O Vaticano parece estar à
beira de outro “PAPADO
DE AVIGNON”, de ser confrontado com um ou mais antipapas mercê de
temas fracturantes como a pedofilia, a homossexualidade, a obrigatoriedade do
celibato e a ordenação das mulheres, o que realça a importância do sexo, o
poder que detém neste mundo e a sua influência no seio da igreja. Perante a
delicadeza destes temas e diante do último pronunciamento do Papa sobre a
homossexualidade, o Vaticano desmentiu Francisco e a sua resignação é incessantemente
requerida em alta voz.
A ferida aberta pela
pedofilia, de difícil tratamento e ainda mais difícil de esquecer, carece de
ser curada de uma vez por todas, porque dura há demasiado tempo e que ao
tornar-se crónica, conspurcará irremediavelmente toda a Igreja Católica. O tema
da aceitação da homossexualidade não é um problema exclusivamente católico, mas
também extensível às restantes igrejas históricas cristãs, algumas delas sem um
claro pronunciamento oficial sobre o assunto.
A tradicional condenação
da homossexualidade pelas igrejas cristãs tem assentado sobre o seu cânon
(Velho e Novo Testamento), nomeadamente sobre o que diz Paulo na sua Epístola
aos Romanos, Epístola que como as restantes foram consideradas por Gandhi uma
fraude dos ensinamentos de Cristo, comentários pessoais à parte da experiência
pessoal de Cristo, o que a ser verdade, tornaria as nossas igrejas mais
paulinas do que cristãs e consequentemente mais afastadas da Palavra de Deus,
ao ponto de se pôr em causa a veracidade eterna que muitos vêem na Bíblia, uma
vez que as ditas epístolas prestam-se à interpretação e compreensão dos
restantes livros bíblicos.
Assim, para que a
homossexualidade seja aceite pelas igrejas, das duas, uma: ou muda-se o cânon,
o que é pouco provável ou altera-se a sua interpretação, o que sendo mais fácil
tornar-se-á mais grave, porque se colocará mais uma vez em pé de igualdade a Palavra
de Deus com a dos homens, o que levará ao descrédito da Divina face às necessidades
de acerto no presente, muito embora para quem tenha a “Tradição Oral” como
fonte doutrinária tudo seja mais fácil, porque não será assim tão difícil
acrescentar-lhe mais um pouco.
Por tudo isto está a
igreja católica às portas de uma grave cisão, a mesma que já atingiu outras com
menor representação, porque se tem oposto sucessivamente às liberdades e
direitos individuais que a política e os políticos contemporâneos foram
obrigados a outorgar às minorias. Não tenho dúvidas, se para tanto houver
mundo, que a homossexualidade virá a ser aceite pelo Vaticano, que o celibato
vai ter fim e que as mulheres virão a ser ordenadas. E sabem porquê? Porque os velhos morrem e os novos sempre trazem novidade. É tudo uma questão de
tempo!
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