Não é nada fácil num
blogue dedicado aos cães ter visitas de países do Magrebe e muito menos tê-las
entre as 10 mais numerosas, mas ontem, para espanto nosso, assim aconteceu,
novidade que apesar da surpresa trouxe-nos grande alegria, porque raros são os dias
em que temos leitores dali, indo o destaque vai inteirinho para os argelinos.
Tal qual como ambicionamos com as cegonhas e as andorinhas, esperamos que
voltem e que continuem a interessar-se pelas nossas publicações.
Como a história da Argélia
é muito rica e extensa, vemo-nos obrigados a sintetizar tudo que sabemos sobre
ela, dando especial enfoque à sua geografia e actualidade. Estamos a falar de
uma nação cuja Capital (Argel) é a cidade mais populosa na costa do
Mediterrâneo. A superfície da Argélia é de 2 381 741 km², sendo o maior país da
bacia do Mediterrâneo e o mais extenso de todo Continente Africano, que divide
as suas fronteiras terrestres com a Tunísia a nordeste, a leste com a Líbia, ao
sul com o Níger e o Mali, a sudoeste com a Mauritânia e o território contestado
do Saara Ocidental, e ao oeste com Marrocos.
Os argelinos originais
eram berberes, recebendo ao longo do tempo infusões sanguíneas e culturais de numídios,
fenícios, romanos, vândalos, bizantinos, omíadas, abássidos, idríssidos,
aglábidos, rustamidas, fatimidas, ziridas, hamaditas, almorávidas, almóadas,
otomanos e até de franceses (a Argélia foi uma colónia de França). Os argelinos
actuais são a grosso modo uma mistura de berberes com alguns elementos
adicionais de árabes, turcos, africanos subsarianos e andaluzes (muçulmanos
ibéricos expulsos após a Reconquista Cristã da Península Ibérica).
Pela sua beleza natural, riqueza
cultural e antiguidade, a Argélia tem sido um importante destino turístico de
americanos e europeus. Actualmente assiste-se a um significativo decréscimo no
número de turistas, algo ligado às indefinições político-ideológicas resultantes
da chamada “PRIMAVERA
ÁRABE” que afectam de um modo geral todos os países da
região.
Quando nos sobrar tempo
falaremos das relações histórico-políticas entre Portugal e a Argélia, desde a
Idade Média até meados do Séc. XIX. Para já, endereçamos o nosso sincero
bem-vindo aos argelinos que nos procuraram, desejando-lhes paz, saúde e
prosperidade.
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