O conselho da cidade
canadiana francófona de MONTRÉAL aprovou
esta Terça-feira UMA
NOVA LEI DE CONTROLE SOBRE ANIMAIS, com 49 votos a favor e 11
contra, que coloca as mordeduras caninas e as suas tentativas no centro de um
novo plano para controlar os cães perigosos.
Conforme prometeu a actual
Mairesse de Montréal, VALÉRIE
PLANTE, na campanha eleitoral do ano passado, a nova lei não
proíbe ou menciona raças específicas, como é o caso dos cães tipo Pitbull. Especialistas
em comportamento animal vão agora determinar o destino de cães relatados como
perigosos pelos residentes dentro de uma semana após relatório.
A Mairesse Valérie
acrescentou ainda que a existência de um novo registo de cães perigosos deverá
aumentar também a segurança dos moradores. Esta linda e simpática autarca,
entendida pelos eleitores da sua cidade como “L’HOMME
DE LA SITUACION” (o homem da situação), disse que “Se
alguém não se sentir seguro à volta de um cão, talvez vizinho ou que costuma
vir ao parque com frequência, poderá ligar para o 311 que nós vamos agir. Vamos
avaliar esse animal e decidir em qual categoria se encaixa”.
Explicando ao pormenor a
nova lei, Valérie faz saber que ela é muito menos divisiva do que a
lei anterior, porque não distingue raças específicas, mas coloca o ónus nos
donos de animais e noutros residentes em relatar incidentes perigosos com cães.
A cidade tem como meta consciencializar a posse responsável de animais de
estimação. As licenças para possuir animais de estimação podem ser recusadas ou
revogadas se o proprietário for considerado culpado de uma violação da lei de
bem-estar animal de Quebec ou se for considerado culpado de três infracções ao
estatuto de Montreal exigindo que os cães sejam mantidos atrelados em público.
Os cães com peso igual ou
superior a 20 kg deverão usar arneses ou açaimes quando se deslocarem na via
pública e, a partir de Janeiro de 2020, o uso de estranguladores de corrente
será proibido. As pessoas que violarem a lei incorrem em multas que vão dos 500
aos 1.000 dólares e em caso de reincidência de 1.000 a 2.000 dólares. 2020 será
também a data em que a indústria de caleches de Montréal será desactivada,
dando seguimento às queixas de que os cavalos trabalham em condições muito
difíceis nas ruas.
Já a partir de Julho do
próximo ano, as lojas de animais só poderão vender animais oriundos de abrigos,
muito embora um advogado de várias lojas de animais tenha avisado que tomará
medidas legais para permitir a venda de animais de criadores nas pet shops. A
aprovação desta nova lei aconteceu dias depois de um cão do tipo Pitbull ter
atacado duas crianças pequenas em Montreal Norte, fazendo com que uma delas fosse
suturada com 16 pontos. O Prefeito do município de Montreal Norte já disse que
o cão vai ser abatido.
Dito
isto, Montréal circula na “tête de la
course” pelos direitos dos animais. Como ainda vai a tempo de conhecer
Montréal e esta é uma das melhores alturas do ano para o fazer, caso queira
levar o seu cão consigo, já sabe a que leis e equipamentos estará ali sujeito.
Há voos diários de Lisboa para Montréal e os preços são convidativos, oscilando
entre os 238 e os 729€.
PS: Apesar de não ter medo
de cães, mas a pensar nas vítimas inocentes, não me importava nada que os aficionados
dos cães de luta emigrassem com eles para Montréal ou até para um lugar mais
longínquo tipo… Nova Zelândia!
Sem comentários:
Enviar um comentário