sexta-feira, 1 de julho de 2022

ENSINADOS A PROTEGER UM BEM ESSENCIAL

 

Há um ano e meio que a multinacional francesa VEOLIA utiliza cães para detectar fugas de água nas redes sob sua responsabilidade, tendo ao seu dispor uma equipa de dois tratadores e quatro cães, respectivamente dois mestiços de Pastor Alemão, um Malinois e um Border Collie com os nomes de Nina, Kyrie; Nanky e Kelly, que intervieram pela primeira vez na Bretanha, anteontem, quarta-feira, dia 29 de junho, mais precisamente em DOL–de-BRETAGNE (Ille-et-Vilaine).

Estes cães detectam as fugas através do cloro presente na água e que é usado no seu tratamento. Um dos binómios, o constituído por François Bourdeau e pela Nina resultou de uma reconversão, uma vez que o condutor veio do exército (onde passou 22 anos) e a cadela fez toda uma carreira na procura de desconhecidos. À medida que a idade da aposentadoria se aproxima, foi oferecida ao militar a possibilidade de desenvolver uma parceria com a Veolia para treinar cães na detecção de vazamentos de água, continuando assim a valer à sociedade e aos cidadãos. O outro tratador é uma senhora, chama-se Nathalie Delon e é a primeira mulher a obter um diploma nesta especialidade, que também passou pelo exército antes de abraçar este projecto.

Os cães passaram na sua formação por várias etapas, sendo primeiro examinado o seu estado de saúde para garantir que reagem bem ao cloro. Os testes de campo começam quando o veterinários dão luz verde, primeiro em redes onde se sabe haver fugas. Os cães durante o treino superaram todas as expectativas, detectando 92% dos vazamentos. O aprimoramento técnico de homens e cães, que aconteceu em paralelo, transportou-os à fase operacional que teve início em 2021. Referindo-se aos cães, François Bourdeau esclarece: “São animais amigáveis, fáceis, equilibrados e acima de tudo muito Brincalhões.” Este condutor divide a mesma forma de educar os cães com a sua companheira – tudo através da brincadeira – porque eles não devem sentir que estão a trabalhar.

A intervenção dos cães farejadores é decidida em função da dificuldade do terreno e do tipo de condutas, nas situações que as soluções habituais não podem ser implantadas. Indo mais fundo na questão, David Maisonneuve, gerente técnico de redes de água da Veolia, justifica assim o uso dos cães: “Nas áreas rurais, para grandes tubulações ou mesmo para redes com pouco acesso, precisávamos de outra abordagem.” Há que louvar a inovação, que já acontece também noutros países, agradecer aos cães e a quem teve a idéia de usá-los para este fim, esperando que alguns destes especialistas caninos cheguem a Portugal quanto antes, pois estamos a falar de um bem essencial e imprescindível à vida, ainda mais que a Veolia já tem algumas concessões em Portugal, a água francesa é igual à portuguesa e ambas são tratadas com cloro.

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