Realizou-se no último
fim-de-semana no HOTEL
MANOR COUNTRY HOUSE, em WESTON,
perto de Bicester/Inglaterra, um retiro de fluxo de yoga para donos e cães,
evento que contou com a participação de 5 donas e 6 cães debaixo da orientação
de CAROLINE GRIFFITH (na
foto abaixo), fundadora da empresa de treino canino CANINE
FLOW,
que vinda de Chipre, decidiu juntar ao treino canino convencional o yoga,
criando assim o “DOGA” –
O TREINO CANINO ESPIRITUAL
(ai se a Igreja Universal do Reino de Deus se lembra de uma coisa assim, desta
fez não comprará só os cinemas, mas os bairros inteiros!).
Os objectivos deste retiro
e desta prática passavam por melhor conectar proprietários e cães pela utilização
de práticas de yoga, que segundo Griffith “trata-se de introduzir nos donos as
8 partes do yoga que ajudam a transformar o comportamento dos seus cães, sem que
necessariamente tenham que concorrer ao treino convencional”. As ditas 8 partes
incluem posturas, auto-reflexão, respiração, expressão, viver o momento, foco,
meditação e iluminação.
Por detrás deste conceito
inovador, inovador só por causa da junção do yoga (a patranha já tem barbas),
está um claro apelo emocional desnudado pelas palavras da sua mentora quando
diz: “ (o método) é sobre estar conectado com o seu cão, coração a coração, e
entendê-lo melhor”. Desnudando o seu trabalho de final de semana, Griffith
adiantou: “Um dos exercícios que fizemos foi farejar a reflexão, encorajando as
pessoas a farejar ao invés de caminhar”.
Calculamos que estes conceitos
tenham agradado de sobremaneira às participantes humanas daquele retiro, que
segundo nos é dado a observar pelas fotos, encontravam-se todas para o “redondinho”
independentemente da sua idade. Judy Robinson, que viajou cinco horas de
Lancashire para o retiro, participou com seus dois cocker spaniels de trabalho.
Os gémeos de cinco anos sofrem de ansiedade de separação e a dona, que se
interessa por yoga e tai chi, esperava que aquele retiro a pudesse ajudar nesse
sentido, dizendo que "Eles (os cães) são muito rápidos, então que queria
algo para ajudar a diminuir a sua energia”.
Numa coisa Griffith tem
razão: o treino canino assenta entre 70 a 80% sobre os donos e cabe aos cães
segui-los. Caso funcionasse plenamente, este método ser o ideal para quem está
com peso a mais, não gosta de se mexer e abomina o exercício físico,
características que, como dissemos atrás, parecem presentes na totalidade dos
participantes do retiro que se realizou em Weston. Duas sentenças fazem
estremecer um gordo, uma é dizer-lhe que está obeso e a outra que se mexa.
Assim, Griffith e as sua instruendas têm razões para sorrir, ela passou um
fim-de-semana gratuito e descontraído numa unidade hoteleira no campo e elas não
tiverem ninguém para as aborrecer.
Infelizmente, o que
sobressai em eventos deste tipo, quer as pessoas tenham cães ou não, é a
impessoalidade reinante na sociedade contemporânea, que induz à solidão,
desmembra as famílias e enfraquece os indivíduos, atentando contra o seu amor-próprio,
tornando-os carentes e prontos a pagar para serem aceites.
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