terça-feira, 28 de agosto de 2018

O MUNDO À NOSSA VOLTA: TEREMOS OUTRO PAPA EM AVINHÃO?

O Vaticano parece estar à beira de outro “PAPADO DE AVIGNON”, de ser confrontado com um ou mais antipapas mercê de temas fracturantes como a pedofilia, a homossexualidade, a obrigatoriedade do celibato e a ordenação das mulheres, o que realça a importância do sexo, o poder que detém neste mundo e a sua influência no seio da igreja. Perante a delicadeza destes temas e diante do último pronunciamento do Papa sobre a homossexualidade, o Vaticano desmentiu Francisco e a sua resignação é incessantemente requerida em alta voz.
A ferida aberta pela pedofilia, de difícil tratamento e ainda mais difícil de esquecer, carece de ser curada de uma vez por todas, porque dura há demasiado tempo e que ao tornar-se crónica, conspurcará irremediavelmente toda a Igreja Católica. O tema da aceitação da homossexualidade não é um problema exclusivamente católico, mas também extensível às restantes igrejas históricas cristãs, algumas delas sem um claro pronunciamento oficial sobre o assunto.
A tradicional condenação da homossexualidade pelas igrejas cristãs tem assentado sobre o seu cânon (Velho e Novo Testamento), nomeadamente sobre o que diz Paulo na sua Epístola aos Romanos, Epístola que como as restantes foram consideradas por Gandhi uma fraude dos ensinamentos de Cristo, comentários pessoais à parte da experiência pessoal de Cristo, o que a ser verdade, tornaria as nossas igrejas mais paulinas do que cristãs e consequentemente mais afastadas da Palavra de Deus, ao ponto de se pôr em causa a veracidade eterna que muitos vêem na Bíblia, uma vez que as ditas epístolas prestam-se à interpretação e compreensão dos restantes livros bíblicos.
Assim, para que a homossexualidade seja aceite pelas igrejas, das duas, uma: ou muda-se o cânon, o que é pouco provável ou altera-se a sua interpretação, o que sendo mais fácil tornar-se-á mais grave, porque se colocará mais uma vez em pé de igualdade a Palavra de Deus com a dos homens, o que levará ao descrédito da Divina face às necessidades de acerto no presente, muito embora para quem tenha a “Tradição Oral” como fonte doutrinária tudo seja mais fácil, porque não será assim tão difícil acrescentar-lhe mais um pouco.
Por tudo isto está a igreja católica às portas de uma grave cisão, a mesma que já atingiu outras com menor representação, porque se tem oposto sucessivamente às liberdades e direitos individuais que a política e os políticos contemporâneos foram obrigados a outorgar às minorias. Não tenho dúvidas, se para tanto houver mundo, que a homossexualidade virá a ser aceite pelo Vaticano, que o celibato vai ter fim e que as mulheres virão a ser ordenadas. E sabem porquê? Porque os velhos morrem e os novos sempre trazem novidade. É tudo uma questão de tempo!

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