Vou chamar SON OF A BITCH a
um “artista” norte-americano para não ofender com o meu vernáculo a memória de um
famoso cavalo inglês do Séc. XIX com este nome em português, propriedade de Sir
William Barnett, que assim o chamou por causa da infidelidade da sua esposa,
que se pôs a andar, para nunca mais voltar, com um oficial da marinha britânica
(contaremos já a seguir a história do cavalo). Vamos ao homem. Um americano de
Quarryville, na Pensilvânia, criador não autorizado de cães e cujo nome não foi
ainda revelado, tinha numa propriedade sua 15 cães, 5 adultos (3 Dobermans, 1
Husky Siberiano e 1 cadela Pastor Alemã prenhe) e 10 cachorros (7 Dobermans de
quatro semanas, 2 de seis e 1 Husky com três meses), sem se saber ao certo para
quê.
Depois duma denúncia feita
à PSPCA (PENNSYLVANIA SOCIETY FOR THE
PREVENTION OF CRUELTY TO ANIMALS), por alguém conhecedor
do drama vivido por aqueles animais, a totalidade dos cães foi levada sobre
custódia por esta polícia humanitária no passado dia 24, por se ter verificado
que alguns deles (3 adultos) haviam sido desvocalizados com a introdução
repetida e forçada de um cano nas suas gargantas (!?), deixando claro qual o
objectivo do seu proprietário – queria-os mudos, resta saber para quê, seria só
por causa do incómodo? Nós julgamos que não, mas isso não esconde a
desumanidade do propósito e dos meios utilizados.
As autoridades locais
estão apostadas em investigador ao pormenor aqueles actos criminosos, para
impedir que se repitam dentro da sua jurisdição. Os infelizes cães removidos,
depois de receberem o atendimento médico necessário, serão alojados em casas
particulares ou cedidos a parceiros de resgate tendo em vista a sua futura
adopção. O aqui tratado SON
OF A BITCH, devido à presunção de inocência, não será
identificado até que as acusações contra si sejam arquivadas.
Em matéria de patifarias
não é nada bom “abrir o livro”, adiantar pormenores que poderão dar ideias a
outros e levá-los a fazer o mesmo, mas como a notícia já disse tudo (saiu ontem
no HUFFINGTON POST e
é da autoria de NINA
GOLGOWSKY), podemos confessar que não é a primeira vez que
ouvimos falar do assunto, que tanto o propósito quanto o método já foram
praticados no passado por quem pretendia ataques caninos silenciosos, para dar
o benefício da surpresa aos agressores, práticas de mercenários que o tempo
esfumou com o seu afastamento ou partida.
É evidente que não temos
provas de que o objectivo do “artista” seria este, mas que tem todos os
ingredientes para isso, lá isso tem, considerando o número de cães, a sua raça,
as diferenças etárias, os indivíduos a quem foi aplicado o experimento e até a
prenhez da CPA. E depois, para quereria o homem tanto cão, teria ele aberto
alguma sucursal de Fort Knox? É possível que o homem quisesse experimentar
primeiro as suas habilidades nos cães adultos para depois as aplicar nos
cachorros. À excepção do Husky, que ninguém suporta quando pega a uivar e que daria
muito jeito não o fazer, todos os cães são de raças normalmente utilizadas para
guarda.
Por tudo isto, não é
impossível que este criminoso, visando o negócio, intentasse praticar para vir
a ser o novo DR.
JEKYLL e o primeiro da Pensilvânia, tendo em conta que
Quarryville pertence ao interior esquecido e os Amish habitam paredes-meias com
os demais. Caso as acusações contra si sejam provadas, seria uma tremenda
injustiça que não fosse punido de acordo com a gravidade dos seus actos.
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