Não se trata de nenhum
grande felino disposto a atacar o Kremlin ou de algum drone em forma de gato,
mas de um gato comum, preto, com 15 anos de idade, a viver desde 2005 no MUSEU BULGAKOV e
a quem foi posto o nome de BEHEMOTH, epónimo
de um gato gigante falante, um trapaceiro diabólico, um bobo da corte e um
consumidor de querosene, que é uma das personagem da obra mais famosa do
escritor russo MIKHAIL
AFANÁSIEVITCH BULGÁKOV: “O
MESTRE E A MARGARIDA”.
Trata-se pois de um animal
que é em simultâneo espólio, funcionário e guarda daquele museu, gozando do
status de membro oficial da equipa que ali trabalha.
Na
passada Quarta-feira, o gato, que é descrito como portador de um “carácter
severo”, segundo testemunhas, foi roubado por uma mulher e guardado dentro de
uma bolsa, deslocando-se a ladra apressadamente para a estação do metro mais
próxima.
Os funcionários do museu
soaram o alarme e alertaram a polícia de Moscovo, o que provocou uma grande
excitação por toda a cidade, tornando-se o roubo do gato notícia de primeira
página em vários meios de comunicação moscovita, sendo dito na televisão que “o
mais importante funcionário do Museu Bulgakov tinha desaparecido”.
Felizmente
a procura não foi longa e algumas horas depois, o Behemoth apareceu perto de um
popular teatro russo, mas sem coleira, pormenor que impedirá o encerramento da
investigação em curso. Quem teria roubado o gato e para quê? Já não se pode se
famoso?
Ontem
os funcionários do museu informaram que o Behemoth já venceu o stress provocado
pelo rapto e que se encontra bem, ponderando agora colocar-lhe uma coleira com
GPS. Quem imaginaria ver tanto russo à procura de um só gato!
PS: Todas as fotos que
ilustram este texto são do gato Behemoth.
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