sexta-feira, 22 de junho de 2018

SE VAI PARA A ÁFRICA CENTRAL TOME CUIDADO COM A ÁGUA

São cada vez mais os portugueses que nesta altura do ano vão de férias para África, uns como turistas e outros como voluntários para organizações humanitárias. Os primeiros são por norma mais velhos e conhecedores do continente negro, os últimos são na sua maioria jovens, menos precavidos e por isso mesmo sujeitos a toda a sorte de doenças (também não faltam velhas e velhos tontos, gente que acordou mais tarde e que corre agora atrás de um sonho).
Para além de outras cautelas, todos terão que ter muito cuidado com a água que consomem, caso se desloquem à África Central, a países como o BURQUINA FASO, CHADE, COSTA DO MARFIM, ETIÓPIA, GANA, GUINÉ EQUATORIAL, MALI, NÍGER, NIGÉRIA e SUDÃO, para não serem infectados pela DRACUNCULOSE, doença vulgarmente conhecida como DOENÇA DO VERME DA GUINÉ (GWD), também como FILARIOSE DE MÉDINE, um berbicacho do pior que há (na foto abaixo).
No CHADE está a acontecer algo inédito, ao invés de procurar pulgas-de-água e humanos como hospedeiros, este parasita começou a infectar cães em grande número, o que não deixa de ser um retrocesso na eliminação deste horripilante verme que tanta dor e aflição causa, agente infeccioso que é capaz de incapacitar, amputar e até matar, como já tem acontecido.
Como a DOENÇA DO VERME DA GUINÉ só pode ser transmitida através da ingestão de água contaminada e pode ser completamente evitada através de duas medidas relativamente simples, adiantamo-las já: Evite beber e que outros bebam água contaminada contendo as COPÉPODE CYCLOPS (pulga d'água), que podem ser vistas em águas claras como manchas brancas nadadoras e impeça que pessoas contaminadas com o verme emergente entrem nas fontes de água para beber, já que o verme perto de água descarrega muitas das suas larvas.
Para não ser vítima de água contaminada aconselhamos os seguintes procedimentos: beba apenas água de fontes não contaminadas; filtre toda a água potável, usando como filtro um pano de malha fina como nylon para remover os crustáceos infectados pelo verme da Guiné (um tecido de algodão regular dobrado algumas vezes é também um filtro eficaz, assim como um canudo de plástico portátil contendo um filtro de nylon; filtrar a água através de filtros de cerâmica ou de areia; ferver a água; desenvolver novas fontes de água potável isentas de parasitas e tratar das que se encontram disfuncionais; tratar as fontes de água com larvicidas para eliminar as pulgas-de-água. Tudo isto será inútil senão se impedir a contaminação das águas.
O aviso está dado, resta-nos desejar boas férias a quem parte e esperar que volte bronzeado, feliz e radiante, livre de infecções e pronto para retornar a África.
PS: Se porventura é a primeira vez que se desloca a África, é melhor não se fazer embarcar com o seu cão ou cães, considerando a sua inexperiência e o bem-estar e salvaguarda do animal ou animais.

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