Com milhões de abacateiros
mortos pela “LAUREL
WILT DISEASE” (doença da folha murcha do loureiro),
graças à nefasta acção do “BESOURO
DA AMBRÓSIA”, que inadvertidamente entrou nos Estados
Unidos vindo da Ásia em embalagens de madeira, torna-se imperativo salvar o
abacateiro e travar a epidemia.
Importa referir que o
abacateiro é do ponto de vista comercial a segunda árvore mais importante no
sul da Flórida, logo atrás dos citrinos e que a doença teve ali um efeito
industrial devastador nas últimas safras.
Segundo fez saber a AMERICAN SOCIETY FOR HORTICULTURAL
SCIENCE, num estudo levado a cabo por pesquisadores da FLORIDA INTERNACIONAL UNIVERSITY,
parece que há uma solução à vista, uma vez que estes cientistas avaliaram o uso
de cães farejadores na detecção desta praga, verificando em seguida até que
ponto esta solução é eficaz.
Quando os sintomas
visíveis da doença são visíveis numa árvore, esta já se encontra morta pela
infecção e o patógeno tem todas as possibilidades para se estender às árvores
ao seu redor através das raízes. Tal qual como acontece com outras doenças, a
detecção precoce pode e é fundamental para impedir uma infecção generalizada.
O concurso a cães
farejadores parece oferecer à indústria do abacate sinais legítimos de
esperança na sua luta contra a disseminação do pequeno insecto que mata as
árvores e que lhe rouba o lucro. Três cães foram treinados e estudados pela sua
capacidade de detectarem precocemente a doença pelo olfacto.
Durante
o estudo foram realizados 229 ensaios e apenas 12 foram falso alarme, o que dá
uma margem de erro de apenas 5,24%, o que não deixa de ser formidável. Os
cientistas observaram em simultâneo que os cães mantêm os seus índices de
trabalho e de acerto mesmo em condições adversas, como calor e humidade
elevados. DEETTA MILLS, uma das autoras deste estudo, acrescentou: “ Esta é
a melhor ‘tecnologia’ até ao momento para detectar se uma árvore está doente
antes que os sintomas externos sejam visíveis”.
Decididamente chegou a
hora dos “agro-cães”, animais que doravante correrão os pomares duma ponta à
outra à procura de árvores doentes, sentando-se depois na sua frente para
sinalizá-las. Surpreendentemente, todos os dias são descobertas novas utilidades
para os cães.
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