No outrora enclave
português de MACAU,
hoje parte integrante do território da CHINA,
uma notícia relativa a cães está a preocupar a opinião pública, segundo faz
saber o SOUTH CHINA MORNING
POST:
o destino de 650
GALGOS de competição que ficarão sem abrigo após o
encerramento do CINÓDROMO
macaense, o único em território asiático, que acontecerá no próximo dia 24 de
Julho, altura em que ali se realizará a última corrida.
Como aqueles cães irão
ficar sem teto a partir da data adiantada, o seu futuro apresenta-se incerto
face aos interessados na sua adopção, o que traz preocupando ALBANO MARTINS
(na foto abaixo), Presidente da Sociedade para a Protecção dos Animais (ANIMA),
uma vez que há quem os queira somente para dadores de sangue, vendo nisso uma
rara oportunidade de negócio, já que o sangue dos galgos é muito procurado para
o e efeito, por ser mais rico em glóbulos vermelhos do que as outras raças, o
que o torna bastante cobiçado pelos bancos de sangue.
Neste momento trava-se uma
luta entre os defensores dos direitos dos animais e aqueles que procuram o seu
sangue como provento. Os primeiros movem esforços internacionais para que a
adopção dos galgos seja feita por instituições interessadas nos seu-bem estar e
recolocação doméstica; os segundos mandam terceiros inscrever-se para porem os
animais a render. Apesar da boa vontade da vizinha HONG
KONG,
esta não pode alojá-los por já ter as suas instalações cheias.
Se o dinheiro falar mais
alto, o que não é raro acontecer, estes galgos acabarão como meros dadores de
sangue; se os defensores dos direitos dos animais conseguirem resgatá-los a
tempo, nada disso sucederá. De qualquer modo, não é fácil recolocar 650 galgos
do pé para a mão. Em todos os Continentes sobram indivíduos que adoptam grande
número de galgos (chegam a ir buscá-los ao estrangeiro) para abastecer com eles
os diversos bancos de sangue, disponibilidade por norma bem remunerada, porque
há quem se pague das transfusões e o cliente em aflição tudo paga. Ainda bem
que existem donos que nada cobram pelo sangue colhido aos seus cães, porque doutro
modo, alguns não hesitariam em criá-los só para serem dadores de sangue.
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