sábado, 2 de junho de 2018

A NOVA INVASÃO DA GRÃ-BRETANHA

Depois dos fracassos da INVENCÍVEL ARMADA e de HITLER em invadir a GRÃ-BRETANHA, um novo invasor já chegou e assentou arrais nas Ilhas britânicas, guerreando casa a casa com os seus moradores, não poupando nem homens nem animais à sua passagem, ferindo os primeiros nas pernas e nos tornozelos e os últimos dos membros anteriores para trás, luta que já dura desde 2013, ocasião em que o contingente de invasores aumentou.
Estes sugadores de sangue cessam as hostilidades no Inverno e retomam-nas vigorosamente quando as temperaturas aumentam, saltando de qualquer sítio e aparecendo onde menos se espera, inclusive nas camas das pessoas e dos seus animais de estimação. Estamos a falar de SUPER-PULGAS, que segundo os especialistas pertencem a uma variedade particular a que alguns chamam de “UBER”, cujos machos têm o pénis duas vezes e meia maior que o corpo, desproporção que é a maior no reino animal.
Apesar do Inverno britânico ter sido severo, com temperaturas abaixo de zero e com muita neve, as pulgas sobreviveram-lhe, acordando agora para se multiplicarem rapidamente, já que as fêmeas chegam a pôr 50 ovos diários, que eclodem em poucos dias e podem viver alguns meses (de 14 dias a 1 ano), permitindo assim que a sua população aumente vertiginosamente. Os seus hospedeiros tradicionais são os cães e os gatos (superabundantes nos lares britânicos), que acabam por trazê-las para dentro da casa dos donos, especialmente aqueles que dividem territórios com roedores, texugos, raposas e coelhos. Por tudo isto, caso os britânicos sejam apanhados desprevenidos, esperam-se neste Verão grandes e múltiplas infestações de pulgas no Reino Unido.
Por prevenção, os especialistas na matéria recomendam lavar as roupas das camas de pessoas e animais a 60 graus; limpar amiúde as mobílias para ajudar a destruir as pulgas em cada fase do seu ciclo de vida; aspirar vigorosa e detalhadamente tapetes, tábuas, cortinas e rodapés; deitar fora o saco do aspirador depôs de cada limpeza; inspeccionar o revestimento exterior do seu animal de estimação para se ver se tem ou não pulgas, lêndeas ou excrementos; proceder à desparasitação externa do seu cão ou gato ao longo de todo o ano e aplicar o spray doméstico contra as pulgas também durante o ano inteiro para evitar infestações. 
Uma infestação numa casa de tijolo e betão não é nada agradável, mas numa casa de madeira é uma verdadeira desgraça e custa a ser debelada. Na maioria dos casos só se damos pela infestação quando os animais não param de coçar-se ou quando vemos as pulgas a saltar nos tapetes.
O porta-voz de uma empresa conceituada de combate às pragas, como parte da prevenção contra as pulgas, pediu aos donos de animais de estimação que inspeccionassem os seus companheiros de 4 patas para verem se têm pulgas ou os seus excrementos, coisa fácil de verificar na ocasião em que os animais são escovados. Nos animais com pelagem negra ou muito escura, o mesmo porta-voz aconselha que os pets escovados sobre um lençol ou toalha brancos, para destacar as pulgas e os seus excrementos à medida que caem. A identidade das manchas negras pode facilmente ser confirmada pela adição de algumas gotas de água. Se elas ficarem vermelhas, o seu cão ou gato tem pulgas. O mesmo controlador de pragas avisou: “As pulgas encontradas em animais de estimação são geralmente apenas uma pequena parte de um problema maior, já que a grande maioria de uma infestação estará provavelmente instalada na casa.”
É facto assente que nos últimos 15 a 20 anos Verões quentes e Invernos mais suaves, juntamente com melhores aquecimentos centrais e isolamentos, facilitaram a propagação de pulgas, percevejos e piolhos ali. Convém relembrar que o ciclo de vida de algumas pulgas pode ir até 1 ano, mesmo em casas vazias, conforme alerta a ASSOCIAÇÃO BRITÂNICA DE CONTROLE DE PRAGAS, que diz ainda que estes parasitas têm a capacidade de entrar numa espécie de vida suspensa (hibernação) e que mesmo que entremos num apartamento desocupado há um ano, os seus casulos podem ser novamente expelidos pelo dióxido de carbono libertado pela nossa respiração.
Curiosamente e a comprovar o que já foi dito, um estudo recente do Dr. Timothy Nuttall (na foto baixo), dermatologista veterinário da Universidade de Liverpool, descobriu que a população de pulgas no Reino Unido vem crescendo há anos, mas que aumentou dramaticamente desde 2013 (decididamente o 13 não é bom número). Ele descobriu também que esse aumento vai quase em exclusivo para a pulga do gato que, apesar de seu nome, vai viver de cães, furões e também de seres humanos. Por lá aconselham que as picadas das pulgas sejam lavadas com água e sabão, aplicando-se em seguida um creme-anti-séptico. Caso a dor persista e o sítio afectado inchar, dever-se-á tomar um analgésico como o paracetamol ou o ibuprofeno, assim como usar um creme anti-histamínico como o Anthisan.
Infelizmente para nós, as pulgas não se rementem apenas ao Reino Unido, pelo que os cuidados preventivos aqui adiantados são igualmente válidos para Portugal. O nosso conselho para a desparasitação externa dos cães passa pela aplicação da coleira antiparasita, das pipetas e do comprimido mensal. Como as pulgas já arranjaram defesas contra a maioria dos princípios activos das coleiras antiparasitas, recomendamos, sem ganhar nada com isso, a compra da coleira SERESTO da BAYER

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