quinta-feira, 2 de agosto de 2018

NÓS POR CÁ: IR PARA O DUBAI CÁ DENTRO

Um conhecido meu, honrando o prometido aos seus dois filhos mais velhos, fez as malas e partiram os 3 para o Dubai. A esposa, para quem o adjectivo “mãe-galinha” ainda é pouco, ficou por cá e rumou com o filho mais novo para o Algarve, com medo que o pai não desse “conta do recado” e o petiz regressasse daquelas terras sarracenas feito num “fusível queimado”. No Dubai, pelo menos essa é a experiência que tenho, com tanto o que tem para ver, o melhor que há a fazer é ficar debaixo de telha. Na rua é que nem pensar, porque passados nem 10 minutos estamos todos cobertos de suor, graças ao calor intenso e a humidade que ali se faz sentir. E se é para sair (vale a pena), é melhor fazê-lo de carro, onde o maldito ar condicionado, que tanto mal faz à saúde, é ali muito bem-vindo.
Mais pelas alterações climáticas do que pela ironia da sorte, sem sairmos da “santa terrinha”, estamos a suportar temperaturas iguais ou superiores às mensuráveis no Dubai, somente com uma diferença – o percentual de humidade lá é bastante superior ao nosso. Com as temperaturas a rondar os 40 graus celsius e até a ultrapassá-los (são 17H59, os termómetros marcam na Amareleja 42 graus), sem grande dificuldade podemos imaginar que estamos no Golfo Pérsico ou num lugar parecido, onde o calor corta a respiração e o corpo pede água encarecidamente. Sim, desta fez fomos ao Dubai sem necessidade de pôr lá os pés!
Oxalá o “Anticiclone dos Açores” mude de direcção e venha quanto antes em nosso auxílio, porque os árabes é que são habitantes do deserto, nós não, apesar de termos que acostumar-nos, porque os incêndios do ano passado fizeram o Deserto do Saara galgar o Mar Mediterrâneo e estender-se até ao Norte do País. Antigamente chamava-se a um tempo desusado destes “tempo do arco-da-velha”, agora há quem diga que estamos no “fim-do-mundo”. Se eu pudesse escolher, preferiria o Portugal de sempre e não o Dubai no Grande Andaluz!

Sem comentários:

Enviar um comentário