Até à presente data,
quando se suspeita de doença hepática em cães, o diagnóstico é baseado em
biópsias invasivas, que para além de caras, podem levar a complicações. AGORA UM NOVO TESTE DE SANGUE,
desenvolvido para melhorar o diagnóstico da doença hepática em humanos, poderá
ajudar os veterinários a identificar os danos e a iniciar o tratamento
precocemente, salvando assim a vida a muitos cães, por detectar rapidamente os
sinais precoces da doença. Quem o diz é a UNIVERSIDADE
DE EDIMBURGO, na Escócia, onde veterinários da FACULDADE DE ESTUDOS VETERINÁRIOS DA
UNIVERSIDADE DE DICK se uniram a médicos para examinar os
níveis de uma MOLÉCULA
conhecida como miR-122 em
cães. Este estudo foi publicado no JOURNAL
OF VETERINARY INTERNAL MEDICINE e o teste sanguíneo
deverá ser lançado em todo o mundo.
A MOLÉCULA miR-122 é
encontrada em níveis elevados em pessoas que são afectadas por doença hepática
e os veterinários deste estudo trabalharam com os cães e os seus donos para
testar os níveis da miR-122
nos animais, nomeadamente em Cockers, Labradoodles (cruzados de labrador com
poodle, que estão na moda) e em Old English Sheperd Dogs. FORAM ENCONTRADOS NÍVEIS SIGNIFICATIVAMENTE
MAIS ELEVADOS DE miR-122 NOS CÃES COM DOENÇA HEPÁTICA EM RELAÇÃO AOS SAUDÁVEIS
E ÀQUELES QUE TIVERAM ALGUM DOENÇA QUE NÃO LHES AFECTOU O FÍGADO. Comprovada
a mais-valia do teste sanguíneo, aquela equipa de pesquisadores tenciona lançar
um kit de testes para ajudar veterinários em todo o mundo a avaliar se os seus
pacientes caninos têm ou não danos no fígado.
O pesquisador veterinário RICHARD MELLANBY (na
foto seguinte), chefe do Departamento de Ciências Animais no Hospital de
Pequenos Animais da Universidade de Edimburgo, disse: "Descobrimos uma
forma específica, sensível e não invasiva para detectar danos no fígado em
cães. Esperamos que o nosso teste venha a melhorar muito os resultados,
permitindo que os veterinários façam diagnósticos rápidos e precisos". O Dr. JAMES DEAR, leitor
do Centro de Ciências Cardiovasculares da Universidade de Edimburgo e médico do
NHS (Serviço Nacional de Saúde), QUE
LIDEROU O ESTUDO, disse: "Estou muito contente que o
teste de sangue que desenvolvemos para melhorar o diagnóstico de doença
hepática em humanos possa ser usado para ajudar também os cães".
Se os cientistas têm
razões para estar satisfeitos, muito mais terão os apaixonados, os criadores e os
proprietários de cães, que saúdam justificadamente este avanço científico.
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