdeau esclarece: “São animais
amigáveis, fáceis, equilibrados e acima de tudo muito Brincalhões.” Este
condutor divide a mesma forma de educar os cães com a sua companheira – tudo através
da brincadeira – porque eles não devem sentir que estão a trabalhar.
A intervenção dos cães farejadores é decidida em função da dificuldade do terreno e do tipo de condutas, nas situações que as soluções habituais não podem ser implantadas. Indo mais fundo na questão, David Maisonneuve, gerente técnico de redes de água da Veolia, justifica assim o uso dos cães: “Nas áreas rurais, para grandes tubulações ou mesmo para redes com pouco acesso, precisávamos de outra abordagem.” Há que louvar a inovação, que já acontece também noutros países, agradecer aos cães e a quem teve a idéia de usá-los para este fim, esperando que alguns destes especialistas caninos cheguem a Portugal quanto antes, pois estamos a falar de um bem essencial e imprescindível à vida, ainda mais que a Veolia já tem algumas concessões em Portugal, a água francesa é igual à portuguesa e ambas são tratadas com cloro.
Sem comentários:
Enviar um comentário