quarta-feira, 22 de agosto de 2018

AS ÚLTIMAS DE MONTRÉAL

O conselho da cidade canadiana francófona de MONTRÉAL aprovou esta Terça-feira UMA NOVA LEI DE CONTROLE SOBRE ANIMAIS, com 49 votos a favor e 11 contra, que coloca as mordeduras caninas e as suas tentativas no centro de um novo plano para controlar os cães perigosos.
Conforme prometeu a actual Mairesse de Montréal, VALÉRIE PLANTE, na campanha eleitoral do ano passado, a nova lei não proíbe ou menciona raças específicas, como é o caso dos cães tipo Pitbull. Especialistas em comportamento animal vão agora determinar o destino de cães relatados como perigosos pelos residentes dentro de uma semana após relatório.
A Mairesse Valérie acrescentou ainda que a existência de um novo registo de cães perigosos deverá aumentar também a segurança dos moradores. Esta linda e simpática autarca, entendida pelos eleitores da sua cidade como “L’HOMME DE LA SITUACION” (o homem da situação), disse que “Se alguém não se sentir seguro à volta de um cão, talvez vizinho ou que costuma vir ao parque com frequência, poderá ligar para o 311 que nós vamos agir. Vamos avaliar esse animal e decidir em qual categoria se encaixa”.
Explicando ao pormenor a nova lei, Valérie faz saber que ela é muito menos divisiva do que a lei anterior, porque não distingue raças específicas, mas coloca o ónus nos donos de animais e noutros residentes em relatar incidentes perigosos com cães. A cidade tem como meta consciencializar a posse responsável de animais de estimação. As licenças para possuir animais de estimação podem ser recusadas ou revogadas se o proprietário for considerado culpado de uma violação da lei de bem-estar animal de Quebec ou se for considerado culpado de três infracções ao estatuto de Montreal exigindo que os cães sejam mantidos atrelados em público.
Os cães com peso igual ou superior a 20 kg deverão usar arneses ou açaimes quando se deslocarem na via pública e, a partir de Janeiro de 2020, o uso de estranguladores de corrente será proibido. As pessoas que violarem a lei incorrem em multas que vão dos 500 aos 1.000 dólares e em caso de reincidência de 1.000 a 2.000 dólares. 2020 será também a data em que a indústria de caleches de Montréal será desactivada, dando seguimento às queixas de que os cavalos trabalham em condições muito difíceis nas ruas.
Já a partir de Julho do próximo ano, as lojas de animais só poderão vender animais oriundos de abrigos, muito embora um advogado de várias lojas de animais tenha avisado que tomará medidas legais para permitir a venda de animais de criadores nas pet shops. A aprovação desta nova lei aconteceu dias depois de um cão do tipo Pitbull ter atacado duas crianças pequenas em Montreal Norte, fazendo com que uma delas fosse suturada com 16 pontos. O Prefeito do município de Montreal Norte já disse que o cão vai ser abatido.
Dito isto, Montréal circula na “tête de la course” pelos direitos dos animais. Como ainda vai a tempo de conhecer Montréal e esta é uma das melhores alturas do ano para o fazer, caso queira levar o seu cão consigo, já sabe a que leis e equipamentos estará ali sujeito. Há voos diários de Lisboa para Montréal e os preços são convidativos, oscilando entre os 238 e os 729€.
PS: Apesar de não ter medo de cães, mas a pensar nas vítimas inocentes, não me importava nada que os aficionados dos cães de luta emigrassem com eles para Montréal ou até para um lugar mais longínquo tipo… Nova Zelândia!

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